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sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Rock Vibrations Entrevista : As Dramatic Homage


Mais uma ótima banda carioca por aqui, sim!
Conversamos com o vocalista/guitarrista Alexandre Pontes sobre inúmeros assuntos envolvendo carreira, momento atual e novidades.

Confira logo abaixo :
1 - Como tem sido a carreira da banda até aqui?
R: Ano que vem comemoramos 20 anos e sempre tem sido difícil manter a banda, mas eu tenho um certo orgulho por isso, é onde me realizo enquanto artista, onde parte de quem eu sou é expressada, as vezes eu penso se tivesse feito algumas coisas diferentes pra ter mais popularidade mas talvez pagaria o preço de fingir para si próprio algo que no fundo eu não estaria satisfeito, óbvio que ao longo do tempo você cresce em alguns aspectos, expande visões e em diferentes direções, mas aceito que tudo tem seu tempo e me sinto confortável em ter meu compromisso com a arte e isso nem sempre coincide com o sucesso que alguns idealizam, as coisas no "adh" acontecem no tempo que tem que acontecer, nunca tivemos uma pausa, nem quando eu me encontrava com a banda desestruturada e manter essa coragem e força em continuar é o que resume a nossa carreira e ter a ideia de que evoluímos musicalmente sem jamais ter mudado a nossa essência é algo que preservo com muito prazer pois quem se identifica com nosso trabalho não é porque fazemos discursos polêmicos ou nos mostramos de forma apelativa pra ter atenção, é primeiramente pela música e ter isso é uma forma sim de reconhecimento.


2 - Em breve irão lançar um novo álbum, certo?O que podem adiantar sobre?
R: Sim, a música se chama "Consternation" e ela tem  uma abordagem musical diferente em alguns aspectos do qual somos reconhecidos pelos trabalhos anteriores mas toda atmosfera de nossa personalidade está lá, porém creio que de uma forma mais simples e marcante.


3 - A arte foi anunciada que está a cargo de Gustavo Sazes... Como chegaram na escolha dele, e a positividade do contato?
R: Parte da arte do nosso segundo cd-demo “Atmosphere of Pain/Anthems of hate”  foi feita por ele no começo de sua carreira e esse tipo de possibilidade sempre esteve em meus planos já que ele é muito criativo e tem uma identidade forte em seus trabalhos.

Sobre a positividade do contato...Gustavo é um amigo pessoal desde adolescência praticamente do qual tenho um orgulho imenso e ele merece tudo de bom e todo sucesso profissional pois é um cara extremamente dedicado e talentoso.


4 - Recentemente vocês estiveram no Teatro Odisséia com Imago Mortis e Quintessente...
Como foi a experiência?
R: Nosso último show havia sido no mesmo local na abertura para o Rotting Christ em 2016 e resolvemos tirar todo esse tempo para acertar as coisas internamente e compor novo material para o próximo cd e um certo dia o Alex do Imago Mortis conversou comigo sobre a proposta do evento e fez o convite e como já estávamos com vontade de fazer um show até pra restabelecer as energias, nos reintegrar como banda e assim aceitamos participar e foi muito gratificante pois percebemos que havia um público diferente mesmo as 3 bandas terem seus trabalhos dentro do mesmo gênero e algumas pessoas que não conheciam nosso trabalho acabaram gostando e isso foi importante demais então acho que mesmo após esse hiato fora dos palcos pudemos causar uma boa impressão.


5 - Pretendem investir em lyric vídeos?hoje acabou virando uma tendência este marketing...
R: Nosso primeiro lyric vídeo oficial foi da música "Enlighten" e certamente devemos fazer algo nesse segmento quando estivermos pra divulgar algo do próximo cd.
Sim é uma ferramenta que auxilia muito e alguns lyrics, acho até mais legais que alguns vídeos oficiais.


