Enfim chegamos no dia do lançamento de "One More Time", o nono álbum do Blink-182, sendo a primeira vez em sete anos que Tom DeLonge se une a Mark Hoppus e Travis Barker, dando novamente aquela nostalgia de quando estavam em seu auge.
Houve uma certa expectativa em torno deste lançamento pois quando a banda trouxe um lado pop acentuado em "Nine" (2019) muitos pensaram que aquele seria o direcionamento dos próximos anos, mas com a recente volta de Tom, a banda resgatou momentos que não víamos há bastante tempo.
A começar pela abertura com uma faixa que poderá ganhar facilmente o gosto (e ser a predileta) de muitos fãs das antigas, "Anthem Part 3", fechando a trilogia que foi iniciada em 1999 (atente-se em um detalhe, são 3:33 minutos feitos por um trio na parte 3... coincidência?).
Em seguida temos a divertida "Dance With Me" com um video em total referência a "I Wanna Be Sedated" dos Ramones e claro, melodias cativantes que a tornaram um dos single (principalmente pelo refrão na linha do Green Day atual).
"Fell in Love", outro single, mostra um pouco do que estavam fazendo em seu último álbum, até porque seria estranho mudarem drasticamente após um público diversificado abraçar sua proposta atual.
Em termos de produção vemos um cuidado legal com o legado da banda, não possuem tantas variações diferentes ou muito além do que conhecemos do trio, apostam aqui em canções que entram fácil na mente, como um apanhado de sua carreira ao modo atual.
"Terrified" é o último single divulgado até então e apresenta mais uma forma agradável de criar um refrão radiofônico enquanto se está seguindo uma linhagem conhecida, ainda que o público atual abrace muito mais a idéia.
"One More Time" carrega o nome do álbum e também apresenta um vídeo com várias referências a banda, sendo a faixa mais emotiva para alguns por conter sentimentos ligados a formação atual.
São 17 faixas ao todo em pouco mais de 40 minutos, variados momentos que são digeridos facilmente e mensagens atuais.
Outras faixas que também valem para os fãs mais antigos são "When We Were Young", "You Don't What You've Got", "Bad News" (remetendo aos seus primeiros dois álbuns), "Other Side", além do single já divulgado constantemente há alguns meses, "EDGING".
Já para você que está acostumado com os últimos anos, "Blink Wave", "Turpentine" e "Childhood" serão ótimas pedidas.
No geral, trouxeram um registro inspirado e que divide muitos momentos distintos da carreira, claro que preciso enfatizar o momento atual e o que a banda construiu através do público recente, viajaram por novas oportunidades e é justamente isso que um artista prefere ao ficar numa bolha, mas acho que até pela experiência de ouvi-los desde antes da adolescência, fica claro que estão resgatando um pouco da energia de antes.
Espero que assim continuem!
Ouça:
Links: