No mundo do Metal, alguns subgêneros são adorados com representantes de alto nível e que todos conhecem ou citam eventualmente, por exemplo, o Doom Metal.
Certamente você já ouviu alguma banda que faz parte dessa vertente, e mais certo ainda é o fato do My Dying Bride estar ao menos no Top 5 mundial neste quesito, se não, no Top 3.
Em 20 anos de experiência, os britânicos conseguiram moldar muitos quesitos para a sua amada vertente, seja pela sua técnica e cadência, sua destreza em soar denso, caótico em alguns momentos e sombrio em quase todos os álbuns, além de um lado melódico e criativo muito ativo.
Após alguns problemas (como o da filha do vocalista Aaron Stainthorpe vencer um câncer) e a mudança de line-up, conseguiram criar um novo ponto musical para a sua carreira, sendo acessível (mas não menos pesado e melancólico que os anteriores), porém, polido, bem produzido, riffs e principalmente em linhas de bateria com vários acertos técnicos.
Algumas faixas estão com durações acima da média (como "The Old Earth" ultrapassando os 10 minutos) mas não comprometem o produto final, assim como as mais acessíveis que passam rapidamente (como a ótima "Your Broken Shore" e a cadenciada "The Solace"), mas no geral, ótimo para o fã que prefira canções radiofônicas (algumas delas contendo refrão marcante, outras com melodias de violinos em ótima junção com as guitarras) e também aceitável para aqueles que prefiram canções longas.
Se você gostar um clima extremamente soturno; ouça a faixa título e se perca na imersão que ela proporcionará aos seus ouvidos e mente.
Acredito que sua ambientação não poderia ter sido escolhida melhor, sei que alguns poderão estranhar a mixagem estar limpa e acessível, mas creio que isso seja benéfico e usual para os dias atuais, afinal, estamos falando de canções que conseguem fluir naturalmente entre si, riffs que fazem você relaxar e sucumbir ao melhor da vertente, assim como vale destacar a forma vocal encontrada na maioria das vezes que mesmo soando característica, ainda consegue ser atual e condizer com uma proposta interessante de melodias agradáveis/densas.
"The Ghost of Orion" chega hoje, 6/3/2020, e sem dúvida alguma figura entre os grandes álbuns do ano, mas ouça com calma, exige tempo para que tudo se encaixe e faça sentido, mesmo acessível, poderá lhe trazer um envolvimento melhor com o tempo.
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