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quinta-feira, 26 de julho de 2018

Crappy Jazz lança Véspera, disco de noise rock em português

Nota :

Álbum de estreia tem capa assinada por Jesse Draxler, conhecido pelos trabalhos com Kendrick Lammar e Deafheaven

Véspera, na etnologia da palavra, pressupõe expectativas e esperas, uma ponte entre o futuro e o passado. Mas longe de meros conceitos, estas noções estão presentes nas músicas do duo de noise rock Crappy Jazz, de Londrina, que lança o primeiro álbum Véspera nas principais plataformas de streaming, com distribuição digital da Tratore.

Ouça aqui: https://tinyurl.com/y84yo2ue (Youtube) e https://tinyurl.com/yaceadae (Spotify).

O noise rock de Véspera é repleto de groove e ritmos percussivos. Outra característica marcante na proposta do Crappy Jazz é cantar em português, e desta forma, as músicas soam bastante orgânicas, com uma crueza ímpar. Os singles ‘Subitamente’ e ‘Djenga’, presentes no disco de estreia, são temas que evidenciam peso entre riffs marcantes e andamentos ora cadenciados, ora agressivos. Nação ZumbiSepultura e System of a Down são referências que situam por onde caminha – musicalmente – o duo londrinense.

Yuri Muller (bateria, vocal, percussão e piano) e Silva Leonel (baixo, backing vocal, percussão e ruídos), os mentores do Crappy Jazz, compuseram as 11 faixas de Véspera em distintos momentos desde que a banda foi formada, em 2015. Para eles, o trabalho gradativo na produção do disco de estreia acompanha a evolução musical e pessoal de cada um.

“Evoluímos, com o tempo, na forma de compor e arranjar tudo. Há desde faixas mais diretas, como ‘Não me vê’, uma das primeiras faixas que fizemos e lançamos, até canções como 'Abismo', uma das últimas composições do álbum com essa introdução meio climática”, explica Silva.

A escolha do renomado artista gráfico norte-americano Jesse Draxler para a capa de Véspera, sintetiza esteticamente o que o Crappy Jazz faz na música. Draxler, quem tem artes para o rapper hype Kendrick Lammar e com a banda Deafheaven, criou uma expressão como se fosse o resultado de todas as músicas do disco tocadas ao mesmo tempo na mente de uma pessoa, onde ela consegue visualizar algo cada vez que “olha” (escuta) esses pensamentos (letras) tendo, assim, suas interpretações. “Um conflito entre o ouvinte e o som”, resume Yuri.

O álbum, produzido por Yuri Muller, foi gravado e mixado no Pai Muller Studio, em Cambé (Paraná) entre 2017 e 2018. Já a masterização ficou por conta de Chris Hanzsek, no Hanzsek Audio (EUA), o responsável por trabalhos com MelvinsSoundgarden e Far From Alaska.

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Crédito da foto: João Gaspar

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