Junte elementos épicos, melodias bem construídas, vocais consistentes em meio à tons graves e agudos, além de riffs inspirados, e então, nós teremos uma nomenclatura : Demons & Wizards.
"III" chegou no último dia 21/2 e trouxe certa expectativa pois sabemos o quanto Hansi Kürsch (Blind Guardian) e Jon Schaffer (Iced Earth) são aclamados em suas posições e bandas.
Essa união sempre rendeu uma ótima atenção da mídia especializada, além de conseguirem angariar uma grande parcela de fãs.
Essa união sempre rendeu uma ótima atenção da mídia especializada, além de conseguirem angariar uma grande parcela de fãs.
Se mantendo melódico (como o esperado) e cadenciado em muitos momentos, o terceiro disco da carreira da banda foca em uma produção que não arrisca muito, alguns momentos certamente você irá encontrar peso e feeling; porém, mantendo um certo nível de cadência (o que não é ruim, a não ser que você seja ligado à bandas do lado melódico que aceleram seus tempos em várias nuances).
Obviamente que estamos falando de um projeto que já dura ao menos 20 anos e garantiu estabilidade, portanto, não necessariamente precisam mostrar aquilo que fazem em suas bandas principais mas sim, criar algo que possa ser caracterizado como o som que precisam fazer em conjunto (ou seja, não espere alguma coisa ligada em 100% às suas raízes).
Algumas faixas possuem apelo soturno (algo como semi-balada), "Timeless Sleep" que se mantém muito bem com sua base acústica e "Children Of Cain" (com um clima mais sombrio) são bons exemplos, mas claro, se o seu foco é no lado Metal, ouça faixas como a já divulgada há algum tempo "Diabolic", a acessível e radiofônica "Invincible", a pesada "Wolves in Winter", a épica "Dark Side of Her Majesty" e "Split" (que em sua concepção lembra algumas coisas da carreira de Jon).
No geral; o álbum se mostra um pouco diversificado, mantém uma linha interessante se pensarmos que a proposta é soar diferente de suas bandas, mas talvez isso possa causar algum receito aos que ainda não estão familiarizados (principalmente por não haver tantas referências ao Metal pesado à todo instante) mas sim à nuances épicas, riffs Heavy, vocais alternando entre o lado brutal e o melódico, e em alguns momentos solos bem legais (pontos estes que farão os fãs do projeto felizes).
Acredito que irá dividir opiniões, mas não deixa de ser um bom álbum e bem produzido.
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