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terça-feira, 20 de novembro de 2018

Rock Vibrations Entrevista : Sacrificed

Créditos : Urbham Fotografia

Algumas bandas surpreendem tanto com seu modo de compor que nos trazem indagações, tais como a de atingir qualidade em tão pouco tempo ou sobre como conseguiram tal evolução...

A Sacrificed é um tipo de banda que posso dizer seguramente que foi do lado amador ao profissional em apenas 2 discos, elevando seu som de algo cru para uma super produção, além de veia acessível (lembrando que ser acessível não é ser vendido, mas sim ser tão bom a ponto de sair do seu próprio nicho).


Confira abaixo o bate papo que tivemos com a simpática vocalista Kell Hell :


1 - Para iniciarmos, gostaria que falasse um pouco sobre a produção de "Enraged"...
Demoraram a chegar nesses ótimos timbres?
R: Foi um trabalho bem minucioso, pois queríamos extrair o melhor tanto de nós, quanto do estúdio. Fizemos muitos testes com amplificadores e instrumentos diferentes e agradecemos muito a paciência do Lucas Guerra.

Foram tantas linhas gravadas, com diversos instrumentos e arranjos diferentes, que em um determinado momento esgotamos as tracks do Pro-Tools (risos).


2 - Por conta do som mais limpo, algumas canções lembram grupos como o "Halestorm" (certas partes vocais inclusive remetem á "Lzzy Hale", porém, vocês soam mais pesados e técnicos)...
Isso foi uma escolha natural?
R: Fico feliz que tenha feito essa comparação!
A parte vocal foi totalmente proposital! (risos)

Na atualidade, a Lzzy Hale é a vocalista de rock que mais admiro. Claro que poderia citar diversos nomes, mas a Lzzy é super versátil e talentosa!
Então é nela que me inspiro.

Diversos dos drives e notas prolongadas que hoje estão presentes nas linhas vocais do Enraged foram totalmente influenciados por ela.
Lembrei dela no estúdio, enquanto gravava! (risos)
E sim... isso é mais perceptível em canções mais “limpas”, onde os estilos se aproximam.

Mas, o Sacrificed como um todo não perdeu a pegada metal, então o álbum conta com músicas bem pesadas que fogem completamente ao estilo Halestorm.


3 - A arte de capa ficou muito bonita... qual o conceito por trás dela e as canções?
R: A arte é de autoria do Carlos Fides (Artside Studio), artista consagrado, que já assinou diversas capas de bandas conhecidas.

O conceito da capa está ligado ao nome do álbum , Enraged – que significa “enfurecido”- e ao “tema eixo” da maioria das letras.

Trata-se do conflito de alguém que está indignado, com raiva, mas que precisa superar essas adversidades e injustiças para poder conseguir sobreviver.

Daí o personagem da capa transparece uma “serenidade”, enquanto há diversos “monstros” saindo das paredes, querendo atingí-lo.

Em resumo, eu diria que é um álbum que fala mais dos sentimentos humanos e, principalmente, de superação!


4 - Ainda sobre "Enraged", quais evoluções vocês enxergam neste disco se comparado ao debut?
R: Nossa... tantas! Difícil listar!
Mas eu diria que, para começar, o trabalho de produção e gravação está bem superior.

Além disso, tem a evolução natural dos músicos, né?
Não é possível que, em 7 anos, a gente não ia conseguir ficar um pouquinho melhor! (risos).

A gente quer sempre se superar, nunca regredir, correto? Enfim... acho que eu diria que é um disco mais “maduro”, no qual estamos mais entrosados e também tivemos mais tempo para desenvolvê-lo.


5 - Creio que deverão ter planos para mais videoclipes, certo?pois o disco possui várias canções que servem como single...
R: Sim! Há mais vídeos vindo por aí.
Mas o que eu posso adiantar é que vai vir um Lyric Video antes de tudo. O resto é segredo! (risos)


6 - "To Whom You Belong" é uma canção que me impactou por ser um tema bem radiofônico... interpretação impecável e viciante...
Já conseguem apontar alguma canção que o público tem mais gostado?
R: Então... música preferida é bastante subjetivo, né?
Mas nos surpreendemos com Oblivion.

Muitas pessoas tem apontado ela como uma das preferidas e, inclusive, pedindo para acrescentá-la nos setlists de shows em que ela originalmente não estava.


7 - Como possuem qualidade para várias melodias, pensei que ficaria muito bacana algumas canções suas em versões acústicas...
Pensaram nisso alguma vez?
R: Não só pensamos como já estamos preparando um setlist acústico.

Não dá para prometer datas, nem nada do gênero.
Mas, que vai ter evento acústico, vai!

E quem sabe não gravamos e lançamos, não é mesmo? Realmente as melodias desse álbum combinam bem com um trabalho assim.


8 - Como vocês tem visto a cena atual para o som que praticam?
R: Difícil! Bom... não é novidade para ninguém que fazer metal autoral no Brasil é algo árduo.
Vocal feminino, então? Ainda mais restrito.

Mas de um modo geral a cena tem caminhado muito para gêneros mais extremos, inclusive com mulheres a cargo de vocais extremos. E eu acho isso sensacional!

Mas acredito que é algo cíclico... assim como em outros momentos outras vertentes do metal ficaram em evidência, agora é a vez dos guturais.

De toda forma, continuamos seguindo com nosso estilo particular - que é um tanto quanto difícil de classificar (risos!) - e colocando a nossa identidade no nosso trabalho, independente de rótulos.


9 - Sabemos que o fã de Rock aprecia comprar materiais de suas bandas preferidas, mas, as ferramentas de Streaming estão cada vez mais em evidência...
Acredita que a mídia física ainda terá seu espaço no futuro?
R: Espaço para mídia física acredito que sempre haverá. Por essa razão que você mesmo já listou: apreciadores valorizam o álbum físico.

O que eu acho, inclusive, uma grande demonstração de respeito pelo trabalho das bandas.

Mas fato é que esse espaço tem sido cada vez menor.
E essa é a tendência natural.
Não temos como “brigar” com a realidade.

Então vamos buscar atender as demandas do mercado.


10 - Para finalizar, gostaria de deixar algum recado?
R: Primeiro eu gostaria de agradecer a todos que ouviram o nosso trabalho. Não haveria Enraged, se não ouvesse quem quisesse escutar Sacrificed. (risos!)

Agradeço também a vocês da Rock Vibrations, membros desse segmento de mídia especializada que segue nesse árduo trabalho de divulgação e propagação do rock e metal underground.

Por fim... continuem a apoiar o metal autoral!
Valeu, galera e fiquem ligados em nossas mídias sociais para mais novidades sobre a Sacrificed.





Gostaria de agradecer a ótima oportunidade cedida pela banda e também agradecer aos nossos parceiros da Metal Media pela oportunidade dada para a entrevista ser feita.

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