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| Os músicos do Neogenese em destaque Créditos da foto : Lyrian Oliveira |
Autor da entrevista : Vinny Hetfield
Edição : Vinny Hetfield
Trago aqui mais uma entrevista que fiz recentemente, e agora com um pessoal que faz um som bem legal que me agradou logo de início com sua "pegada" Heavy imposta...
Com vocês, Neogenese :
1 - Vamos iniciar com vocês se apresentando, por favor... Nos digam quem integra a banda e conte-nos um pouco sobre o início do grupo...
R: Tiago Souza – vocal, Benito Cordeiro – guitarra, Maicon Menta – bateria, Diego Menta – baixo. Começamos no final de 2005, mas ficamos algum tempo inativos, voltando plenamente em 2014, quando lançamos nosso EP que leva o nome da banda.
R: Tiago Souza – vocal, Benito Cordeiro – guitarra, Maicon Menta – bateria, Diego Menta – baixo. Começamos no final de 2005, mas ficamos algum tempo inativos, voltando plenamente em 2014, quando lançamos nosso EP que leva o nome da banda.
2 - Quais são as influências de vocês?
R: Cada integrante tem suas influências variadas, mas no heavy metal todos entramos num consenso que acarreta no nosso som, tendo como influência os grandes nomes do gênero.
3 - Se rotulam em qual vertente do Rock?
R: Nós nos denominamos como Heavy Metal, pela gama de vertentes que podemos atingir dentro dessa rotulagem. Temos músicas com pegada mais heavy, outras flertando com o thrash, hard rock, e até mesmo com o power metal.
4 - Como vêem a atual cena e o espaço dado para bandas autorais?
R: Não temos muito o que dizer sobre cena.
Sempre vemos as coisas acontecendo pelo país, mas nunca fazemos parte disso e não é por escolha própria. Ao que nos parece, em qualquer lugar uma banda tem que batalhar muito para ser notada, e nem sempre consegue. O que acontece muito, e creio que não deve ser só aqui na nossa região, é existirem alguns grupos e tudo que está fora desse grupo tende ao ostracismo.
No nosso caso, até para conseguir tocar, tivemos que organizar eventos e convidar outras bandas para participar, o que evidenciou mais ainda essa constatação, visto que as bandas convidadas sempre ficavam muito gratas em serem lembradas.
5 - Como descrever um show da banda?
R: Uma viagem mesclando os anos 80 e 90! E isso é legal pois assim abranjamos um amplo público e a eles, lógico, procuramos passar tudo o que um bom show pede.
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| Tiago Souza, vocalista do grupo Créditos da foto : Lyrian Oliveira |
6 - O single Mystical Rain estará na Imperative Music Compilation 14 (distribuída pela Imperative Music)... Nos conte um pouco sobre a produção da arte (ótima por sinal), o videoclipe, e claro, a oportunidade de divulgarem em um projeto desse porte...
R: Acreditamos que oportunidade se conquista e aos poucos. Isso porque para chegar nesse projeto, tivemos que trilhar um caminho, que começou lançando o EP em 2014, que mesmo tendo algumas críticas, mostrou nossa cara a mais pessoas, e com isso surgiu o convite para integrar uma coletânea nacional.
E ao participar de uma coletânea nacional, ainda mais pessoas nos viram, e uma delas foi o Gilson, da Imperative Music, que nos convidou para integrar a coletânea, que seria o volume 13, mas como ainda não tínhamos material pronto, combinamos de entrar no volume 14. Para nós é uma grande oportunidade de chegar a um público maior, e uma honra estar juntos com bandas como Kreator e Obituary, que também estarão nesse volume.
Sobre a arte da capa, fica o mérito para o talentosíssimo Marlon Cerqueira dos Santos. Passamos a ideia, e ele conseguiu captar e realizar da melhor maneira possível.
O clipe ficou a cargo do pessoal do Studio Tenda, que faz um trabalho muito bom com as bandas de Curitiba e região. Ficamos muito satisfeitos com o resultado.
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| Bela capa do single Mystical Rain Créditos da arte : Marlon Cerqueira dos Santos |
7 - Por falar no novo single acima, nos conte sobre a concepção do E.P... Como funciona o processo de composição?
R: Não existe uma regra quanto a composição.
Tem músicas que foram feitas em conjunto, músicas de um, mas que a banda inteira moldou até o resultado final, músicas que um escreveu a letra e outro fez a música em cima, outras que a música veio primeiro e depois a letra... Mas o resultado final, é sempre um consenso em que chegamos na hora da execução. Não acontece aquilo de “a música é minha e tem que ser assim.”
