A música nos marca desde sempre, é impossível você dizer que esteve em determinada época e não lembrar de uma trilha que fazia a sua mente naquele instante, não é mesmo?!
O Life In Black é um belo exemplo disso, foram uma das primeiras bandas a figurar nas páginas da Rock Vibrations, aliás, uma das primeiras entrevistas que também disponibilizamos e, devo acrescentar que o Daniel Monfil (vocalista) foi um dos primeiros a me dar moral e acreditar no que eu estava a entregar naquele momento.
Fico muito satisfeito em ver que depois de um certo tempo a banda tenha lançado um novo álbum, e o resultado carrega o nome de "The Beholder", um registro denso, rápido em vários momentos, cadenciado quando preciso e novamente empunhando vocais acessíveis e determinantes para a qualidade acima da média.
Parece que mesmo com a diferença de tempo entre "Broken Ego" (2016) e este atual registro não há nenhuma perca de qualidade em nenhum quesito, nada afetou a banda para entregar a melhor performance.
Apostando em um lado moderno, a produção não decepciona em nenhum momento, os riffs marcantes entre os vocais precisos carregam melodias bem interessante, para mim as transições para o lado extremo estão na medida correta, nada exagerado ou forçado, é natural e intenso como a proposta indica.
"Eye of Monster" é a minha predileta até aqui mas você não pode deixar de conferir por completo este trabalho, existem momentos distintos em que o feeling e o groove entregam experiências únicas e gratificantes, algo que podemos ver por exemplo em "Legacy in Ashes" e no épico de quase 13 minutos que fecha muito bem essa obra, "Planned Obsolescence".
No geral, enxergo uma evolução bem-vinda, uma modernização acertada, a essência mantida e inserção de novos elementos que certamente você irá identificar, até porque isto aqui é um registro para fãs da banda e de um bom padrão de Prog. com doses cavalares de Heavy Metal.
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