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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Rock Vibrations Entrevista: BreaKdowN

Diretamente da Irlanda para o mundo, conversamos com o guitarrista/vocalista Leo da banda BreaKdowN através da parceria com a Roadie Metal, e você pode conferir nosso bate papo logo abaixo:


1. A banda voltou as atividades recentemente e infelizmente a pandemia chegou paralisando o mundo... Muitas coisas foram adaptadas em meio a isso ou ainda estavam em processo de analisar tudo e não foram tão afetados?
Olá Rock Vibrations, primeiramente agradeco o espaço aqui, com o BreaKdowN eu já estava planejando fazer algo e reativar a banda pois acabei escrevendo sons que se encaixam com o BKN nos últimos anos. 

A pandemia impactou a todos, inclusive a nós, mas temos a tecnologia e estamos nos adaptando e fazendo as coisas no nosso tempo, o BKN é um projeto que toco com minha esposa e não temos pressa, não seguimos tendências e as músicas só nascem depois que estivermos super felizes com tudo, a idéia é fazer a nossa arte da melhor maneira, obviamente em relação a shows existe um impacto que vai depender dos próximos meses no nosso caso, pois idéia de tocar ao vivo seria para mais tarde. 

2. Nos fale um pouco mais sobre o retorno da banda?como se deu isso e o que vocês esperam daqui em diante?
O BKN começou lá em 98, passamos por várias coisas e acabei dando um tempo depois de me mudar para outro país, mas os instrumentos sempre estiveram por perto e como disse antes, sempre escrevia algo aqui e ali, em 2020 conversamos e decidimos que era hora de reativar, o que esperamos daqui em diante é basicamente lançar música boa e quando for possível se divertir fazendo uns shows em diferentes lugares. 

3. “Time to Kill” é um registro excelente (inclusive, breve vamos liberar um review) e mesmo que tenha sido lançado em 2007, ainda soa atual, dinâmico e cheio de ótimas idéias.
Naquele momento, pensava que era um disco atemporal ou algo que fosse para a época?afinal, cada fato, ano, faz com que a vibe e as idéias sejam outras...
Mais uma vez agredecemos, o Time To Kill rodou o mundo, acabamos lançando em vinil na Europa e foi muito bem recebido globalmente, recebemos convite para tocar na Europa e Russia (!) na época, é engraçado que ele acabou virando um álbum cult, ainda falo com muita gente do underground e o disco ainda está rolando em todos os continentes, acredito que esse é o objetivo de todo esse trampo e trás uma satisfação muito grande, como artista você sempre olha para trás e teria feito uma ou outra coisa diferente, mas somos felizes com o álbum.

O Time To Kill , bem como tudo que escrevemos, tem o objetivo de ser atemporal mesmo em relação as letras e música.

Obviamente o som e um metalzão e não temos a intenção de reinventar a roda e não me importo com o que está em evidência, mas tentamos mesclar as influências diversas e fazer a musica empolgante e só.

Em relação as letras, o mundo não mudou nada, na verdade, como abordamos temas reais, as mensagens ainda são atuais.

4. A história de fundação da banda se deu há 20 anos pelo menos, certo?se eu não estiver enganado, tocavam covers antes disso, certo?
Correto! Agente tocava covers, nunca estudamos música, mas a gente passou uma boa parte da vida ouvindo discos, vendo shows e vídeos para ver o que as nossas influências faziam, a gente tocava em qualquer lugar para se divertir mesmo tocando tudo que se possa imaginar, Punk, Slayer, Kreator, Motörhead, Death, Metal tradicional etc, tudo isso acabou moldando o BKN, e aí aconteceu natural de ir nascendo riffs, idéias, até uma hora que a gente falou, “acho que poderíamos tentar fazer umas musicas” e aqui estamos ainda absorvendo influências e tentando escrever boa música.

5. Pretendem explorar o lado visual com vídeos em formato lyric ou mesmo clipes profissionais para breve?
Com certeza, estamos trabalhando em algumas idéias bem legais nesse lado, a gente cresceu naquela geração da MTV e sempre achamos os clips o maior barato! 

Com o advento da internet tudo vai para lá também!

6. A escolha por não estarem no Brasil se deve a algo específico?sei que em Dublin tem muitos brasileiros (aliás, naquelas pegadinhas de YouTube com os famosos “Bushman’s” sempre é possível ver uma quantidade grande deles) e isso de certa forma se torna meio acolhedor, ter pessoas que são da mesma cultura, acredito eu...
A escolha de não estar no Brasil se deu por motivo profissional mesmo, pintou uma oportunidade e como alguém que veio de uma situação bem humilde, decidi topar e conhecer um pouco do mundo, já estou aqui há uns 8 anos. 

Sim, existe uma boa comunidade brasileira aqui também, o que é muito interessante, você pode sair num final de semana praticar o português e comer comida brasileira, fazer um churrasquinho quando o tempo permite etc, com certeza ter pessoas do Brasil é muito bom sim! 

Já estive em vários países e posso te dizer, não existe nada como os brazucas! 

Em relação a não estar no Brasil acaba acontecendo algo engraçado, dependendo do aspecto não somos uma banda brasileira, mas também não somos uma banda da Irlanda, eu acho que o BKN é uma banda meio sem casa, do mundo mesmo.

7. O que podemos esperar para os próximos meses?
No momento que parei para fazer essa entrevista estamos terminando as músicas e cuidando de tudo que tem a ver com lançamento, capas, marcando estúdio, merchandising, contratos vídeos etc, se der tudo certo em breve liberamos o material novo, tudo e feito com muito empenho e sem pressa no BKN.

8. Obrigado pela oportunidade, gostariam de deixar um recado final?
Agradeco o espaço aqui, e convido todos para sacar nossa musica nos nossos links. 


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