Um projeto em tributo á memória de um grande vocalista... só por isso já merecia a sua atenção, mas não somente um vocalista, e sim, "o vocalista"!
Ronnie James Dio teve contato com a metade dos músicos aqui presentes em sua carreira, fizeram álbuns memoráveis e mudaram o rumo do Metal no mundo, então porque não reviver esses momentos com um tributo qualificado?pois aqui o fazem bem.
Andrew Freeman (vocals), Phil Soussan (bass), Vinny Appice (drums) e Vivian Campbell (guitars) entregam em seu som tudo aquilo que conhecemos de suas carreiras, um ótimo Hard n' Heavy com dinâmicas atuais (algumas referências são bem variadas inclusive, nos remetendo à muitas bandas da vertente).
Após o ótimo debut "Heavy Crown" (lançado em fevereiro de 2016) trouxeram Phil Soussan (substituto de Jimmy Bain que havia falecido tragicamente na cabine de um cruzeiro durante a promoção do álbum 1 mês antes de seu lançamento oficial), evoluíram em várias melodias ao meu ver, colocaram alguns elementos do Hard antigo e bases acessíveis que encontramos na atual cena do Rock.
Acredito que em "II" (2019) conseguiram encontrar a coesão que faltava para a banda, passaram a se entrosar melhor, os vocais fluem muito bem e agora contrastam ainda mais afiados, os solos estão cheios de feeling e muita diversão (a típica banda que poderia tocar em algum bar da sua cidade e você virar a noite assistindo enquanto abre a sua cerveja).
Iniciando com a ótima "Blackout the Sun" (após uma rápida intro) ditam rapidamente o ritmo do álbum, sendo uma canção de fácil assimilação, refrão muito bom, riffs e solos bem escritos, assim como nas faixas seguintes, as cadenciadas "Landslide" e "God and Tyrants" (que se destaca pelas suas variações muito bem vindas e ótima performance num todo).
"Year of the Gun" retoma a linha do Hard moderno com dinâmica acessível e vocais mais uma vez sendo destacados (além do trabalho de guitarra que sempre está impecável em suas bases e solos).
Sua produção se mantém em alta o tempo todo, não força em querer soar moderno ou "vintage" demais, pelo contrário, é simples, direto e técnico em sua medida gradativa de peso e cadência.
Outras faixas como "Give up the Ghost", "Sword from the Stone" (fique atento aos vocais e riffs), a enérgica "Electrified" e a moderna "The Light", lhe darão ótima vibe em sua audição, mas claro, é um álbum para ser apreciado por completo.
Vá em frente, dê o play e se divirta!
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