Trazemos hoje mais uma entrevista por meio da nossa parceria com a Roadie Metal.
Trata-se da banda Mofo que faz um som bastante interessante, cheio de influências pesadas.
Confira abaixo o nosso papo :
1 - Poderiam contar como se iniciou a banda?
Shakal: A banda começou na época de colégio ainda, 2010, quando eu chamei um colega de mentiroso por afirmar que sabia tocar o solo de Fight Fire With Fire do Metallica. Acabamos na casa dele tocando clássicos do Metallica, Iron Maiden, Anthrax, Destruction... e foi assim que Werner -guitarra- e eu (Shakal) -guitarra e vocal- formamos o MOFO.
Mas só em 2014 que finalmente mostramos as garras e presas de um thrash mais nervoso com a entrada do Arthur no lugar do Werner. Então, temos esses dois pontos chave pra banda.
Um maluco chamado Victor Augusto, do Metal na Lata, grande amigo nosso, uma vez nos chamou de Exodus brasileiro (eu sei, abalou nossos mundinhos) e acho que é o único paralelo que dá pra se fazer entre nós 2, tivemos um momento de criação da banda e depois tivemos uma reinvenção, ou libertação da banda, quando mudamos de guitarra, muito parecido com o Exodus.
Agora só nos falta lançar um dos melhores álbuns de Thrash da história de primeira pra completar a profecia.
2 - Gostei bastante do tipo de Thrash Metal que praticam... quais são as influências principais?
- Arthur (Guitarra): Testament, Destruction, Exodus, Havok, Nevermore, Iced earth;
- Shakal (Guitarra): Vio-Lence, Forbidden, Coroner, Dark Angel, Overkill, Mr Bungle, Sigh,Voivod;
- Emiliano (Vocal): Kreator, Overkill, Megadeth, Pantera, Exodus;
- Pedro (Baixo): Death, Behemoth, Rush, Testament, Kreator, Havok, Revocation, Pantera, Obscura, Jaco Pastorius, Marcos Miller, Serginho Groove, Adoniran Barbosa e Sabotage;
- Mancha (Bateria): Morbid Angel, Death, Suffocation, Slayer, Kreator, Coroner, Revocation, Cannibal Corpse, Destruction, Meshuggah, WhiteChapel, Spawn of Possession, Theatre of Tragedy, The Gathering, Torture Squad, Deicide, Nile e outras vertentes, como um som funkeado (mas pegada raiz!!!) e jazzistico ou regionais, como brega, carimbó, samba, capoeira e tribais/batuques.
3 - "Empire Of Self-Regard" é um ótimo registro... como chegaram a essa ótima produção e, quais os conceitos em torno do álbum?
Pedro: No EP tivemos a felicidade de trabalhar com o Caio Duarte do estúdio Broadband. O trabalho do cara é excelente, e ele conseguiu uma timbragem bem interessante no registro. Mas no geral, é um trabalho 100% independente e feito na garra. As músicas escolhidas para entrar no EP foram direcionadas para o ouvinte perceber as características principais da banda. Bem como uma apresentação mesmo.
Já sobre o conceito que o CD traz, entra no mesmo quesito da apresentação. Cada música tem uma temática particular; mas permeiam o mesmo universo, como os filmes da Pixar, sacou?
O nosso registro de lançamento, veio para nos apresentar para os bangers, mostrar nossa carinha de marginal e mostrar o que gostamos de fazer.
4 - Muitos grupos preferem fazer um som extremo ligado à vertente do Thrash, mas vocês buscam (creio eu) uma veia Heavy, podendo "abusar" de melodias ótimas...
Essa escolha foi natural ou já pensaram no lado extremo e "sujo"?
Pedro: Como colocamos lá em cima, nós temos um sincretismo de influências muito interessante. Para nós não há problema em beliscar de outras vertentes, pois nós somos uma banda de thrash, primordialmente de thrash, mas prezamos muito por um som singular, fugindo do trivial. Por isso, às vezes saímos pra pescar e beber de novas fontes. Então podem esperar o próximo petardo cheio de coisas malucas.
5 - Como tem sido os shows? O público tem respondido bem?
Emiliano: Os shows tem sido muito, muito fodas.
O público tem gostado bastante, só feedback positivo. Eu sinto que o MOFO é uma banda de show, de energia, o nosso show não é apenas um show, mas uma experiência inteira. Vale a pena dar uma conferida porque a destruição é grande e a mofada mais ainda.
