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sábado, 3 de junho de 2023

Avenged Sevenfold: Life Is But a Dream... - Review

Antes de iniciar esse texto fiquei pensativo sobre alguns parâmetros que por algum motivo iriam perdurar em mais um lançamento do A7X, então vou tomar a liberdade de criar uma espécie de "prólogo" para o que irei falar a seguir.

Pensando no passado da banda, criaram um som que não necessariamente fosse revolucionário, entraram no mercado de fato com "Waken the Fallen" em 2003 (tendo inclusive inserção da faixa "Chapter Four" em games da EA, e inclusive, por este motivo este que vos fala soube da existência da banda) e assim, ajudaram aquele movimento de um novo Metal que estava surgindo (no início a banda era rotulada como Screamo, um dos embriões do que viria a ser o Metalcore).

Naquela altura, "Unholy Confessions" era a canção mais tocada onde fosse divulgado a banda, ganhou duas versões em vídeo e assim rumaram naturalmente para o mainstream no próximo álbum, "City of Evil" de 2005 e ainda mais com o auto-intitulado de 2007 e a explosão com as faixas icônicas "Afterlife" e "Almost Easy".

O que vemos agora em seu oitavo álbum de estúdio intitulado "Life Is But a Dream..." é uma mescla exata do que já foi criado no passado e uma tentativa de modernizar ainda mais a sua capacidade de compor, explorando harmonias e vocalização em locais diferentes ou que não sejam necessariamente habituais para M. Shadows.

No início de sua carreira, ali entre "Sounding the Seventh Trumpet" e o já citado álbum de 2003, víamos muitas experimentações e vocais rasgados, por vezes até forçados, mas de toda forma tudo aquilo foi apreciado por muitos e trouxe a tona uma nova história para ambos, e se não houvessem essas mudanças após "City of Evil", certamente muitos hoje não iriam conhecê-los, ou seja, a banda sempre modificou a sua proposta.

Se você pensar na faixa "We Love You", claramente aos meus ouvidos soa como o primeiro álbum e a maneira como tentavam expressar suas letras com interpretações diversas, aliás, M. Shadows está sendo um dos destaques pela forma como escolheu abordar certas faixas, e isto de uma maneira geral é interessante pois demonstra facetas e "caminhos" alternativos, fora de uma bolha ou fórmula.

"Game Over" provavelmente pegue os fãs mais recentes e que curtam um lado mais Metal, enquanto "Nobody" arrisca em terrenos mais acessíveis e pop, com novamente melodias que não eram vistas recentemente em seus álbuns, mas reforçando, nenhum problema nisto.

Não acho que o restante das faixas sejam difíceis de digerir, mas precisam de uma atenção redobrada pois a dinâmica está diferente do que estamos acostumados.
Não vemos espaços parecidos para linhas de guitarra como antes, achei inclusive que a dinâmica está muito mais para a interpretação vocal do que em qualquer outro lugar que pudesse pensar em seus instrumentais, mas, ainda sim existem coisas interessantes e experimentais.


Acredito que este seja o álbum mais alternativo da banda, arriscaram novos rumos, deixaram coisas ainda mais acessíveis, a estratégia de compor com elementos vindos de outros gêneros e efeitos não utilizados anteriormente também visam trazer novos públicos, afinal, música segue tendência de mercado e entrega de rádios e mídias, pensando logicamente em uma banda que excursiona o mundo e precisa de uma aprovação no mínimo em 50%.


No geral, acredito que muita gente irá aprovar pois trata-se de uma proposta diferente, de uma banda que sempre arriscou tentando chegar em vários nichos... mas tenha calma para cada audição, aprecie sem pressa!


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