Rock Vibrations Entrevista: Atropina

Em parceria com a Roadie Metal trazemos até você mais uma nova entrevista, e desta vez falamos com a banda Atropina, natural de Teutônia (RS), que constrói seu som através de um ótimo Death Metal.

Confira abaixo o bate papo :

1 - Como está sendo a época de pandemia em meio aos trabalhos com a banda? Muitas adaptações foram feitas?

Alex: Como havíamos concluído a etapa de composição do novo álbum um pouco antes da Pandemia acabamos focando em iniciar o processo de gravação, o qual foi feito em nosso home estúdio. 

Cada semana um integrante ficava isolado gravando suas linhas. Dessa forma, gravamos todas as guitarras, baixo e solos utilizando basicamente recursos próprios. 

Recentemente fomos para o estúdio gravar as linhas de bateria e nesse momento estamos concluindo as gravações de vocal. 

Por outro lado, a banda está sem ensaiar faz mais de meio ano, mas todos estão praticando em suas casas. 

2 - Vocês iniciaram beirando para o lado do Thrash Metal e logo foram moldando para algo mais denso, certo? 

Porque houve essa mudança? Foi algo natural?

Alex: Iniciamos no thrash e ao natural fomos migrando para o death metal. Sempre curtimos bandas de metal extremo e desde nossa adolescência essas eram as nossas principais influências. No entanto, não seguimos um padrão, uma receita única. Vários estilos, até mesmo fora do metal, servem como inspiração para nossos trabalhos. 

Naturalmente acabamos sempre criando algo mais pesado e agressivo.

3 - "Prego em Carne Podre" é um novo registro e gera certa expectativa.. o que podem dizer sobre ele? por exemplo, quais serão seus conceitos?

Alex: Será um álbum mais trabalhado que os dois anteriores, pois houve tempo para atuar nas composições e tivemos a participação do nosso novo baterista (Gian) que apesar de jovem (18 anos) trouxe outras ideias que acrescentaram bastante. 

Referente ao conceito, buscamos abordar a ideia do definhamento do cristianismo, da finitude dessa crença cega. Queremos que esse álbum represente a revolta da humanidade contra a miséria, sofrimento e todo derramamento de sangue historicamente feito pelo cristianismo. 

4 - Já que estamos falando de um novo álbum, podemos esperar conteúdo visual também? Afinal, hoje em dia os vídeos e os lyric vídeos tem sido uma boa saída...

Alex: Com certeza. Além do CD físico, lançaremos camisetas, cervejas e faremos um vídeo clipe e lyric vídeos. Aproveitando, já estamos acertados com 6 selos do nosso cenário nacional para fazer a distribuição do nosso novo álbum em todo o território nacional. 

Graças ao apoio deles poderemos lançar fisicamente.

5 - "Porões da Luxúria" foi um passo bem importante para mostrarem suas idéias e musicalidade, além de terem canções de destaque. 

Podemos esperar algo parecido no novo registro?

Alex: Acreditamos que será um passo além em comparação ao Porões, pois trabalhamos em muitos detalhes e acrescentamos diversos elementos novos. 

Continuará tendo a agressividade da Atropina, mas com algumas partes mais cadenciados e outras mais direto ao ponto. 

6  - Quais serão os próximos planos para o decorrer deste ano?

Alex: Já estamos com tudo planejado para o decorrer do ano e para os primeiros meses de 2021. Antes do lançamento físico, faremos lançamentos de alguns singles, gravaremos o clipe com uma produtora aqui do sul que tem se destacado na qualidade de seus vídeos e lançaremos fisicamente o CD no início de 2021. 

Esperamos que em 2021 possamos voltar a tocar em festivais, pois o contato com as pessoas é o que nos move.

7 - Obrigado pela atenção... Gostariam de deixar um recado final?

Alex: Nós que agradecemos a oportunidade. 

Queremos desde já agradecer o apoio de todos que curtem nosso trabalho e que na medida do possível possam adquirir nossos materiais, assim como de outras bandas da cena, pois só assim as bandas terão condições de produzir novos trabalhos. 

Apoiem o metal. Existem muitas bandas boas.

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