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quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Rock Vibrations Entrevista : Glasya


Quando recebi um email há algumas semanas sobre esse projeto, fiquei curioso sobre como era a abordagem sonora e prontamente fui pesquisar.

Após alguns segundos ouvindo, fiquei extremamente satisfeito e logo me entusiasmei para que houvesse alguma oportunidade de entrevista.

Obviamente tudo correu como o planejado e enfim, após um review sobre o excelente álbum "Heaven's Demise" lançado por eles (um dos melhores de 2019), consigo trazer um pouco das minhas dúvidas respondidas acerca de tudo que envolve essas canções.

Confira logo abaixo o bate papo com o supergrupo português "Glasya" :


1 - Primeiramente devo dar os parabéns para o grande projeto... fiquei muito feliz que tenham me procurado e, fiquei bastante curioso acerca do processo de desenvolvimento...
Como surgiram as ideias para montar este line-up?
Primeiramente, um grande obrigado por esta entrevista. Temos sido muito bem recebidos por vós, nossos irmãos e irmãs brasileiros.

Este Line-Up surgiu progressivamente, resultado de uma busca extensa e através de diversos contactos do fundador Hugo Esteves que, embora as dificuldades, seguiu em frente até encontrar quem hoje temos na formação.

Começou com a entrada do Bruno Ramos na Bateria, com as suas influências base no estilo mais gótico do metal tornou-se o centro rítmico da banda, seguindo-se a entrada de Davon Van Dave, que trouxe as orquestrações e restantes composições complementando o que estava escrito, trazendo ainda mais temas, obtendo-se assim a parte da ideia cinemática e orquestral idealizada pelo fundador, Glasya já se encontrava em movimento de composição.

Seguiu-se a entrada da nossa querida e fantástica Eduarda Soeiro que trouxe ainda mais uma linha à composição com a sua abordagem musical clássica, foi o complemento ideal, algum tempo depois entraram Bruno Prates, Guitarra Solo e o Baixista (Viola Baixo) Manuel Pinto, que com a sua experiencia e abordagem musical, vindos de uma linha mais ligada ao Rock Progressivo, vieram fechar o circulo, chegando então ao atual alinhamento.


2 - Eduarda Soeiro faz um trabalho impecável com seus vocais, demonstra linhas que agradam em poucos segundos de audição, além de um talento invejável...Acredito que escolher uma voz que se encaixe neste projeto não foi tarefa fácil, mas, devo dizer que fizeram a melhor escolha.
O que buscavam em vocalização para que a escolha fosse Eduarda?
A Eduarda é de facto fantástica. A procura foi sempre em linha com a ideia inicial de Hugo Esteves, algo Sinfónico mas a pender mais para o cinemático sendo que o Lírico/Teatral/Operático sempre fez parte das ambições para o departamento de voz, mas sempre uma voz forte capaz de acompanhar o que os temas apresentassem, sendo que embora não tenha sido simples e até moroso, a Eduarda trouxe tudo o que se procurava em estilo vocal sendo que ainda trouxe consigo a bagagem do seu conhecimento e abordagem musical o que enriqueceu ainda mais o que se estava a construir.


3 - "Heaven's Demise" tem vários momentos únicos com canções extremamente elaboradas, sendo para mim um dos candidatos à melhor álbum do ano de 2019... Ele trouxe exatamente o que esperavam ou o resultado tem sido muito maior?
Largos elogios como esse enchem-nos de orgulho do trabalho que se construiu. Um grande obrigado.
De facto, o resultado já excedeu o expectado.

Acreditávamos ter algo, demos o nosso melhor e isso deixa sempre o receio de poder não ser bem aceite mas, as nossas expectativas foram excedidas, temos tido imenso reconhecimento além fronteiras, já conseguimos pertencer a um top 4 no Japão, entramos no top vendas ITunes na Holanda, temos presença na coletânea Symphonic & Opera Metal, tudo isto nos tomou de assalto de uma forma inesperada mas positiva e temos estado a ver cada vez mais bons feedbacks sobre o nosso trabalho.

Estamos sem palavras.


4 - O Symphonic Metal europeu é muito rico em qualidade, sendo uma referência para o mundo...Os músicos envolvidos no Glasya já estavam familiarizados com a proposta? Tiveram alguns problemas em adaptação?
De facto, no mercado europeu temos grandes referências mundiais do sinfónico, o que até facilita o encontrar elementos que se sintam ligados de alguma forma ao género.

