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quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Rock Vibrations Entrevista : Blanchez


A Internet nos brinda com tantas novidades diariamente que fica impossível dizer o quanto temos de riqueza nesse meio, e claro, no lado musical, especificamente no Rock (meio que somos inseridos), lidamos com tantos nomes que é impossível conhecer tudo.

A Blanchez (natural do Rio de Janeiro) acabei conhecendo pelo meu perfil de Instagram pessoal e, me deparei com uma sonoridade um tanto quanto "vintage", mas também moderna, e uma vocalista com bastante personalidade.

Não deu outra, entrei em contato, foram extremamente educados e receptivos, até que enfim, consegui "arrancar" essa entrevista...
O resultado? Confira abaixo e, aproveite :


1 - Como iniciaram a banda?
R: O projeto iniciou com a Rachel há muito tempo atrás com outra formação e com estilo musical um pouco diferente. Após hiato, os trabalhos reiniciaram com a nova formação no final de 2017.

O Matheus Telles (guitarrista) e o Julio Chinemann (baixista) já tocavam juntos em outro projeto e sob convite da Rachel toparam reativar a Blanchez.

Higor Ferraz, baterista e co-produtor, entrou logo nas primeiras gravações, quando conheceu o projeto através da Jane Gomes, cantora e coach vocal da Rachel.


2 - Conheci vocês através do Instagram, e me deparei com ótimas canções, algo realmente do meu agrado… Esse talento todo se deve ao que exatamente?
R: Ficamos muito felizes em saber que curtiu! Gostamos muito de manter a mente aberta e experimentar coisas de diversos estilos musicas, que ajudam a amadurecer nossas criações.

Todos na banda já têm um certo tempo de estrada profissional na música e isso certamente tem sua influência, mas estamos sempre em busca de coisas novas e oportunidades de crescer e achamos que isso é um grande diferencial.


3 - O projeto de lançarem 12 canções em singles (sendo 1 por mês) é realmente muito bom! Como chegaram nesse projeto ousado?
R: Logo na consolidação da nova formação, o Matheus sugeriu seguirmos uma estratégia de lançamento baseada no estudo de caso de inúmeros artistas e mercados. Alguns chegam a lançar uma música por semana, mas pra nós isso seria inviável.

Então, decidimos testar 1 por mês e acabou dando certo e além de fazer a banda estar sempre em atividade, traz retornos cada vez maiores ao longo do tempo.

Estamos super animados com esse processo todo!


4 - Falando nas canções, elas possuem uma grande qualidade entre si... todas possuem conceitos? Se interligam?
R:Todas falam sobre os aspectos internos do ser humano, a forma de cada um pensar, momentos de desespero e de sucesso, situações do cotidiano que passam nas mentes das pessoas (na nossa ótica).

Não é algo proposital realmente, mas nessa fase do projeto acabamos seguindo essa vertente nas composições.


5 - Como tem sido o apoio da galera?
R: Temos recebido muito apoio por todos, em nossa cidade e incrivelmente em outros estados do Brasil, como Minas Gerais, São Paulo, Rio, até no Nordeste. 
Realmente não podemos reclamar do apoio das pessoas.

Isso acabou até refletindo em um sorteio que fizemos de uma das nossas camisas que acabou indo para uma fã de Feira de Santana/BA.


6 - Pretendem investir em vídeos?
R: Com certeza! Inclusive nosso primeiro lançamento, “The Rescue”, foi um single com clipe produzido e lançado pela Obra Prisma e é nossa música mais ouvida.

Até agora temos 2 clipes lançados e os próximos devem sair só no ano que vem, mas estamos planejando produzir outros conteúdos em vídeo, como playthrough dos instrumentais e da voz.


7 - Rachel, gostei demais da sua voz, principalmente na canção "Just the Start" onde percebi que você consegue trabalhar em vários tons e possuir identidade própria… Como você define seus vocais e influências?
R:Não sei definir o meu vocal, acho que ele representa, na real, minha personalidade, minhas emoções.

Então acho que todas essas coisas meio que me fazem trabalhar em várias regiões e tons.

Minhas maiores influências são jazz, blues, rock and roll e me inspiro em artistas como Ella Fitzgerald, Janis Joplin, Layne Staley (...) Tem muita gente que me influencia! Quase tenho várias personalidades (hahaha).


