O conceito por trás de “Thy Blood on my Hands” é uma ideia que me fascina há anos e, acredito, tem a ver com meu interesse por literatura espírita. Essa letra é uma grande declaração de culpa, e o ponto de vista do protagonista é daquele que cometeu um crime e, sem descanso, continua se vendo perseguido pelos seus erros mesmo depois de morto.
O próprio título é isso: “Teu sangue em minhas mãos”, e segue para o refrão: “É o sangue que me afoga / sob minha culpa eu me curvo / jamais serei livre”. A definição da ideia está aqui: a incapacidade de encontrar paz enquanto os erros não forem reparados, de uma forma ou de outra.
A música é rápida e tem muitas viradas, e a ideia que quisemos passar com isso é a de alguém correndo, tentando fugir de um perseguidor invisível, mas sem jamais conseguir escapar – porque esse perseguidor é a própria consciência, que está sempre presente e nunca calada.
Não é à-toa também que escolhemos essa música para encerrar o disco (fora a outro “The Sailor”), porque ela serve para ser o ponto alto, o clímax das ideias contidas no álbum e o eventual desfecho, mas já pensando em se conectar com novas ideias do porvir.
É uma música pela qual temos grande apreço, e é especialmente desafiadora de executar ao vivo, e, por isso mesmo, é sempre vista com olhos diferentes. É, aliás, nossa primeira tentativa de inserir elementos acústicos no meio da sonoridade pesada do death metal, algo que viria a ser explorado de modo mais profundo posteriormente.
Ouça “Thy Blood on my Hands” no Spotify:
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Darchitect:
Lucas Coca (vocal)
Alex Marras (guitarra)
André Silva (baixo)
Gabriel Gifoli (bateria)
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