6 - Falando sobre o material que já lançaram, "Crown" (2012) e "Enlighten" (2016) são muito bons... poderia contar como foi poder gravar ambos em suas épocas?
R: Seria um pouco extenso falar de tudo (risos), mas vou tentar ser objetivo : houve trabalhos anteriores que foram a base desse processo de maturidade musical até chegar no "Crown" principalmente e ter feito todo processo artístico e burocrático desse cd foi algo que me trouxe uma imensa sensação de realização, tinha muita coisa acontecendo a favor na realização desse material mesmo no meio do caminho de todo o processo eu ter ficado sozinho sem uma formação, então o meu carinho por ele vai além do que eu poderia dizer aqui.

Tempos depois foi necessário ter um novo material, surgiu a ideia de fazer um EP, bem, o que vou dizer aqui eu nunca falei publicamente mas ao decorrer de 2015 começamos a trabalhar e no final do ano eu adoeci, tive um problema de saúde fatal, trombose que coagulou a minha veia femural toda e dai você já pode ter uma noção de tudo o que isso me acarretou de problemas, e durante meu período recluso de recuperação eu não podia ficar em pé muito tempo e  como só faltava gravar as vozes eu “contrariei” as recomendações médicas e fui para o estúdio gravar, gravei os vocais limpos sentado e hoje eu lembro daqueles momentos como algo que mesmo afetado me ajudou a dar um pouco mais de emoção nas interpretações, felizmente o EP "Enlighten" teve uma ótima recepção e pra mim só reforçou o sentimento de mais uma realização pessoal e de dever cumprido com a arte musical.


7 - Como tem sido o público e o apoio a cena?
R: Muitos fatores em nosso cotidiano influenciaram de forma negativa e contraditória em alguns aspectos no público, a renovação tem outros valores para apoiar uma banda, não que seja melhor ou pior que antes mas bem diferentes, existe também uma carência de apoio mútuo em setores que compõe o underground entre bandas, público, produtores, casas de shows, tem sido complicado mas ainda existe pessoas com extrema boa vontade e força pra fazer as coisas acontecerem e isso acaba sustentando a interação com quem tem interesse e pode apoiar, posso estar enganado mas me parece que as coisas se resumem a isso.


8 - Quais os próximos planos?
R: Em breve será divulgar o single que estará saindo e em 2019 vamos começar a trabalhar no novo cd em vista que praticamente todas as músicas que irão fazer parte do novo cd estão prontas ou bem encaminhadas, claro que as vezes algumas coisas mudam mas no geral creio que será mais um passo á frente e de forma ampla.


9 - Gosta de streaming?acredita que possa atrapalhar as vendas da mídia física, mesmo que seja tão abrangente em alcance?
R: O serviço de streaming é necessário e obviamente é uma das ferramentas que impulsionam o trabalho das bandas para que mais e mais pessoas conheçam e hoje existem muitas formas de apreciar música o que é bom e conforme a condição de cada um.
Todos sabemos que as vendas de mídia física caíram bem antes mesmo desses sistemas existirem, então prefiro ver o lado positivo dessas ferramentas que é divulgar o trabalho dos artistas em geral.


10 - Para finalizar, querem deixar algum recado?
R: Agradeço imensamente pela oportunidade e atenção com nosso trabalho e aos leitores/seguidores do Rock Vibrations, continuem apoiando todos os envolvidos dentro da cena rock/metal nacional, sejam as bandas, sites, blogs, rádios, canais no youtube, fotógrafos, promotores “sérios”, assessorias, enfim, tem muita gente trabalhando firme e de maneira profissional e isso apenas pelo amor ao estilo, bandas se empenhando em levar seu trabalho para o mundo e isso considero um grande orgulho pra todos nós que sabemos do quanto é difícil alcançar certos objetivos, portanto se possível procurem conhecer nossas bandas e apoiar seja como for, um grande abraço a cada um de vocês e permaneçam progredindo em seus ideais.




Gostaria de agradecer a oportunidade e deixo aqui o espaço para futuras divulgações.

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