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sexta-feira, 3 de abril de 2020

Rock Vibrations Entrevista : Rotores


Conheci essa ótima banda através do contato que recebi do músico Marcelo Romero via Instagram e logo surgiram ótimas idéias para divulgarmos seu trabalho, produzimos um review de seu debut E.P. intitulado "Gum in My Head" e agora, uma entrevista bem bacana com o mesmo.

Confira logo abaixo :

1 - Por favor, para iniciarmos, gostaria de saber um pouco mais da história da banda... os músicos envolvidos já estavam em outros projetos antes, certo?
Exato! Na verdade não só antes como atualmente também.
Eu sou o Marcelo Romero, Baixista e Vocalista, o Caio é o Baterista e o Júnior é o Guitarrista.
Eu e o Caio tocamos em outras bandas também, dentre elas o Ratazana também de Punk Rock, com vasta história no underground desde 1994, onde eu sou Baixista e Vocalista desde 2003 e o Caio lá é o Guitarrista desde 2005.

O Júnior também é antigo na cena, um baita Guitarrista que tocou em vários projetos e está na ativa até hoje com outras bandas. Mas antes que pense que o Rotores é só um projeto paralelo em meio às outras bandas, não é.
O Rotores veio pra ficar e fazer a sua história!

Enfim... O conceito da banda já existe há muitos anos, quando eu e o Caio tocavamos uns Punk Rock Bubblegum pós ensaios do Ratazana. Já tínhamos o nome e algumas músicas, faltava o Guitarrista. Queríamos alguém que realmente gostasse deste estilo musical, até que convidamos o Júnior.

Então montamos a banda e começamos os ensaios e toda preparação para o lançamento.


2 - Devo te parabenizar pelo ótimo E.P. "Gum In My Head", um dos melhores registros de Punk Rock/Alternativo que pude ter contato nos últimos tempos.
Quais são os conceitos que giram em torno de suas canções? Em termos de produção, precisou de muito trabalho para chegar no ótimo resultado?

Muito obrigado! Ficamos lisonjeados por ter curtido nosso EP.
Como eu e o Caio tocamos na banda Ratazana que também é de Punk Rock porém basicamente com letras de protesto e em Português, e a banda já tinha este conceito antes de nós entrarmos, então decidimos criar outro projeto para podermos cantar em Inglês e falar de temas diversos, seja algo romântico assim como os Ramones falavam muito, ou seja de qualquer outro tema que quisessemos, sem restrição para nossa criatividade, seguindo a linha de nossas principais influências do Punk Rock.

A produção foi rápida. Gravamos em 2 dias no Atrium Estúdio de Avaré/SP, e nosso produtor Fabiano Gil fez a mixagem e masterização. Fomos conversando até que ficasse do jeito que queríamos e logo ficou pronto.

Acredito que o fato do Fabiano curtir de verdade o Punk Rock e saber onde buscar as melhores referências para produção de um álbum deste estilo, foi fundamental para a qualidade final e agilidade na entrega. E assim rapidamente lançamos.


3 - A arte de "Gum In My Head" foi outra coisa bem legal que me chamou a atenção, tendo o Joey Ramone como figura central... Quem desenvolveu a arte e como chegaram no conceito abordado?
Na minha opinião ficou uma verdadeira obra de arte que inclusive virou quadro na sala de casa!
Esta capa realmente fez diferença neste lançamento. Chamou muita a atenção visual nas divulgações nas redes sociais.

Primeiro surgiu o nome, que o Caio deu a ideia de ser "Like Gum In Your Head" e eu imediatamente sugeri refinarmos para "Gum In My Head".

Aí a ideia do Joey com chicletes na cabeça também partiu do Caio que pensou em algo relacionado ao nome do EP. Eu sugeri de entregar esta missão ao Paulo Rocker, ex Gramofocas, por sermos fãs do trabalho artístico dele, tanto musical quanto gráfico, e o cara desempenhou com maestria, nos surpreendendo muito com o resultado final.

Acredito que mais uma vez deu certo porque entregamos a tarefa a uma pessoa que de fato curte Punk Rock e que realmente é fã do Joey Ramone.


4 - O ótimo single "I Don't Wanna Be Tonight With You" tem um apelo comercial muito bem vindo e inclusive, ganhou um vídeo bem interessante.
Existiu um interesse em digamos, "vender" alguns singles para rádios? Não me entenda mal, acho isso muito benéfico pois a música é um trabalho, então, acho interessante quando é planejada para um público alternativo... Foi este caso? Se sim, merecem estar nas rádios o quanto antes.

Lançamos esta música como single dias antes do lançamento oficial do EP justamente porque acreditamos que naquele momento seria a música de maior impacto, mas logo depois, outras músicas ganharam muitos feedbacks positivos como a "Hey Girl" que acredito ser a mais comercial neste sentido que você disse, e a "I Want You".

Como o EP é bem curto, o pessoal conseguia ouvir inteiro rapidamente e dar feedback de todas as faixas. Isso foi muito legal! Mas enfim... Voltando à pergunta, gostaríamos sim de ter esta ou outras músicas tocando nas rádios, mas neste período de divulgação desde o lançamento, acabamos não interagindo com tantas rádios, apenas algumas.

Para ser sincero, somos leigos diante do mercado fonográfico. Como sempre estivemos no underground com nossas outras bandas, com toda aquela filosofia de ser uma banda underground, digamos que acabamos não desenvolvendo habilidades para contatos com rádios e o que for necessário para divulgar a banda neste sentido.

