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sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Rock Vibrations Entrevista : Acorde7


Dando sequência a nossa parceria com a "Roadie Metal", trazemos agora um bom grupo de Blues/Rock do centro-oeste do país... sim; uma das vertentes mais antigas da música e que se faz muito bem na interpretação da banda "Acorde7".

Confira o bate papo bem bacana com os integrantes Rodrigo Laterza (vocalista) e Roberto Chalub (contrabaixista) logo abaixo :


1 - Por favor, apresente a banda para nossos leitores...
ROBERTO CHALUB
: A Acorde7 surgiu em Goiânia, em 2013. Nossa ideia inicial era apenas tocar o blues (já que naquela época, eram raros os locais onde se podia ouvir o bom e velho blues).
Entretanto, logo nos primeiros ensaios já começou a aflorar o espírito compositor dos integrantes e começaram a surgir as primeiras composições.
Desde as primeiras apresentações da Acorde7 notamos que o público demonstrava interesse maior por ouvir as nossas músicas do que os clássicos já conhecidos, então decidimos apostar em nossas ideias originais, o que vem dando um resultado bastante gratificante para a gente.


2 - Acho muito bacana que tenham bandas brasileiras apostando em um bom blues rock ou rythm blues, e vocês fazem muito bem o seu papel... quais são suas maiores inspirações?sou guitarrista e adoro o estilo, então creio que tenham uma veia de "Vaughan" também, certo?
RODRIGO LATERZA
: Obrigado. O blues tem um conceito mundial expressando nossas paixões mal resolvidas, o clamor dos campos de trabalho, a ironia e a alegria misturados com a melancolia debochada e atrevida de pactos em encruzilhadas. 

É nessa linha de inspiração que seguimos criando as canções da Acorde7 e, claro, inserindo as experiências e vivências pessoais e musicais dos integrantes da banda para desenvolver a personalidade e musicalidade próprias da Acorde7. 

Com certeza os culpados disso são grandes gênios endiabrados como Robert Johnson, Muddy Waters,  John Lee Hooker , Eric Clapton e Stevie Ray Vaughan, B. B. King e Jimi Hendrix.

ROBERTO CHALUB: Não tem como comentar o blues sem reverenciar os grandes músicos que, de geração em geração, vêm aprimorando o estilo e o mantendo sempre vivo.
Desde toda lenda que envolve o nome de Robert Johnson e suas técnicas musicais, as harmônicas singelas de Sonnyboy Williamson e virtuosas de Little Walter até as guitarras elétricas de Hendrix, Keith Richards e, evidentemente, Stevie Ray Vaughan.
É difícil pontuar onde você encontra influência de A ou B em suas próprias composições, mas certamente vocês vão encontrar varias lembranças de Vaughan em nossas músicas.


3 - Fazer esse tipo de som em Goiás está como o esperado por vocês em termos de retorno?frequentei há alguns anos Goiânia por ter tido um relacionamento por lá e não me lembro á época de ter visto bandas do gênero... por tabela, imaginamos que o sertanejo deva ser uma unanimidade pela região, não é mesmo?hehe...
RODRIGO LATERZA
: Por mais incrível que possa parecer, gêneros como Blues, Rock, Samba e Reggae  são fortes e atuantes em todo o Estado de Goiás atualmente, principalmente nas cenas underground e grandes festivais musicais que são referência em todo Brasil. 

As únicas diferenças entre esses estilos e o que atualmente é conhecido como sertanejo, é que o sertanejo possui maior apelo popular na região e, até por isso, é mais valorizado em ternos financeiros.

ROBERTO CHALUB: Como eu disse, em 2013 quando surgiu a Acorde7, era dificílimo encontrar bares ou casas noturnas tocando blues, mesmo que fosse reprodução de áudio. Isso mudou. 

