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segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Rock Vibrations Entrevista : Gerson Zóh


Existem músicos que realmente impressionam por sua dedicação e perseverança, e com o músico aqui entrevistado isso é de praxe.

Gerson é um músico completo que ainda consegue expor para seu público e alunos algumas das mais relevantes partes de sua carreira, e não poderíamos deixar de ter um bate papo com ele, não é mesmo?

Então confira logo abaixo :


1 - Para iniciarmos, gostaria que você contasse um pouco do que faz em sua rotina, afinal, se eu for listar serão inúmeras pautas, então, creio que consiga dizer melhor que eu sobre tantos talentos que possui hahaha
R: Muito obrigado pelo elogio hehehe, mania de quem tenta abraçar o mundo com as pernas (risos)...
Bom vamos lá, minha rotina de segunda à quinta é principalmente na Academia Musical D'angelis Zóh, inclui aulas de música que eu ministro (especificamente canto), ensaios e preparação de coral, direcionamento de professores de música de diversos instrumentos, gravações em estúdios, vídeos musicais para minhas redes sociais e produção músical.

Dos projetos que eu faço parte atualmente inclui o meu trabalho solo na linha Folk Metal que será lançado em breve, D'angelis Zóh, o coral Tesouro Vocales que sou maestro, o espetáculo "A Nau dos Desterrados" do grupo teatral Cia de 2 aonde eu interpreto o Pirata Músico, o Clínica Rock que é uma banda de Classic Rock para Workshow formada por professores de música, um de cada instrumento, e algumas apresentações de Country Rock.


2 - Ainda falando sobre os projetos, você é professor e creio que em um âmbito pessoal, ser músico e lecionar é extremamente prazeroso (digo por experiência própria pois leciono em violão e guitarra para iniciantes)...
Como você tem visto atualmente o interesse de alunos nesse aspecto e a evolução disso?

R: Antes de ser professor eu me considero um estudante, estudo música desde 1997 e nunca parei.
Hoje em dia eu me atualizo com os professores Ariel Coelho em canto contemporâneo e Luiz Alberto Faria em canto lírico.

Portanto me considero um estudante compartilhando conhecimento, o que me faz sempre me colocar no lugar dos alunos que estão sempre interessados por informações novas.

Tenho alunos que estão comigo há mais de sete anos inclusive e trabalho desde os iniciantes aos profissionais.

A gente acaba aprendendo bastante lecionando e a gente acaba desenvolvendo técnicas para estilos variados além daqueles que estamos acostumados a ouvir. Para eu que sou um cantor crossover isso é maravilhoso. A gente ensina e aprende.


3 - Sou músico há 13 anos (dos quais 3 me dedico a Rock Vibrations) e tenho visto que o apoio fora do nosso país é massivo, consegui parcerias e bandas que se interessam por nossa cena... Você também almeja o mercado internacional em algum aspecto?
Já pensou em fazer algo que possa de repente exportar conteúdo ou mesmo trazer de lá?

R: Com certeza, isso é maravilhoso. 

Quero muito mesmo fechar alguns países da Europa em uma turnê, levar minha música pra lá e espero finalmente conseguir com o meu novo trabalho.

O Friggi que é produtor desse meu novo trabalho excursiona sempre com a sua banda Chaos Synopse e tem me dado uma direção nesse aspecto também.

Quando montei a V.O.A.H. também foi com essa idéia de levar o Metal com histórias e abordagens do Vale do Paraíba e música regional paulista pro mundo.
Uma pena que ficou congelado porém aprendi muito com esse trabalho, fizemos alguns contatos e tivemos seguidores na Rússia, França, Alemanha e Itália.

Espero muito lançar um trabalho de qualidade que possa fazer intercâmbio com esses e outros países.