Embora de raízes e bases diferentes, todos os elementos tinham uma familiaridade enorme com o género, ainda assim, usaram as suas raízes na composição e construção do que se tornou o Heaven’s Demise, temos temas mais lentos, pesados, melodiosos, toques progressivos, toques de Heavy Metal, Power Metal.

Glasya é de facto metal sinfónico mas tentámos que tivesse uma “voz própria” sendo que cada musico adaptou a sua abordagem à musica para trazer o que melhor podia assentar no trabalho sem nunca sair fora do que se pedia.  Felizmente não houve qualquer problema de adaptação.




5 - Como se deu a conceção da linda arte de capa para "Heaven's Demise"?
A capa foi desenhada por Pedro Daniel da Phobos Anomaly Design. Ele já tinha trabalhado previamente com elementos de Glasya para outros projetos e foi a escolha mais acertada que podia ter sido feita.

O conceito teve inspiração na nossa cantora, a sua voz, por vezes serena, angelical, por outras, forte e imponente.

Procurávamos uma arte que refletisse esse equilíbrio entre a anjo e a guerreira. Usando o que lhe foi dado, apoiado nas músicas, no seu conceito e nas ideias facultadas, criámos esta belíssima arte.


6 - "No Exit from Myself" se tornou a minha faixa predileta (em meio á tantas faixas icônicas), e assim como em outras (e incluindo ela) consigo enxergar inspirações diversas que vão desde projetos como MaYan à bandas como Delain e Nightwish...Acredito que cada músico trouxe suas ideias e elementos diferentes, então, como se deu o processo de composição destas faixas?
A composição deste disco foi por etapas, as bases, maioritariamente compostas por Hugo Esteves e Davon Van Dave são apresentadas já bastante avançadas e normalmente já com o input do Bruno Ramos (Baterista).

Todos os elementos introduzem então as ideias incluindo os compositores iniciais sendo que com todos a investir, muitas vezes os temas crescem, meta morfam da forma inicial acabando por se tornar uma “identidade” de todos.

A banda cresceu e a formação foi mudando até chegar à atual definitiva, sendo que os trabalhos executados foram transformados pelos atuais membros.
A fórmula resulta muito bem e devemos manter esse funcionamento.
Temas como No Exit foi trazido por Davon Van Dave, sendo que todos introduziram o seu cunho na base.

A magia em Glasya é que desde cedo na composição os espaços são pensados e criados para cada elemento o que torna muito fácil a composição e a criação.


7 - Recentemente perdemos o icônico vocalista André Matos, certamente o número 1 em Metal aqui no Brasil... Como sei o impacto que isso causou em nosso mundo metálico, pergunto quais bandas de nosso país que vocês conhecem/admiram?
A perda de André foi terrível e inesperada.
Será eterno.

Para nós Angra são um marco, uma banda seguida pelo nosso Bruno Prates e Manuel Pinto sendo que estão ainda a ouvir o OMNI, temos também fãs de Sepultura nas nossas fileiras. Davon gosta da Ratos de Porão, Overdose, Krisiun para nomear uns quantos.


8 - A coletânea "Symphonic & Opera Metal" que trouxe nomes consagrados como Epica, teve o Glasya figurando mesmo em pouco tempo de existência, e agora, vocês entregam o debut... podemos esperar algo mais inovador no próximo álbum?
Como falámos anteriormente, não temos ideia de mudar a fórmula que criou, e tão bem, este disco, mas temas como Eternal Winter e The Last Dying Sun, assim como a No Exit From Myself, demonstram já um pouco o que Glasya consegue.

Procuramos sempre melhorar e, com a equipa que somos, certamente teremos mais para mostrar e novidades que irão certamente fazer as delícias dos fãs.


9 - Espero que em algum momento possam vir ao Brasil para apresentarem essas ótimas canções... existe essa possibilidade em um futuro próximo?
Nada está fora de hipótese, estamos em plena promoção do disco e estamos também em fase de agendamentos com algumas surpresas já para 2020.
Quem sabe.


10 - Finalizando, gostaria de deixar algum recado?
Gostariamos de deixar o profundo agradecimento por esta entrevista e o enorme apoio vindo de todos vós desse lado.

Esperamos que continuem a seguir o nosso trabalho, convidamos todos a ir espreitar a nossa pagina de Facebook e/ou de Youtube, deixem o vosso like, subscrevam para que nunca percam pitada do que fazemos.

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Uma vez mais, Obrigado
Glasya


Confira também o nosso review para "Heaven’s Demise" clicando aqui 

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