Nota :
No Faixa a Faixa, Pitty conta com exclusividade para a Deezer e seus ouvintes os segredos e inspirações por trás de todas as músicas de ‘Matriz’
Qual é a inspiração da cantora? Os retalhos e frases aleatórias que surgem e ela escreve em seu caderno pessoal - ou até mesmo em seu Twitter
Depois de cinco anos, Pitty retorna às raízes e lança um disco para lá de especial. ‘Matriz’ chegou no final de Abril, para representar uma Bahia roots, a de ontem e de hoje - com um pézinho na arte e outro na música. O disco com uma linha narrativa de começo, meio e fim mistura diversas vertentes musicais com poesias e traz uma música atemporal.
Pitty conta as curiosidades e história por trás de todas as músicas do álbum no Faixa a Faixa, conteúdo exclusivo Deezer. ‘Bicho Solto’, a primeira faixa, tem como inspiração canto das lavadeiras, uma característica muito forte no nordeste. “Eu queria trazer isso pra essa faixa junto com essa poesia mais forte, então eu acho que ela é um cartão de visita, ela é a primeira faixa do disco, porque eu acho que ela realmente abre a porta e dá a primeira ideia do que é Matriz”.
Com o objetivo de tirar o estereótipo da Bahia e Nordeste que a maioria da população conhece, o Rock veio misturado com diversos elementos brasileiros, especialmente a música baiana. Pitty se propôs a quebrar barreiras entre o ritmo Swingado com o Rock, fazendo participações especiais com Lazzo Matumbi (‘Noite Inteira’, a voz da Bahia que, para Pitty, traz a sensação de resistência, liberdade e revolução), Larissa Luz (‘Sol Quadrado’) e BaianaSystem (‘Roda’).
O disco, em específico, teve diversas coincidências: a artista até brinca em diversas faixas que a Bahia bateu em sua porta - seja por parcerias que estavam para ser feitas mas não haviam oportunidades ou de músicas escritas e não gravadas.
Apesar de ser veterana na música, conquistando fãs desde o começo dos anos 2000, ‘Matriz’ foi o primeiro em muitos aspectos: a música ‘Motor’ foi a primeira na história da cantora que ela gravou e que não era dela, e sim de Teago Oliveira, do Maglore; ‘Redimir’ foi a primeira faixa não produzida por Rafael Ramos, foi produzida por Pupillo; e ‘Para o Grande Amor’ é uma composição de Peu Souza, o primeiro guitarrista que tocou com Pitty e veio a falecer cedo demais.
‘Motor’ inclusive tem ecos de músicas brasileiras dos anos 70, mas é uma canção de agora, a artista comenta: “Eu choro toda vez, desculpa, não sei nem como vou fazer para cantar isso ao vivo. Chorei cantando a demo, chorei na hora da gravação da voz, chorei o tempo todo. Bate fundo em mim essa música de um jeito que eu não sei nem explicar. E esse é o real motivo dela ta no meu disco porque bateu fundo em mim, apesar de não ser uma composição minha”.
Se ‘Motor’ a fará chorar, ‘Roda’ com certeza a fará sorrir: “Roda é uma música que me empolga muito no disco, eu acho que ao vivo vai ser bem especial, porque ela fala sobre o coletivo, sobre dançar junto, sobre tá no meio de um monte de gente desconhecida, mas com o mesmo propósito. Quando você vai no show de alguém que você gosta, ‘cê’ tá rodeado de gente que você não conhece, mas vocês estão ali unidos pela mesma coisa - que é aquela música, aquela ideia, aquele artista, aquela mensagem - que une aquelas pessoas naquele mesmo espaço, naquele microcosmo, que é o show (...) ‘tô’ doida pra tocar essa música ao vivo”.
Pitty fez ‘Matriz pensando muito na situação atual, pensando muito no que significa existir e ocupar espaços. “É mais uma onda de misturar os tempos, eu costumo dizer que Matriz apareceu e eu eu fui perceber que misturas é meus tempos. É um disco e todas as músicas desse disco não estão nem no passado e nem no futuro, elas estão em um lugar que você vai localizar dentro de você.”.
Quer saber mais? Clique aqui e ouça tudo o que Pitty têm pra contar da Bahia da sua infância e de todo processo criativo de suas músicas no Faixa a Faixa da Deezer.
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