Se contarmos desde seu debut (auto-intitulado), o Foo Fighters coleciona 26 anos lançando álbuns e, angariando um público gigantesco ao redor do mundo.
Marcou gerações com canções acessíveis, flertou em alguns momentos com melodias mais pesadas (quase um Metal alternativo), mas sempre com ótimas atmosferas e temas radiofônicos, uma proposta que nunca deixou de ser pauta em todos estes anos.
Em "Medicine At Midnight", seu mais novo registro de estúdio e um dos primeiros álbuns de 2021, Dave Grohl entrega aos seus fãs tudo aquilo que já havia sido salientado nos últimos anos, porém, buscando uma veia pop/rock acessível, sem medo de arriscar ou tentar provar que é preciso "soar Rock" o tempo todo (vide discos que do Blink 182 e Green Day que mudaram radicalmente e acabou tirando os antigos fãs do foco principal, mas, interagindo com um novo público).
O disco tem momentos bem legais, nuances que você consegue perceber que foram feitas para rádios, aliás, é possível imaginar vários singles natos, além de sua produção que demonstra tranquilidade em ter faixas consistentes, sendo um deleite para os adeptos a bandas que eles próprios influenciaram (em alguns momentos você pode pensar que está ouvindo nomes como Muse, Arctic Monkeys e derivados, o que não é nada ruim, por sinal), mas não se engane, tudo soa como Foo Fighters.
No geral, é um disco que você deve ouvir sem pretensão de querer ver novamente um "The Colour and the Shape" (1997), "There Is Nothing Left To Loose" (1999), One By One (2002) ou "In Your Honor" (2005), pois seus elementos remetem a coisas dos últimos 8 anos, mas ainda sim temos alguns "respiros" para os antigos fãs que vinham do cenário grunge e viram o single "I'll Stick Around" na MTV em 1995...
Porém, sendo sincero, hoje estão mais para "Big Me" (também de seu debut).
Talvez "Wasting Light" (2011) tenha sido o último disco "Rock puro" deles?provavelmente... mas isso não é um problema!
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