4 - A música pode ser usada num todo e também apreciada em inúmeras vertentes, mas, você possui alguma vertente preferida?Por exemplo, vejo que facilmente com seu talento pode construir desde arranjo clássico à Folk, passando também pelo Metal...
R: Sou roqueiro de rua, vivi a adolescência ouvindo bandas nacionais como Raimundos e internacionais como AC/DC, Kiss e Mötley Crüe.

Comecei a tocar metendo a cara sem nenhum recurso financeiro para isso, tentando bolsas de estudos, emprestando instrumentos e equipamentos.
Vivi o rock n roll, aquele negócio de dormir em Rodoviária e tomar vinho barato.
Porém lembro de ver o Pavarotti na televisão ainda na infância e de gostar muito de trilhas sonoras de filmes como Indiana Jones e De Volta Para o Futuro, além de ter um respeito enorme por nossa música regional e a cultura caipira.

Pegando essa essência toda e juntando com as formações que eu tive mais pra frente no conservatório público e no Coro Jovem Sinfônico criei um gosto e uma identidade musical que gosto muito.
Me considero uma alma erudita com pegada rock n roll (risos).
Fica difícil assim apontar uma vertente favorita.


5 - O "Valley of Armored Heart" é um projeto muito bom e que trás inúmeros conceitos bacanas dentro do "Folk Metal"... nos conte um pouco sobre ele e a quantas anda atualmente...
R: A V.O.A.H. começou quando a WolfGangue, banda que liderei que teve mais repercussão ficou parada.
Achei algumas músicas da época do Coração Blindado, banda que tive entre 2000 e 2005 e resolvi dar nova roupagem Folk Metal para elas com a ajuda do Thiago Jim Wood que era guitarrista do WolfGangue.

Para a idéia inicial chamamos a violeira conhecida aqui da região Thais Ribeiro para trazer elementos da música caipira e o Hideo Uejo, baterista que tocou comigo no Coração Blindado que comigo iria compor o conceito do trabalho e refazer as músicas daquela época.

Dessa turma inicial a Thaís depois de um tempo começou a ter muitos problemas com a agenda devido a faculdade de Licenciatura em Música e os trabalhos solos e isso fez com que ela deixasse a banda, o Hideo não conseguia conciliar sua agenda impedindo de se dedicar ao projeto e como o Jim estava na banda apenas para me ajudar inicialmente sabia que cedo ou tarde ele deixaria o grupo e foi substituído por Marcelo Gouveia que mantém trabalhando comigo como professor na minha escola e está gravando algumas guitarras para o meu trabalho solo.

Sem a Thaís e o Hideo eu prefiro deixar a banda suspensa por tempo indeterminado.

Porém toda essa ideia e conceito da V.O.A.H. que você citou estou trabalhando e transmitindo para o meu trabalho solo e com a competência e capricho do Friggi na produção acredito que vai ser o trabalho com maior qualidade em todos os aspectos que eu já gravei. Espero muito que todos gostem.


6 - O que tem achado do apoio que nossos parceiros da Roadie Metal tem dado a você?
R: Fantástico, competentes e acima do esperado.
Só tenho a agradecer por isso, são parceiros assim que faz com que a gente ainda invista no Metal neste país tão difícil de fazer esse tipo de som.
Só tem a agradecer.


7 - Finalizamos aqui... Gostaria de acrescentar mais algo?o espaço é seu...
R: Eu apenas quero registar minha gratidão pelo interesse no meu trabalho. Fico muito feliz e espero sempre devolver toda essa gratidão em forma de música.

Valeu mesmo, vocês são foda!

Espero muito que o meu novo trabalho esteja a altura de tudo que o público brasileiro merece, por que a gente é batalhador e queremos sempre chocar nossas canecas de cerveja, balançar a cabeça ou mesmo extravazar toda nossa energia com o poder único do metal brasileiro.

Valeu.




Aproveito para agradecer a oportunidade que o brother Gleison Junior (nosso parceiro e idealizador da Roadie Metal) nos deu, fazendo todo o trâmite para tornar possível a entrevista.

Acessem a Roadie Metal através dos links abaixo :

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