O exímio guitarrista está de volta após o regular "What Happen Next" (2018), mantendo o seu feeling e sua virtuose, porém, adicionando cada vez mais melodias acessíveis e na melhor escolha do Hard (algo de Blues também poderá ser visto aqui, afinal, suas influências sempre aparecem em seus álbuns).
O que dá para perceber é que a linha acessível que o músico vem mantendo nos últimos anos certamente tem fundamento com o atual momento de divulgação pois assim, o mesmo poderá figurar em rádios (até mesmo aquelas que tocam canções alternatvas), e nisso, Joe Satriani salienta mais uma vez a sua experiência musical com inteligência.
"Big Distortion" é um grande exemplo sobre como vemos seu som estar cuidadosamente simples (perto do que o mesmo consegue produzir, mas ainda sim com ótimos licks e riffs, suas escalas já conhecidas e outros detalhes que fazem dessa faixa uma das melhores de sua atual carreira).
No quesito produção, soa como deve ser, exacerbando sua técnica em cada parte e evidenciando os ótimos timbres que Joe atinge (e sempre atingiu), e mesmo que alguns possam pensam que discos instrumentais são feitos como uma trilha sonora, ou que Joe esteja fazendo coisas nada inovadoras (perto do que já fez), vale lembrar que sua contribuição ainda é muito celebrada por músicos de toda parte.
"All For Love" (melódica e soturna) também é outra canção que mostra um outro lado do álbum, onde o músico demonstra o feeling impecável, e claro, "Teardrops" deixa mais evidente o quanto estar cadenciando suas canções funciona em algumas partes ou num todo.
Entre momentos mais agitados (como na faixa "Nineteen Eighty" que nos faz lembrar um pouco da dinâmica de "Summer Song") e esses acima citados, temos um álbum muito bom, produtivo e atual, acredito que melhor que seu antecessor, e provavelmente (em quase tudo) um dos melhores dos últimos 10 anos (para mim, "Unstopabble Momentum" de 2013 ainda é mais solidificado em alguns padrões, mas aqui não decepciona de forma alguma).
Confira sem medo!
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