Killswitch Engage : Atonement - Review

Após a volta de Jesse Leach para os vocais, a banda lançou "Disarm the Descent" (2013) e "Incarnate" (2016), sendo então na data de hoje, 16/8, o terceiro álbum seguido com o mesmo, intitulado "Atonement" (via "Metal Blade Records), e o que isso representa?evolução!

O que pude perceber rapidamente é a ótima produção, momentos em que certamente os fãs mais antigos podem sentir as características marcantes da banda, além de coisas novas (não diria que estão se repetindo, mas sim em uma evolução natural de trabalho).

"Unleashed" foi o primeiro single liberado e logo pudemos ver que a parte melódica estava intacta, demonstrando aquele feeling característico da carreira do KSE e também vocais brutais (para mim uma das melhores faixas já feitas por eles e um dos melhores vocais de Jesse em sua carreira).

"The Signal Fire" é outra faixa matadora, trás riffs empolgantes, andamentos na linha do thrash/hardcore (sem deixar o metalcore de lado) e um dueto muito especial, pois envolve o ex vocalista da banda, Howard Jones, em um ótimo feeling com Jesse.
(Adam é para mim o guitarrista mais diferenciado no meio do metal que transita, e nessa faixa se faz muito bem a recíproca).

A ótima "Us Against the World" nos brinda com vários momentos melódicos e de bom agrado, tendo guitarras que nos remetem ao heavy metal moderno, enquanto "The Crownless King" retoma a velocidade e peso do álbum, e com mais uma grande participação, ninguém menos que Chuck Billy (o que exige ser então uma canção de riffs rápidos).

"I Am Broken Too" é o single mais recente e que também foi liberado antes do lançamento do álbum, sendo ótima, melódica e acessível, já "As Sure as the Sun Will Rise" é pesada, tem vocais novamente brutais, guitarras amplamente exploradas e com ótimas melodias (algo que merece menção e atenção).

"Know Your Enemy" é mais um momento ótimo na carreira de Jesse Leach, pois é incrível a sua evolução musical se compararmos com o seu início (cito não só pelo lado crítico mas também como fã que sou e os acompanho desde a adolescência).

"Take Control" (a mais melódica), "Ravenous" (com ótimos momentos brutais), "I Can't Be the Only One" (com ótima cadência e execução, além de riffs e vocais com o melhor momento da banda) e "Bit the Hand That Feeds" (extrema, flertando com o hardcore) fecham este excelente registro.

O que posso dizer deste grande álbum?ouvi por aí que alguns acharam ele "dentro de uma fórmula", mas ao meu ver, tem bastante coisa nova, mais riffs legais e também os que víamos em álbuns na era Howard Jones (além de coisas da primeira fase de Jesse), e obviamente, a produção intacta que sempre é bem vinda.

Se eu puder citar os melhores pontos aqui são com certeza os vocais que agora funcionam perfeitamente no lado brutal e também melódico (assim como nos últimos discos) e o trabalho de guitarras que sempre me empolga, mas que aqui supera o anterior.

Não sei o que se passa pela cabeça do sempre criativo e talentoso Adam (quem sabe um dia possamos fazer uma entrevista e eu indagar sobre suas idéias, conceitos) mas o fato é que o cara consegue fazer do KSE um líder em sua maneira de enxergar e influenciar na sua vertente.

Fica entre os melhores de 2019 com certeza, e para o tipo de metal que praticam pode ser que seja o melhor lançamento até aqui.

Line-up :
Adam Dutkiewicz - Guitars
Joel Stroetzel - Guitars
Jesse Leach - Vocals
Justin Foley - Drums

Tracklist :

1 - Unleashed
2 - The Signal Fire (feat. Howard Jones)
3 - Us Against the World
4 - The Crownless King (feat. Chuck Billy)
5 - I Am Broken Too
6 - As Sure as the Sun Will Rise
7 - Know Your Enemy
8 - Take Control
9 - Ravenous
10 - I Can't Be the Only One
11 - Bit the Hand That Feeds

Ouça via Spotify aqui

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