O público tem gostado bastante, só feedback positivo. Eu sinto que o MOFO é uma banda de show, de energia, o nosso show não é apenas um show, mas uma experiência inteira. Vale a pena dar uma conferida porque a destruição é grande e a mofada mais ainda.
6 - O que pensam sobre o Streaming? mesmo ele sendo essencial, acreditam que possa tirar o lugar da mídia física um dia?
Shakal: Bom... Sinceramente, acredito que a mídia física já perdeu seu lugar de preferência pra se ouvir música, graças à praticidade de se apertar play em uma lista de 10 mil músicas, sem precisar virar o lado, trocar o cd a cada 30-40 min, reorganizar os discos em ordem novamente, etc…
Eu venho construindo minha coleção de CDs há alguns anos, mas, é impossível comparar quantas vezes ouvi Twisted into Form na internet e quantas eu ouvi o CD.
Quantas vezes eu ouvi Eternal Nightmare ou Oppressing the Masses na internet sem ter condições de comprar os discos por serem extremamente caros...
Fora a infinidade de bandas que eu só conheci pela Internet, graças ao streaming, as bandas recebem algum ínfimo valor monetário pra cada execução das faixas, e isso sem falar na capacidade de alcance que um artista independente tem sem a necessidade de uma gravadora lançá-lo.
Fora a infinidade de bandas que eu só conheci pela Internet, graças ao streaming, as bandas recebem algum ínfimo valor monetário pra cada execução das faixas, e isso sem falar na capacidade de alcance que um artista independente tem sem a necessidade de uma gravadora lançá-lo.
Pra mim o streaming é a revolução necessária pra indústria da música nessa sociedade extremamente corrida que vivemos hoje.
Imagine se você pudesse resolver suas responsabilidades apenas por email e nunca mais precisasse colocar os pés numa agência dos Correios... Perfeição, não?
Assim como os aficionados por cartas continuariam utilizando os correios na minha sociedade utópica, nós, garimpeiros de sebo, ratos de discos, continuaremos comprando a mídia física nesse mundo moderno de streaming.
O carro a gasolina, mídia física, cruzamento curto e a porra dos correios jamais deixarão de existir. Inclusive no disco novo a ser gravado tem uma música inspirada por uma ida aos correios.
7 - Ainda falando sobre público, o que fazer para chamar atenção e angariar mais fãs, tendo em vista que muitos estão assistindo shows somente pela Internet?
Emiliano: Acho que é fazer a diferença no show, os músicos não podem culpar a cena o tempo todo, eles tem que tentar pensar em novas estratégias. Seja com roupas, performances, fogo, tocar de paletó e pochete, vale tudo! De toda forma, queremos manter nossa originalidade e naturalidade no palco. Acreditamos que isso também tem gerado conexão do público com nosso jeito de tocar!
8 - Para finalizar, querem deixar algum recado?
Arthur: Velho, primeiramente a gente gostaria de agradecer aos headbangers. A aceitação do público tem sido excepcional e essencial! Ficamos realmente muito felizes com isso! E também agradecer aos mestres da marionete, os que fazem acontecer, Felipe CDC(Terror Revolucionário, Caligo, Death Slam), presidente Geldo Wolf, Victor do Metal na Lata entre vários outros influenciadores, produtores e donos de casas de show...
Agradecer também às bandas que tão no corre com a gente, andando lado a lado e fortalecendo, como, Desonra, Phrenesy, Flashover, Dark Razor, entre várias outras (desculpe se não citamos vocês, seus lindos) e aproveitando pra deixar um breve recado:
ISSO AQUI COMEÇOU COM UNIÃO, O UNDERGROUND É UNIÃO! SE NÓS NÃO FORMOS POR NÓS, NINGUÉM SERÁ!! E nas palavras dos nossos brothers do What I Want "ISSO NÃO É UMA COMPETIÇÃO".
Então, vamos nos unir e vamos fortalecer a cena, porque o metal não morreu e nem vai!!!
JUNTOS SOMOS MAIS FORTES!
Stay heavy, seus puto!
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Gostaria de agradecer a banda pela oportunidade e também aproveito para agradecer ao brother Gleison Junior (nosso parceiro e idealizador da Roadie Metal) nos deu, fazendo todo o trâmite para tornar possível a entrevista.
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