Nota :
Primeiro single do novo trabalho já está disponível, ouça “Dark”
“Todos nós temos um outro lado em que nos expressamos de diferentes maneiras,” diz Helen Ganya Brown, conhecida como Dog In The Snow. “Eu acho que sou muito tímida na vida real, o que contrasta com a minha escrita na música.”
O álbum de estreia de Brown via Bella Union, que será lançado 15 de novembro, recebe o nome de Vanishing Lands, uma coleção de músicas luminosa e assombrosa, encontrada nos espaços mais escuros entre o dream-pop, art-rock e eletrônico, alavancado por melodias eufóricas, vocais estrondosos e letras profundas. Escute o primeiro single do álbum, “Dark” aqui e assista ao clipe aqui.
O álbum foi inicialmente criado na casa de Brown em Brighton, Reino Unido, antes do co-produtor Rob Flynn a ajudar a acrescentar nuances impressionistas, desde as cordas que iniciam “Light” e o vocal que encerra “Dark”.
Brown escreveu oito das dez músicas do álbum em três semanas, após um período de “sonhos estranhos”. Ela recorda: “Sonhos em preto e branco. Eu me encontro em uma terra dos sonhos e descubro que está sendo destruída. Eu escolhi Vanishing Lands como o título do álbum porque ele soava desolado, e dava as músicas uma sensação de coesão.”
Os temas das duas últimas músicas se encaixam no cenário de “mundo arruinado”. “Icaria” é nomeada em homenagem a uma sociedade utópica estabelecida em 1840 por um socialista francês, que só sobreviveu por 50 anos. “Gold” se refere às pechinchas de ouro que aconteciam na América na mesma época, quando as pessoas buscavam uma vida melhor, mas na verdade criaram uma catástrofe.
Na mesma linha narrativa do seu álbum de estreia de 2017, Consume Me, as letras de Vanishing Lands repete algumas palavras, como “obscura”, “gold” e “empire”, o que oferece coesão. Nessa era de streaming e playlists, “Talvez alguém escute esse álbum do começo ao fim”.
Filha de uma mãe tailandesa e um pai escocês, Brown cresceu em Singapura, onde morou dos cinco aos 18 anos, quando retornou aos Reino Unido, tornando Brighton a sua casa. Ao aprender a tocar guitarra e a manipular softwares de música, absorveu influências como Sufjan Stevens, Scott Walker, David Lynch, Clint Mansell e Brian Eno: universos cinematográficos e imersivos pelos quais Brown podia escapar da sua natureza tímida. Mas ela vem superado tudo isso, tanto como uma artista solo e uma das cantoras e musicistas na turnê do Lost Horizons, o coletivo co-fundado por Simon Raymonde, chefe do selo Bella Union.
Brown também cita influências visuais e literárias. O filme The Seventh Seal do diretor de cinema Ingmar Bergman e as obras em preto e branco de David Lynch impactaram a estética desolada de Vanishing Lands e da arte da capa do álbum.
O sofrimento do indivíduo golpeado pelo sistema político é ecoado por figuras encapuzadas no vídeo que Brown lançou para o frágil destaque do álbum, “Roses”. Sua inspiração foi uma foto de refugiados no mar, seus rostos estavam escondidos, desesperados pela fuga de sua terra natal destruída. Mas sua chegada no local desejado, se completa, seria reconfortante ou mais desastrosa? “Não ajuda em nada quando as pessoas não são acolhedoras”, diz Brown. “Essa foi a experiência da minha mãe quando ela chegou da Tailândia”.
O tema central do álbum também aborda a destruição ambiental. “Fall Empires” começa e termina com um aviso “Se nós retirarmos as preciosidades da terra, nós estaremos convidando o desastre”, o que Brown ouvir no documentário Koyaanisqatsi, de 1982. Levando em conta o caminho que a humanidade está seguindo, não é a toa que os sonhos de Brown parecem profetizar o fim dos tempos.
Mesmo assim, ela sente que o encerramento de Vanishing Lands, “Dark”, é “a música mais otimista do álbum. Como se eu estivesse acordando nesta terra dos sonhos e encontrando a liberdade em vez de um sentimento negativo. Porque as coisas mudam. Nós temos que torcer que as coisas vão melhorar”.
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