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domingo, 7 de junho de 2020

Válvera : Cycle Of Disaster - Review


Nunca foi segredo a minha paixão pelo Thrash Metal e isso se deve à inúmeras influências que tive durante a adolescência, além claro do fato de eu ter mudado do contrabaixo para a guitarra por conta do "vício" em riffs e solos "cortantes" dessa vertente abordada.

O meu primeiro contato com o Válvera foi por conta de vários comentários que amigos faziam sobre o quanto eram diferenciados, o quanto eram profissionais e que isso os levaria para um momento único na carreira... conforme o tempo passou acompanhei de perto a evolução e virei um fã instantâneo.


Em 28 de agosto deste ano de 2020 (via Brutal Records) será lançado mundialmente aquele que promete ser o trabalho mais ambicioso da banda, o viciante Cycle Of Disaster (sucessor natural do excelente Back To Hell de 2017) e se antes tínhamos músicos profissionais pendendo para um som moderno, rápido, feroz, ríspido e também técnico (sem contar a sua veia da Bay Area), agora vemos a consolidação de suas idéias e execução, mantendo aquilo que foi feito no passado, mas pensando em seu futuro (principalmente em identidade).

Amadurecer no cenário "metálico" não é tão fácil e isso requer bagagem, sem contar o desenvolvimento que é uma das peças chaves para se chegar ao produto final (a produção, mixagem adequada, tais fatores que vemos em grandes bandas do gênero), mas fato é que tudo casou bem; sua dinâmica impressiona e demonstra rapidamente o quanto estavam trabalhando duro neste registro.

Citar algumas faixas?bem, "Bringer Of Evil" e a já conhecida "Glow Of Death" são uma ótima pedida para entender a diversidade/peso do álbum (se você é um 'thrasher", sabe o que estou dizendo) mas devo mencionar também que ela é apenas "a ponta do iceberg", pois quando você tiver contato com a arrebatadora "Nothing Left To Burn" não irá sobrar móveis ou paredes no seu caminho!

"All Systems Fall" e "O.S.1977" também se tornaram rapidamente um vício para mim, assim como "Fight For Your Life" com sua dinâmica ímpar (tem para todos os gostos e ouvidos, mas cuidado; eles não estavam brincando em serviço, então não aumente seu volume sem saber que está diante de um caos).


Em um aspecto geral, os temas abordados contrastam muito bem com o momento (vide o título do álbum, não é mesmo?!) e sem dúvida alguma sua produção é uma das melhores do nosso cenário (é ouvir para crer), temos passagens de muita destreza de ambos, o peso na medida, a melodia bem encaixada (quando é necessária), a cadência, a velocidade... tudo foi bem planejado, até mesmo algumas pitadas Heavy foram muito bem vindas, evidenciando inúmeras formas de se compor e de se fazer boa música (além do lado técnico que nos faz lembrar de bandas européias e outras americanas das recentes gerações).

Em um primeiro instante pude perceber o quanto os vocais estão brutais e raivosos (os melhores para mim se comparados aos anteriores que já eram ótimos), mas não só isso, pois as guitarras também me chamaram atenção por tamanha perfeição (dentro do que eu considero ser capacitadas no Thrash Metal), eloquentes e diretas, dando o recado na sua cara : Balance o seu pescoço ou morra!

Muitos outros detalhes são perceptíveis como as ótimas linhas de bateria que combinam demais com as linhas de contrabaixo (acredito que aqui também vemos uma evolução muito boa e que poderá ditar alguns rumos para os próximos registros), mas claro, as percepções variam de pessoa para pessoa e você deverá tirar suas conclusões, mas em minha opinião, aqui está um dos destaques de 2020.


Será o álbum que irá ditar o som dos "Varva"?provavelmente, e claro, não tem problema se inspirar em seus ídolos, isso enobrece o seu leque de opções e te mantém esperto para aprender, mas também é fundamental manter um foco para criar a sua sonoridade e isso vejo de sobra por aqui.

Faltou algo?acho que não... bem, a bela arte foi feita pelo exímio Marcello Vasco.... Preciso dizer mais???


O que tenho de certeza é que o Válvera irá escrever mais um grande capítulo em sua carreira, todas as suas faixas estão lapidadas com o melhor da criatividade, e sem dúvida tudo isso será bem recebido.


Não se esqueça, 28/8/2020!


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