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sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Rock Vibrations Entrevista : Skin Culture


Me lembro como se fosse hoje, estava eu lendo uma revista de Metal há alguns anos e me deparei com o "Skin Culture"... sempre ouvia falar dos caras através de amigos no underground mas na época o acesso não era tão exacerbado como hoje, e mesmo que fosse uma época em que o mp3 estava em alta, ainda sim era complicado encontrar discos nacionais.

Eis que alguns anos se passam e estou aqui entrevistando a banda, algo que realmente me da uma satisfação enorme... ainda mais por conhecer um dos integrantes (no caso, o grande guitarrista Fred Barros)...

Abaixo você pode conferir o nosso bate papo sobre vários assuntos atuais e da carreira da banda com 3 dos 4 integrantes do atual line-up :

1 - Para iniciarmos, conte um pouco sobre o início da banda para que nossos leitores fiquem mais interados...
R: Schucky Miranda:
O Skin Culture completou em agosto 15 anos de existência. Muita coisa rolou desde sua primeira formação em 2004 e não só na formação, mas também na maturidade musical da banda. 
Cada álbum é uma concepção, uma história. 

Acredito que hoje conseguimos alcançar nosso melhor momento.


2 - Acredito que uma das tarefas mais difíceis para uma banda que possui um ótimo legado é ter que parar suas atividades... como foram os preparativos para essa volta em alto estilo?estavam com algum tipo de receio?
R: Shucky:
O Skin Culture é uma banda que nasceu com a principal missão de se desafiar musicalmente a cada álbum. Nunca você irá ouvir um álbum igual ao outro.
E assim também aconteceu com a história da banda, tudo o que não acompanha essa nossa característica, não consegue seguir adiante.

 A banda até parou em alguns momentos, mas sempre retornou em grande estilo.
Hoje o Skin Culture encontrou sua melhor formação e está totalmente estável, com sua propria identidade musical.


3 - A adição do excelente guitarrista Fred Barros para mim é um diferencial bem evidente, afinal, o cara consegue dar uma gama enorme de opções para o lado das melodias e solos... como foi o contato para que ele fosse integrado?
R: Shucky:
O Fred é um velho conhecido do nosso baterista Rafael Ferreira, já tocaram muito juntos o que facilitou na interação dele a banda. Ele trouxe o lado melodioso que faltava para o Skin Culture. 

Além de um excelente guitarrista, um dos melhores do Brasil, ele também canta muito e com isso conseguimos agregar essas caracteristicas na identidade da banda. Pra mim hoje estamos com o time perfeito.


4 - Em sua visão, Fred, quais os pontos positivos com a sua entrada?acredita que neste novo álbum tenha inserido todas as suas características?
R: Fred Barros: Quando fui convidado para entrar na banda, acredito que pelo menos 50% do álbum já estava composto, inclusive um single já havia sido lançado. 

Pra minha sorte, todos os membros da banda acreditam muito em mim e nas minhas ideias, me dando total liberdade em arranjos e em criações. 
Pude mudar até algumas estruturas de músicas que em teoria já estavam prontas e todos tivemos o mesmo nível de opinião e quase que sem desacordos, os 4 estavam num compasso muito bacana, as mesmas ideias, sempre com o mesmo objetivo e muito foco.

Ainda que o tempo tenha sido curto, consegui colocar um pouco mais de complexidade, alguns solos na linha shred, coisa que até então não existia na banda e até alguns vocais melódicos, isso tudo sem perder a essência do Skin Culture, com muito peso e equilíbrio entre velocidade e groove.


5 - Por falar em novo álbum, "Lazarus Eclipse" trás a tona um grande momento na carreira da banda, seja em produção ou execução tudo está impecável.
Como foram os dias de concepção deste que é para mim um dos melhores lançamentos nacionais de 2019?
R: Gabriel Morata:
As vezes eu penso que esse álbum foi uma conquista, na forma que foi concebido. 
Cada um de nós estavamos num momento muito peculiar de nossas vidas, em diferentes situações. 

Costumo falar que o Lazarus Eclipse é bom porque é um álbum muito sincero. Colocamos pra fora todo o peso das situações que estavamos passando e fizemos dos dias de gravações/composições, momentos especiais, onde mesmo com todo o caos rolando aqui fora, o único objetivo em nossa mente era o de fazer o melhor álbum.
Não sei os outros, mas eu meio que sentia que esse álbum tinha que sair da melhor forma e assim, outras coisas que não tinham nada a ver, se resolveriam, sabe?E aconteceu assim.
O "Lazarus Eclipse" foi criado com foco total e assim todo dia experimentavamos ideias novas para o instrumental dos sons. As linhas de vocais foram pensadas, repensadas e redesenhadas dezenas de vezes. 

