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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Marilyn Manson: We Are Chaos - Review

Se o Manson já não é mais aquela figura que assustava muitos ou que tinha inúmeros segredos tenebrosos (afinal, em tempos que não se tinha internet, os boatos diziam muito mais do que a verdade de fato), ele ainda tenta se reinventar com sua musicalidade de cunho particular.

Em "We Are Chaos", lançado em 2020, vemos um trabalho muito longe do que foram álbuns como "Holy Wood" (2000), "The Golden Age Of Grotesque" (2003), "Eat Me, Drink Me" (2007)" e até mesmo "Born Villain" (2012), um rumo diferente e que vem ganhando novos adeptos por sua abordagem moderna e radiofônica, e claro, mantendo alguns fãs antigos que cresceram e também mudaram.

Sim, se você me disser que alguns desses álbuns citados tinham hits acessíveis eu irei concordar, vide por exemplo "Putting Holes In Happiness" (que fez parte da adolescência de muitos, como eu) ou a pesada "The Nobodies" (que tinha seu vídeo vinculado a MTV em exaustão), mas, o que vemos não é mais uma imagem de alguém que apenas queria passar algum medo ou causar pânico por sua existência, parece que cada vez mais o Manson do passado da lugar a um cara que entrega apenas canções que precisam cumprir o seu papel (vender, pois gosto é subjetivo e sejamos sinceros, artistas vendem o conteúdo).

Se a sua fanbase vive dias conturbados com certas acusações (se você está ligado as últimas notícias em 2021, sabe do que estou falando), por outro lado, temos suas vendas com certa estabilidade financeira, portais que não necessariamente possuem engajamento para o Rock o citam, ou seja, fazendo o famoso dever de casa e levando o salário para casa no fim do mês, como deve ser.

Produção boa?claro, mantendo um nível muito bom de melodias suaves, por vezes flertando com o lado Pop, até mesmo da New Wave (ouça por exemplo a agradável "Don't Chase the Dead" que poderia estar em rádios facilmente).
Outro fator que faz este álbum um momento único é a forma como os temas são encarados, afinal, como citado acima a mudança, as pessoas amadurecem e acabam entendendo novos valores... e aqui temos muita coisa nova.


No geral, não devo dizer que é um de seus melhores registros se caso esteja pensando em ouvir algo de sua fase Metal, mas está entre os bons dos últimos anos em sua carreira, sendo que boa parte das faixas tem um lado comercial bem exacerbado.... não é ruim, mas ainda é inusitado pensar que estamos falando do mesmo cara das polêmicas e citado como o maior Anti Cristo do mundo, tendo hoje espaço em mídias grandes que não necessariamente são do Rock... Mas é bom sim!


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