8 - Aproveitando que abordei você, Rachel, preciso lhe fazer uma pergunta um tanto quanto chata…Sabemos que cada vez mais as mulheres têm montado bandas e conquistado o seu espaço no Rock… Temos pelo mundo uma infinidade de meninas arrebentando em suas carreiras, mas, ainda tem quem coloque isso em cheque! Como você lida com isso? Já teve que passar por alguma situação ruim?
R: Cara! Século XXI e ainda tem gente que coloque isso em cheque! Isso não deveria mais ser uma possibilidade.

Isso é REAL, uma infinidade de mulher foda no Rock e ainda existem dúvidas se somos capazes. (hahahaha)

Acredito que a maioria das mulheres já passou uma situação ruim. Ainda mais na arte.
Não é fácil não, mas eu sigo firme!


9 - Tenho percebido que a cena carioca está muito forte no Rock, seja em bandas mais acessíveis ou extremas, possuem uma ampla qualidade sonora! As bandas se apoiam por aí?
R: (Matheus Telles) Pelo que percebemos, é comum que bandas da mesma região sejam mais unidas e isso acaba criando um cenário mais ativo.

Os grandes centros, naturalmente, são os mais beneficiados, mas algumas cidades do interior também têm mostrado grande potencial artístico.

No final das contas, dá pra ver o conceito de “a união faz a força” sendo fundamental no desenvolvimento de um cenário musical de qualidade. 


10 - Como lidam com o lado administrativo da banda?possuem uma gerência ou fazem algo independente?
R: Todo o trabalho realizado até agora foi feito de maneira 100% independente e nos responsabilizamos por todas as partes do negócio.

Sabemos da importância que tem a parte “business” em um projeto criativo e nos esforçamos para agir sempre da maneira mais profissional possível.

Antes sequer de lançar música, já tínhamos um plano de negócios estruturado, com estudo de mercado e várias estratégias a serem validadas.
Todo esse trabalho tem se mostrado essencial para o desenvolvimento da nossa carreira até agora.


11 - Tem algum local que vocês desejem muito tocar?de repente até mesmo fora do estado de vocês?
R: Temos como nosso objetivo principal para o próximo ano fazer um show na cidade de São Paulo. 

Este tem sido o norte para inúmeras ações nossas e falamos sempre sobre isso em nossas lives nas redes sociais. Para nós, será um marco.


12 - O que vocês pensam para atrair público?sabemos que hoje a Internet acomodou um pouco o pessoal em suas casas, mas, o que fazer?
R: A escolha da estratégia de lançar um single por mês tem muito a ver com isso.

Nosso pensamento foi que lançar 1 música por mês durante 12 meses seria muito melhor que esperar 12 meses para lançar um álbum.


13 - Vocês lidam bem com o Streaming?Muito se indaga sobre o papel dele no futuro e o quanto pode afetar nas vendas de mídia física, mas, acreditam que ele possam afetar a ponto de substituir?
R: Hoje o streaming já representa uma parcela enorme do faturamento no meio musical e a tendência é aumentar cada vez mais.

Acreditamos que nada será extinto, como não foi o LP, mas cada mídia assumirá um papel específico.

O grande desafio é o artista estar preparado para quando as mudanças chegarem.


14 - Na opinião de vocês, qual o single que mais tem a cara da banda?
R: Cada single lançado até agora mostra um pouco do que é a Blanchez.

Difícil dizer qual tem mais a cara da banda, mas os preferidos da galera são “The Rescue” e “Love, Pain, Hope”.


15 - Finalizando, gostariam de deixar algum recado?
R: Galera, só tem quem faz.
Não adianta romantizar o “viver de música”. 

Precisamos nos adaptar ao novo modelo e nos esforçar para nos manter verdadeiros à nossa essência e ao motivo de fazermos música em primeiro lugar.

A gente tá aqui caminhando... Do jeito que é possível AGORA pra poder fazer melhor depois.

Esperamos que todos vocês também estejam fazendo hoje o que querem ser e ter amanhã.
Quando há progresso, com propósito, há felicidade. Isso é sucesso




Gostaria de agradecer imensamente a banda pela entrevista e pelo tempo, acredito que sejam uma das bandas de grande potencial para estourar nuito breve e, deixo aqui o espaço para futuras divulgações.

Até mais, pessoal!

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