Sempre que fazíamos a gravação de uma parte do som, ou de uma linha de instrumento, ouvíamos exaustivamente, tipo umas 200 vezes por dia, até o próximo dia de gravação, para saber se realmente o que havíamos feito era o que tinha que ser. 

Parece complexo demais, mas foi natural, sabe? 
Trabalhamos com o produtor Michel Oliveira e a paciência, dedicação e profissionalismo desse cara foi fundamental para o Lazarus Eclipse ter toda essa energia.


6 - Vocês são uma das poucas bandas que são unanimidade pelo underground, principalmente para quem é fã de djent/hardcore... ao que se deve essa aproximação com o fã e o reconhecimento total?
R: Gabriel:
Acho que o Skin Culture tem uma carreira de muita sinceridade dentro da cena. Sempre falamos o que pensamos, doa a quem doer. Sempre corremos pelo certo, dentro de nossas concepções. Sem medo de errar e sem vergonha de admitir erros. 
Sempre com muito respeito a todos.
Somos caras comuns, que curtimos ir em shows, temos os boletos pra pagar no final do mês, temos problemas, felicidades, momentos bons, histórias tristes... então acho que essa transparência, essa sinceridade, junto com a imensa paixão pela música que cada um de nós tem e que "guia" nossas vidas, faz com que de alguma forma o público se identifique com a banda.
Nosso público é apaixonado por música. Nós também.


7 - Além de ótima reputação, também já dividiram palco com grandes nomes do metal... nos conte um pouco sobre essas experiências e qual foi a maior de todas para vocês?Por exemplo, a que mais se impressionaram em termos de alcance.
R: Shucky:
Somos privilegiados por agregar em nosso Curriculum turnês ao lado de grandes îcones da musica mundial como Korn, POD, Hatebreed, Napalm Death, Misfits, Born Of Osiris entre muitos outros.
Temos plena consciência de que a estrada é o ápice do trabalho que uma banda pode alcançar.
Estamos sempre preparados para turnês, seja em pequenos ou grandes shows.


8 - O que podemos esperar para os próximos meses?mais vídeos?ou de repente outro tipo de novidade?
R: Gabriel:
Shows e clipes! Estamos criando as parcerias certas para fazer um excelente trabalho visual nesse álbum, com muitos clipes! 

Estamos avaliando se o próximo vídeo sai em dezembro ou no começo do ano.
E em relação a shows e turnês, estamos em muitas negociações, pra levar o Skin Culture pros 4 cantos do mundo durante a "campanha" toda do Lazarus Eclipse. 

Todo dia há novas possibilidades aparecendo, então estamos brigando pra poder aproveitar o máximo delas, nesse aspecto.


9 - Tenho feito essa pergunta de forma rotineira para as bandas... como vocês vêem o atual momento com o streaming dominando e as mídias físicas perdendo o espaço?sou colecionador e gosto daquele tipo de coisa como encarte, detalhes em mãos né, algo que rockeiros admiram... existe uma fórmula para que essa adaptação ao mundo digital seja rentável como foi na era do material físico?
R: Fred:
Também sou um grande fã de mídias físicas e ainda hoje coleciono cds e isso com certeza aproxima o artista do fã, vira um tipo de relíquia ou troféu que o fã tem em casa e pode acompanhar o trabalho de uma maneira mais íntima. 

Estamos no processo de produção de todo nosso material físico que serão vendidos nos nossos shows. 

Por outro lado, as mídias digitais são de extrema importância nos dias atuais visto que qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo consegue nos ouvir neste exato momento. 

Sobre ser rentável, talvez não de forma direta, mas com certeza uma boa divulgação traz um maior número de shows e posteriormente de fãs que vão seguir a banda, comprar o merchan, etc.


10 - Finalizando por aqui, gostariam de deixar algum recado?
R: Fred:
Obrigado pela oportunidade de estar aqui e a todas as pessoas que têm nos ajudado em todo esse processo, não conseguiríamos sem vocês.  

É um caminho muito difícil mas também muito gratificante quando começam a chegar os frutos de tanto trabalho. 

Esperamos que todos que estejam lendo essa matéria e se ainda não conhecem nosso som, busquem o “Lazarus eclipse” no spotify, youtube, Deezer, entre outras plataformas e traga seu feedback que é muito importante. 

Busquem nosso contato também para shows, queremos agora é fazer barulho ao vivo que é o que mais gostamos de fazer.

Um abraço a todos.


Confira nosso review para o álbum "Lazarus Eclipse" aqui


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