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quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Rock Vibrations Entrevista : Quintessente


Em mais uma oportunidade em parceria com a Roadie Metal, trazemos outra banda bem interessante.

O Quintessente é um excelente exemplo de dedicação por sua qualidade, além de cuidado com a parte visual e musical.

Confira abaixo o nosso bate papo sobre alguns detalhes da carreira e momento atual :


1 - Como surgiu a banda?
R: A banda surgiu em 1994 no underground carioca sendo chamada inicialmente de Malefactor.
O cenário estava em plena ebulição de bandas de Thrash e Death Metal e a intenção foi fugir um pouco do lugar comum e criar um som incitado por bandas de Death/Doom que começaram a surgir na época, como Paradise Lost, Anathema, My Dying Bride, Benediction, Bolt Thrower, entre outras.

No ano seguinte, após algumas apresentações, resolvemos mudar o nome da banda para Quintessence.
Aos poucos fomos incorporando influências do Gothic Metal, Metal clássico e até Progressivo ao nosso som, e a idéia era trazer um nome que representasse melhor o som que estávamos fazendo.
Anos mais tarde, mais especificamente 15 anos depois, a banda retornou às atividades sob o nome de Quintessente.

O ajuste no nome se deu principalmente por conta do registro da “marca”, pois tínhamos o conhecimento de nomes semelhantes ao redor do mundo.


2 - "Songs From Celestial Spheres" tem uma produção impecável... como chegaram neste nível?
R: Assim que resolvemos voltar as atividades, queríamos lançar um novo álbum que pudesse marcar o retorno da banda. Daí, tivemos um ano sabático dedicado a todo o processo de composição. 

Trabalhamos detalhes e estávamos em busca do que achávamos ser o ideal. Queríamos uma pegada mais atual, porém sem perder nossas verdadeiras influências, sem perder a essência.
Buscávamos também um produtor que captasse essa renovação da banda, entendesse onde queríamos chegar, conhecesse nossa raiz e que pudesse contribuir de forma geral.

Foi então que chagamos ao nosso velho amigo Celo Oliveira, que tem inúmeros trabalhos de destaque dentro do cenário Rock/Metal. Seu papel foi fundamental. Discutimos muito sobre o material que tínhamos em mãos e o Celo foi único.

Quando partimos para gravação, mesmo contendo a empolgação, sabíamos que seria algo bem profissional e marcante em nossas carreiras.


3 - Ainda sobre o álbum, quais os conceitos em torno dele?e aliás, bela arte de capa...
R: O álbum gira em torno de um tema central embora isso não tenha sido planejado quando começamos a idealizá-lo. O estudo do comportamento e dos processos mentais foram criando forma a partir das primeiras idéias musicais.

Com isso, iniciamos um aprofundamento lírico sobre o existencialismo e reflexões sobre as forças que regem a natureza humana, que é basicamente o assunto que norteia “Songs From Celestial Spheres”.

A partir do momento que conseguimos chegar ao estágio que queríamos e que idealizávamos em nosso som, traçamos um paralelo entre a nossa música, a filosofia, o homem e o universo.
O tema se encaixou perfeitamente ao que queríamos apresentar no álbum. Músicas que aparentemente são distintas entre si, mas que estão dentro do mesmo contexto, dentro da mesma raiz.
Mesclamos vários estilos, mas com a lucidez do que é o Quintessente. Daí vem a alusão ao universo e as estrelas, que assim como nossa música, possuem variadas estruturas químicas, densidade, luminosidade, etc.
A capa é assinada pelo artista Marcus Lorenzet, que conseguiu expressar muito bem a alma de “Songs From Celestial Spheres”.


4 - O vídeo para "Delirium" é muito bom... Como tem sido a repercussão?É de fato uma canção muito boa inclusive.
R: A repercussão tem sido excelente por parte do público e da mídia especializada. Você poder contar com um canal de divulgação para algo independente é incrível.
Nos anos 90 não passava pela nossa cabeça esse tipo de coisa. Os vídeos eram produzidos basicamente para as TVs. 

Hoje podemos chegar de uma forma muito simples aos lugares mais remotos do planeta em segundos. E esse retorno, de vários lugares do mundo, vem acontecendo exatamente dessa forma com o novo clipe.
Quando iniciamos o planejamento para a produção do vídeo, queríamos algo diferente do anterior, nesse caso, da música Essente.

