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quarta-feira, 7 de junho de 2023

Dieth: To Hell and Back - Review

Texto: Mauricio Filho.

David Ellefson, o lendário ex-baixista do Megadeth, volta “do inferno” em grande estilo, como o título do álbum mesmo sugere.

A nova banda nomeada “DIETH” faz sua estréia com um disco direto e visceral, intitulado “To Hell and Back”. David Ellefson, Guilherme Miranda (ex-Entombed A.D.) e o baterista Michał Łysejko(ex-Decapitated), compõem o conjunto brutal.

O álbum traz composições incríveis, diretas, como um soco na cara, que faz o cérebro do ouvinte explodir e escorrer pelos ouvidos.

Os vocais do Miranda são um dos pontos fortes do disco, extremamente bem colocados, são agradáveis e não cansativos, muito bem encaixados sobre todos os poderosos riffs de guitarra e a cozinha monstruosa entre baixo e bateria.

A faixa título “To Hell and Back” abre o disco de forma primorosa, como um pequeno prelúdio, clean, de muito bom gosto tocado sobre estrondosos violões, que remete a clássicos do Thrash. A música muda então, da água pro vinho, despejando uma verdadeira, tijolada na cabeça do ouvinte, com riffs criativos, intercalados com pequenos “patterns” virtuosos de guitarra e um refrão marcante, fazendo desta faixa uma das melhores do disco.
Escolha perfeita para a abertura.

A segunda faixa "Don' t Get Mad…Get Even!” começa com um coro empolgante, que segue então misturando riffs brutais e curtos solos rápidos de guitarra. A música não deixa a peteca cair, e mantém a vibe em alta.

Destaco outras faixas como “Free Us All” que me trouxe uma vibe “psicodélica”, com coros e uma mescla com vocais “falados”. As melodias feitas pela guitarra, em contraponto a um “riffão” feito pelo baixo, somados a sons de Wah Wah e solos rápidos, fazem desta música, um dos momentos mais interessantes e inesperados do disco.

A balada “Walk with Me Forever” tem um clima soturno, denso, que permeia a mente do ouvinte com sensações reflexivas e empolgantes. Toda a progressão harmônica e melódica criada foi muito bem estruturada, os vocais limpos, cantados pelo David Ellefson, em seu primeiro registro solo vocal, foram muito bem interpretados, tudo isso apoiado sobre uma produção muito bem feita. Gostei muito também do solo de guitarra, criativo e bem executado, as belas frases são coesas, acompanhando as mudanças de acordes e climas da harmonia.

The Mark of Cain" também está entre as minhas favoritas, com riffs intrincados cercados por uma bateria insana e vocais cavernosos.

Uma menção honrosa a faixa final "Severance" uma pequeno instrumental. Entre uma linha densa de bateria, traz guitarras recheadas de belas melodias e sons “cleans” poderosos.

Parabéns ao David e a banda, assim como aos envolvidos em toda a produção. O disco de estréia tem tudo para figurar entre os melhores lançamentos do ano.


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Tracklist:
1. To Hell And Back
2. Don’t Get Mad ... Get Even!
3. Wicked Disdain
4. Free Us All
5. Heavy Is The Crown
6. Walk With Me Forever
7. Dead Inside
8. The Mark of Cain
9. In The Hall Of The Hanging Serpents
10. Severance

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