8 - Muito se fala da cena em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais... e em Curitiba?Nos dê um pouco mais de detalhes sobre...
R: A cena é uma verdadeira cozinha, cheia de panelas.
E é muito difícil para a banda seguir fora dessas panelas, como é o nosso caso.
Não temos muito a dizer sobre espaços para tocar, pois, para poder tocar, tivemos que organizar nossos próprios eventos, e para isso, o 92 graus nos recebeu muito bem em todas as ocasiões, como sempre foi o costume do grande JR. Além disso, o Blood Rock Bar, que nos convidou para uma das edições do Curitiba Metal Reunion, tem feito ótimos eventos autorais, chamando as bandas por mérito próprio, sem qualquer “esquema” ou visando alguma vantagem, e sem precisar pertencer àquela ou outra panela.
O público é ótimo e merece boas bandas. E muitas boas bandas simplesmente acabam, por não ter espaço.
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| Maicon Menta, baterista do grupo Créditos da foto : Lyrian Oliveira |
9 - Indiquem 3 discos essenciais do Rock/Metal para nossos leitores...
R: Difícil. Vamos nos ater ao metal pra tentar afunilar um pouco.
O primeiro do Black Sabbath, por ser onde se começou a trilhar os caminhos do metal;
The Number of the Beast, do Iron Maiden.
Com o “The number” o Iron começava a sair do som mais cru dos álbuns anteriores e chegava a um público maior, o que viria a leva-los ao mainstream, e ditando a partir dele as regras musicais e de business nesse meio. Inclusive foi o primeiro álbum deles a chegar aqui no Brasil;
Kill’em All, do Metallica. Foi o primeiro full album de uma banda de thrash metal, e não tem como negar que toda a música pesada que veio depois dele possa ter se influenciado de alguma maneira nele.
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| Benito Cordeiro, guitarrista do grupo Créditos da foto : Lyrian Oliveira |
10 - Qual o maior desejo da banda atualmente?
R: Com certeza o maior desejo de toda banda é reconhecimento. Todo o resto se resume a isso, seja dizer que quer lançar um disco, seja dizer que quer tocar com determinada banda ou tocar em grandes festivais, resumidamente o maior desejo é o reconhecimento.
11 - Se pudessem escolher tocar com 3 bandas, quais seriam?
R: Iced Earth, Judas Priest, e Helloween
12 - Na lata : o que o músico não pode ser?
R: Pau no cu.
O músico não sendo pau no cu, o resto todo se resolve.
Claro, isso para tudo na vida, mas em especial na música, e rotinas de uma banda.
Se o cara for muito chato, metido a mainstream e cuzão no sentido que empaca e atrapalha tudo, daí fica complicado.
13 - Qual seria a maior dificuldade da banda atualmente?
R: Dificuldade financeira.
Sem grana, muitas vezes perde-se várias oportunidades que batem à nossa porta.Um exemplo disso tudo é que a nossa intenção era regravar algumas músicas do nosso EP e acrescentar músicas que ainda não tinham sido gravadas para fechar um full álbum, que poderia abrir ainda mais portas para nós. Porém por questões financeiras abortamos o projeto.
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| Diego Menta, baixista do grupo Créditos da foto : Lyrian Oliveira |
14 - Vinil, CD ou Streaming?
R: Cada um tem seu momento e utilidade, mas nos dias de hoje o streaming é o mais digerível. As pessoas estão a maior parte do seu tempo em frente a uma tela de celular ou de computador, e não tem mais a mesma paciência que se tinha em pegar um vinil ou cd, colocar pra tocar, e ficar admirando a capa, contra capa, encarte.
Mesmo via streaming, se o material é extenso demais, é desgastante para ser apreciado na íntegra.
15 - Chegamos ao fim... gostariam de deixar algum recado para seus fãs e nossos leitores?
R: Vão aos shows das bandas locais e autorais, pra dar aquela força, e não sejam preconceituosos, dá pra curtir todos os estilos e vertentes do rock e do metal sim.
Não seja chato ditador de regras, pois a música é libertadora, o rock é vida e o metal o alimento.
E curtam nossa página no facebook para nos acompanhar: facebook.com/neogenese.
Compartilhem nosso clipe...
Muito obrigado pela oportunidade dessa entrevista, e certamente quando precisarem contem sempre conosco.
Abraços galera.