Essente pedia algo mais sombrio, introspectivo, mais voltado ao Doom e ao Gothic Metal. Delirium era para ser algo novo e mais trabalhado no tema.

Chamamos dois grandes caras que vem fazendo excelentes trabalhos em vídeo para bandas de Metal: Edu Nascimentto, na direção e produção e Vinicius Hozara, na cinematografia.
O resultado nos deixou muito satisfeitos.

5 - A parte melódica da banda me chamou a atenção por ser bem coesa, além de fluir naturalmente com o peso... Essa mescla de nuances é um ponto positivo que demoraram a atingir?
R: São dois fatores que eu posso destacar para atingirmos essa coesão que você citou.

O primeiro é todos nós sabermos o que queremos. Precisa haver um entendimento único dentro da banda.

Quando nos reunimos para planejar algo e traçar objetivos tudo precisa estar bem claro. O foco é importante.
O segundo fator é o entrosamento.
Seja ele pessoal ou musical.

Desde o início sempre buscamos e pensamos no equilíbrio entre o peso e a melodia.
Isso já é uma estrutura consolidada no Quintessente.

Então eu creio que trabalhar sabendo o que precisa ser feito e contar com o “feeling” natural é a nossa receita.


6 - No Rio de Janeiro tem surgido muitas bandas de qualidade acima da média no Metal... acreditam que isso se deve ao fato das produções ou os músicos acabam influenciando os outros a se dedicarem a fazer um som tão bem explorado?
R: Sim, é fato. Vejo que o Rio vem se destacando em termos de excelentes bandas e produções muito boas. 

Naturalmente, quando você eleva a qualidade de algo, é tendência que outros sigam o mesmo caminho.

A única crítica é que parte do público ainda não se interessa por bandas locais. Muitos preferem bandas de fora, outros por bandas covers... Venho dizendo insistentemente que, não apenas no Rio, mas no Brasil todo, temos grandes bandas que não deixam a desejar em nada às bandas gringas.

Ao meu ver muitas até superam na qualidade de suas músicas e na produção.

A cena Metal brasileira vive um momento de extrema criatividade, maturidade e competência, resta apenas um reconhecimento maior.


7 - Quais os próximos planos?
R: Para o final de 2018 ou início de 2019, ainda sem uma data definida, teremos a divulgação da nossa versão da música ‘Sail Away’, que gravamos para o tributo ao Deep Purple chamado “Woman from Brazil... The Brazilian Tribute to Deep Purple”.
O lançamento será feito pela Armadillo Records. Como trata-se de um tributo interpretado por vozes femininas, Cristina Müller assumiu a responsabilidade e já adianto que ficou incrível. 

Para o início do próximo ano teremos algumas apresentações ainda relacionadas à divulgação do álbum Songs From Celestial Spheres.
Temos também algumas gravações prontas ainda não divulgadas que poderão fazer parte de um novo E.P., porém será um ano para trabalhar principalmente no novo material.

Algumas ideias já começaram a surgir e estamos bem empolgados com o resultado que poderá ser gerado. Precisaremos de um período para explorarmos o novo tema e novamente os detalhes devem ser muito bem trabalhados na pré-produção.
Isso será fundamental para um bom resultado. 

Nossa dedicação à qualidade do material apresentado é um dos fatores que sempre tivemos feedback positivo e queremos continuar da mesma forma.


8 - Finalizando, gostariam de deixar algum recado?
R: Sim! Nosso recado ao público é de que em breve teremos algumas novidades bem bacanas e esperamos dar detalhes sobre o novo disco no primeiro trimestre de 2019.
Além disso, convidamos a todos a acompanharem o Quintessente pelas redes sociais.
Estamos no Facebook, YouTube, Instagram e também em todas as plataformas digitais.
Obrigado pela oportunidade!
Foi ótimo o papo com a Rock Vibrations.




Gostaria de agradecer pela oportunidade cedida, e também aproveito para agradecer a oportunidade que o brother Gleison Junior (nosso parceiro e idealizador da Roadie Metal) nos deu, fazendo todo o trâmite para tornar possível a entrevista.

Acessem a Roadie Metal através dos links abaixo :

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