Atualmente o blues vem sendo difundido em toda região por diversas bandas e artistas, o que fortalece e expande a variedade musical que é fluente no Estado de Goiás.
Achamos muito legal que a Acorde7 ajude a construir esse maior envolvimento do público com o blues.

4 - Vocês tocam alguns covers junto aos sons autorais? Pretendem em um futuro próximo investirem em um álbum ou mesmo um E.P. promocional?
ROBERTO CHALUB:
Procuramos inserir em nossos shows versões de grandes sucessos do blues até para que ocorra uma maior identidade do público com o estilo, mas eu não diria que realizamos "covers" e sim releituras de músicas que foram eternizadas nas vozes de Elvis Presley, Howlin´ Wolf, Beatles, Muddy Waters, Steve Ray Vaughan e tantos outros.

RODRIGO LATERZA: Sim, os Deuses do Blues conspiram para que nosso EP saia do forno quentinho em 2020 e assim será hehehehe.
Estamos a todo vapor para concretizar nosso primeiro álbum já no início de 2020. Aguardem as novidades!


5 - Como já produziram videoclipe, pretendem continuar com a idéia de novos vídeos a medida que os singles forem saindo? Uma das tendências tem sido o Lyric por exemplo...
ROBERTO CHALUB:
Sim, o lançamento de vídeos em conjunto com a disponibilização das faixas de áudio através das plataformas digitais contribui muito para o maior alcance de nossas músicas, sendo certo que nossos próximos lançamentos também serão disponibilizados nas mídias digitais em formato de áudio e também de vídeos. 

O lyric vídeo oportuniza ao ouvinte conhecer a letra, o conteúdo e o que você deseja transmitir naquela música, mesmo que seja cantada em inglês, como nossas composições. Recentemente lançamos o vídeo de nossa música Caffeine com lyric, inclusive com tradução, e a resposta do público é muito positiva. 


6 - O que vocês pensam das mídias digitais atualmente? Ela de fato expande a idéia de que a música pode chegar em qualquer lugar, mas também deixou um espaço vazio no que se refere aos materiais físicos... O que fazer para que consigam ter um bom "merch" e serem relevantes para o público?
RODRIGO LATERZA: Com certeza as mídias digitais são de grande importância, ajudando na divulgação do trabalho que nos coloca em conexão com varias pessoas ao redor do mundo e a resposta está sendo muito positiva para a Acorde7, mas por outro lado, não se pode abandonar toda cultura e história dos álbuns físicos que por muitos anos foram os propulsores do mercado fonográfico mundial. 

Atualmente a venda e distribuição de CDs e Eps nos shows ajudam as bandas tanto na divulgação "corpo a corpo" de seu trabalho quanto no retorno direto do investimento nas gravações, produção, etc.
Por isso acho que as mídias digitais possibilitam uma maior visibilidade para a banda, mas não substitui as ações e evolvimento da banda de fato, com material físico e concreto.

ROBERTO CHALUB: A relevância para o público vai acontecer primeiro se você se esforçar para imprimir qualidade ao seu trabalho, depois, o afinco, dedicação e amor a este mesmo trabalho, pois a tarefa de apresentar a arte e ter a sua proposta entendida é muito árdua. 

Atualmente sabemos da importância em formar parcerias profissionais para nos auxiliar nessa tarefa, afinal, somos músicos e não profissionais do marketing ou especializados em divulgação.
Felizmente encontramos profissionais competentes para nos auxiliar nessa tarefa de divulgação e exposição da marca Acorde7. 


7 - Vamos terminando por aqui, gostariam de deixar algum recado?
ROBERTO CHALUB
: Apenas nossos agradecimentos à Revista (......) por nos abrir este espaço para podermos expor as nossas idéias e nossas saudações a todos que apreciam e mantém viva a chama do blues em nossos corações.
Let´s Blues!!!!




Agradecemos aos nossos parceiros da Roadie Metal pela entrevista cedida diretamente de seu casting.
Acesse : http://roadie-metal.com

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