Então estamos aprendendo na prática agora, com canais de comunicação muito maneiros assim como vocês da Rock Vibrations.

Para termos nossas músicas nas rádios, a verdade é que não conhecemos muito bem o caminho das pedras, então toda dica, todo contato compartilhado, toda recomendação que fizerem de nós, enfim... Tudo é bem vindo para nós neste momento de aprendizado e correria atrás de divulgação. Inclusive se você tiver alguma dica, me dá um toque no privado por favor!




5 - Para quem ainda não está familiarizado, fale um pouco sobre o conceito das bandas que possuem nomenclatura "Bubblegum"...
Certo. Vou falar um pouco do que entendo como teoria e prática disso, que na verdade nos referimos ao "Punk Rock Bubblegum", que na teoria seria um subgênero do Punk Rock com melodias marcantes e refrões grudentos, e também não poderia ser algo muito agressivo como conhecemos de tantas bandas, caso contrário não se enquadraria como Punk Rock Bubblegum.

Na prática seria por exemplo os álbuns de estúdio dos Ramones, Screeching Weasel, The Queers, Riverdales, The Manges, Carbona, dentre tantas outras.


6 - E o apoio, como tem sido? A mídia tem dado o que esperavam? O público tem gostado?
Acredito que sim. O retorno tanto da mídia, principalmente de sites e páginas como a Rock Vibrations, quanto do público, tem sido melhor do que eu imaginava.

Nos surpreendemos com a resposta rápida de muita gente de vários estados e países, especialmente de outras bandas de diferentes estilos. De repente me vi com muito mais contatos do que tinha até então.

Tudo isto nos faz querer alcançar patamares maiores ainda. Estamos trabalhando para que mais pessoas conheçam nossas músicas.

Chegamos a ter compartilhamento de páginas de outros países, o que nos enche de orgulho, pois também almejamos divulgar fora do Brasil.


7 - Quando recebi o seu contato via Instagram para conhecê-los fiquei extremamente satisfeito, além claro de poder inserir mais uma ótima banda em minha playlist semanal.
Quais bandas fazem parte da playlist da banda?

Tem alguns nomes novos que circulam em seus streamings que também serviram de inspiração, além das clássicas influências?
Que legal que estamos na sua playlist!
Sobre nossas influências, na época da produção e lançamento do EP, ainda tínhamos como referência as bandas clássicas gringas e Brazucas.

De lá para cá, nesta jornada muito bacana de desenvolvimento musical, acabamos conhecendo tantas bandas que hoje nos inspiram a evoluir, especialmente bandas Brasileiras, algumas novas como The Yodees e Chinelada, outras que não são tão novas mas que eu não conhecia muito bem até então, como Alones 75, Bubblegumers, Os Ildefonsos, Sukinho Di 10 e Beer And Mess, outras que já conhecia até que bem mas passei a me aprofundar mais como Flanders 72 e Os Intrusivos, além de continuar ouvindo as clássicas que eu já conhecia muito bem de anos atrás, como Rotentix, Tequila Baby, Carbona e Magaivers.

Todas estas bandas são Brasileiras, não saem da minha playlist e me inspiram a continuar nesta jornada Punk Rock Bubblegum com o Rotores!


8 - Pode ser cedo ainda mas, já pensaram no que poderão fazer para as próximas composições? Pretendem fazer um álbum completo ou será mais um E.P.?
Estamos trabalhando em composições agora.
Não acredito que vá fugir da pegada do primeiro EP.

Eu particularmente adoraria lançar um álbum com mais músicas, mas por enquanto planejamos lançar outro EP pois acreditamos que o formato é bacana para o público consumidor de músicas de bandas novas hoje em dia, e também porque o investimento financeiro para muitas faixas fica pesado para bandas independentes. Mas quem sabe... Por enquanto a ideia é outro EP ainda em 2020, mais para o fim do ano.


9 - Antes de finalizar, quero saber quais são as faixas na sua opinião indicadas para aqueles que ainda não conhecem o trabalho da banda mas, que podem entender a proposta...
Difícil responder, mas eu diria duas faixas. A "I Don't Wanna Be Tonight With You" que é a mais impactante na minha opinião, com arranjos de guitarra muito bem colocados, e a "Hey Girl" que diria ser a balada mais comercial do EP.


10 - Obrigado pela entrevista e oportunidade, disponha sempre que precisar... gostaria de deixar algum recado?
Eu que agradeço em nome da banda Rotores, pela oportunidade em conversar com vocês para contar sobre nossa banda, e parabéns pelo trabalho fantástico na divulgação de bandas e de estarem abertos para ouvirem bandas novas e principalmente ajudarem na divulgação e abrirem espaço para bandas autorais!

O Rotores é algo que construimos com muita paixão pelo Punk Rock e fico feliz por poder conversar com vocês sobre nossa banda.

Quem estiver lendo, convido a tirar 15 minutos para ouvir nosso EP que está disponível em praticamente todos os aplicativos de streaming, e a quem se sentir à vontade para nos apoiar, nos siga nas redes sociais.

Um gesto pequeno que nos ajuda muito a aumentar a visibilidade da banda.

Nosso muito obrigado amigos!

Forte abraço à todos!




Confira nosso review para "Gum in My Head" aqui

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