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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Ozzy Osbourne - Ordinary Man - Review


Enfim, para alívio de nós fãs, o "Madman" lançou o seu mais novo registro em estúdio, "Ordinary Man".
Já fazem 10 anos desde seu último álbum, "Scream", e é claro que muitos se perguntavam sobre quando haveria um novo material.

2020 ficou encarregado de nos apresentar novas canções, aliás, canções que foram compostas em tempo recorde pois Ozzy está com sua saúde debilitada (ainda mais nas últimas semanas, como sabemos).
Algumas delas já foram apresentadas como a que abre o registro, "Straight To Hell", uma daquelas típicas faixas que conhecemos de sua carreira, refrão fácil, condução ótima e muito acessível.

"All My Life" em seguida nos apresenta um clima visto em álbuns como "No More Tears" (1991), introdução em violões, cantos melódicos e talvez o refrão mais acessível do álbum (e o que provavelmente irá grudar na mente, quase como uma semi-balada).

"Goodbye" tem climas mistos, instrumental que obviamente nos remete à tempos áureos de Sabbath (vide sua intro), mas também coisas que vimos em sua recente carreira na década de 90 (preste atenção em sua velocidade e solos inspirados, um dos melhores).

As próximas duas faixas ganharam rapidamente seus fãs (a que leva o nome do álbum, com Elton John em um dueto mais que especial e que por si só ganha uma importância incalculável, e claro, a preferida de muitos, "Under the Graveyard", uma das canções que eu esperei por anos ver e contemplar em sua carreira, ao melhor estilo "Ozzmosis" de 1995 aliada à conceitos de sua clássica ex banda).

Eu disse sobre sua ex banda?"Eat Me" tem uma gaita que certamente você irá lembrar de algo, mas além disso, conceitos atuais, condução vocal interessante e um pouco pop em seu refrão (com várias dobras para somar um ótimo lado melódico).

"Today Is The End" retorna com climas densos, temática que combina perfeitamente com nuances melancólicas; algo que vemos em sua vasta carreira, além de um apelo acessível (novamente) mas que não atrapalha o curso do álbum (os riffs aqui tem uma dinâmica legal pelo lado cadenciado e claro, se destaca novamente pelo solo inspirado).

"Scary Little Crazy Men" começa como a faixa anterior entre um clima soturno; mas em seu refrão muda totalmente para algo digamos "positivo", melódico (sim; acessível mas bem escrito).


Até aqui vemos um álbum variado entre peso, melodias acessíveis que por vezes aparecem para algo comercial, mas ainda sim não comprometem, elas apenas possuem um bom toque comercial, afinal, música também é trabalho e com isso, poderão facilmente entrar como singles futuros.

Uma das mais soturnas surge sob o nome de "Holy For Tonight", com refrão acompanhado de alguns coros femininos e que nos da um aspecto de Pop/Soul em algumas vezes, mas também de Hard antigo.

Por fim, aquele que "causou" vontade em Ozzy para voltar a escrever, Post Malone, aparece em duas faixas, "It's A Raid", enérgica e rápida em seu refrão (mantendo os coros e proposta interessante em misturar seus vocais aos de Malone), além da já famosa "Take What You Want" que obviamente tem como objetivo difundir o hip hop aos vocais do "Madman".


No geral, um bom álbum, melódico e comercial em muitos momentos como citado acima, vocais que fazem o seu papel e entregam o que se espera (ainda mais se pensarmos na idade de Ozzy, certo?!).

Talvez a sua dinâmica em misturar peso com canções leves tenha sido realmente propositadamente para não soar igual ou ficar em algum clima apenas.

Sua produção está boa, mantém o nível do álbum por igual e apresenta um trabalho legal dos músicos Chad Smith, Slash, Andrew Watt e Duff.

Cá entre nós, "Under the Graveyard" se sobressai para o rockeiro mais purista, "Goodbye" tem essa chama enérgica do Hard/Heavy que conhecemos, "It's A Raid" a mais rápida, e no mais, canções melódicas com apelo comercial, radiofônicas, porém, ótimas como a faixa título e "All My Life".

Diversificado e atual.


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