Desde 2012 com o álbum "Dark Adrenaline" é visível uma evolução sonora na banda, assim como o seu lado metal cada vez mais sendo exacerbado.
"Black Anima" chega hoje (11 de outubro de 2019) e tem a tarefa de superar o ótimo "Delirium" (2016) que se não foi o preferido dos fãs, conseguiu desempenhar um ótimo lugar entre vários ouvintes.
A expectativa estava grande em cima do lançamento e certamente a banda não iria decepcionar, aliás, posso dizer que novamente o peso se mostra em uma ótima categoria (gosto bastante da forma atual em que Andrea Ferro tem feito seu vocal brutal), além claro da ótima e eficiente Cristina Scabbia que se destaca por seu talento há alguns tantos anos.
O álbum abre com uma "intro" um pouco soturna sob o título "Anima Nera", preparando o ouvinte para a pesada "Sword of Anger", ótima canção com refrão acessível e interpretações inspiradas nos vocais de ambos, sendo facilmente uma opção de single.
"Reckless" foi uma das faixas liberadas anteriormente e não decepciona, se mantém entre as mais acessíveis, tem proposta pop em seu refrão e certa cadência que você acostuma rapidamente.
"Layers of Time" também foi divulgada há algum tempo e para mim é seguramente uma das melhores músicas já feitas pela banda, seus vocais e refrão são muito fáceis de se assimilar, além de ter uma ótima performance (seu videoclipe se conecta com o da canção anterior, inclusive).
"Apocalypse" se inicia com vocalizações radiofônicas, cadência em seu instrumental (algo que vimos por exemplo na faixa título de 2016, "Delirium"), mas aqui é feita de modo mais melódico, além de uma interpretação ímpar de Cristina (não é difícil elogiar suas performances).
"Now or Never" volta a deixar o álbum mais denso, seus riffs inspirados são bem legais, novamente vemos Andrea Ferro mantendo ótimos vocais (preciso citar também a Cristina?ela domina qualquer nuance melódica), e ainda temos um solo bastante melódico que combina perfeitamente com a proposta.
Um dos grandes destaques aqui sem dúvidas é a produção, deixando tudo muito bem nítido e audível, mantendo uma certa qualidade que transita entre o lado moderno e o característico da banda.
"Under the Surface" possui vários breakdowns, mas suas parte melódicas se fazem muito mais presentes por conta de Cristina desempenhar com destreza um ótimo refrão (sim, não dá para poupar elogios a ela).
"Veneficium" e "The End Is All I Can See" possuem ótimas dinâmicas, andamentos mais contidos (porém, criativos), enquanto que "Save Me" (um dos singles mais recentes) se faz mais coeso para uma rápida aceitação por seu (novamente) apelo comercial e vocais bem feitos.
A faixa título fecha muito bem o álbum, se mantendo entre as melhores e com certa vantagem pois é o tipo de canção que também poderá vir ser um single...
(Se você adquirir a versão com bonus tracks, poderá conferir as ótimas "Black Feathers" (melódica e com ótimo refrão), "Through the Flames" (cadenciada) e "Black Dried Up Heart" (com dinâmica transitando entre o lado extremo).
(Se você adquirir a versão com bonus tracks, poderá conferir as ótimas "Black Feathers" (melódica e com ótimo refrão), "Through the Flames" (cadenciada) e "Black Dried Up Heart" (com dinâmica transitando entre o lado extremo).
O que posso dizer em resumo é que o "Lacuna Coil" mantém intacta a sua forma de compor dos últimos anos, criou uma evolução notória e se faz parecer uma banda cada vez mais versátil e tranquila (diria um dos maiores nomes italianos e que carrega a bandeira de seu país em muitos modos).
Não sei se a proposta da banda era soar acessível e com níveis interessantes de um metal moderno mas conseguiram entregar uma excelente opção para a lista de melhores do ano de 2019.
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