Considero sempre um privilégio poder ouvir alguns álbuns com antecedência, ainda mais quando você está sendo surpreendido por uma banda que acabara de conhecer, um verdadeiro deleite.
Hoje venho trazer para nossas páginas a banda grega chamada Sirius, dona de um grande repertório dentro do Heavy Metal tradicional, aliando modernidade ao chamado Power com boas referências do passado.
Formada em 2007 pelo guitarrista/vocalista Dimitris Napas, em Atenas, teve seu EP de estreia lançado após 10 anos de seus primeiros passos, e assim, "Wings of Fire" contou como promoção um show com ingressos esgotados no Remedy Live Club (e já apresentando algumas faixas inéditas).
Em agosto de 2019, lançaram uma versão acústica da música "The Last Angel" e um videoclipe mostrando a banda se apresentando em estúdio. Poucos dias depois, eles abriram para Luke Appleton do Iced Earth, um de seus shows mais notáveis.
Após shows bem-sucedidos e consolidarem a sua base, estão prontos para mais uma jornada com o anúncio de seu novo álbum, o intitulado "A Quest for Life", para o dia 26 de julho via WormHoleDeath Records.
A primeira vista temos uma energia muito boa e que remete aos anos áureos do Heavy clássico, apoiados por uma produção bem atual e eficiente, claro. Um ponto interessante para descrever sua música está em suas variadas formas de inserir melodias cativantes, ao meu ver.
Apoiados por músicos como o vocalista Tim ''Ripper" Owens (KK's Priest, ex-Judas Priest, ex-Iced Earth) e o tecladista Derek Sherinian (Black Country Communion, Whom Gods Destroy, ex-Dream Theater), entram em um jogo ganho, com um placar em vantagem... mas claro, a responsabilidade é grande, tendo que mostrar a sua capacidade de manter o resultado... algo que veremos com o decorrer do tempo, mas até este momento, este jogo está tranquilo.
Suas faixas são muito boas e não soam forçadas, gosto da dinâmica apresentada, de fácil entendimento e cativante em vários aspectos, tendo todas as gravações feitas no estúdio Made In Hell com David Prudent sendo o responsável (acertando em cheio a mix e a master).
Em poucos segundos é possível perceber a ótima interação entre os músicos, a qualidade individual fica bastante evidente a cada faixa e isso também é um quesito louvável.
Não que isso seja uma regra ou comparação direta mas se pudéssemos colocar em um pote a essência do Primal Fear, a melodia acessível do Iron Maiden e o poder do Judas Priest, provavelmente chegaríamos em muitos elementos aqui encontrados (pode parecer um pouco grande esse tipo de comparação mas acho normal para a qualidade apresentada).
Meus destaques ficam entre a enérgica "Unbound The Scream", a cadenciada "Desdechado" e a vibrante e minha predileta até aqui, "Lostlight" (essa apoiada por um interlúdio muito bonito chamado "Fragment", com solfejos de guitarra "limpa" enquanto outra guitarra está despejando um solo inspirado), fáceis de compreender entregando um ótimo resultado.
Outra faixa que também chama atenção é "Land Of Swords", tendo em pouco mais de 5 minutos um feeling muito conhecido da atualidade, assim como a semi-balada "Among The Heavens" que fecha muito bem este registro.
No geral, acredito que este seja um trabalho para demonstrar o quanto esses caras precisam de atenção, não estamos falando de "mais uma banda de metal", isso aqui é muito bom (e se você achar clichê, tudo bem, mas eu gostei muito).
Tem tudo para ser um um grande nome!
Deixamos aqui o nosso agradecimento aos parceiros da WormHoleDeath pela oportunidade de conferir antecipadamente este álbum!
Line-up:
Dimitris Napas - Vocais/Guitarras e Guitarras Acústicas
Dimitris Stathopoulos - guitarras rítmicas
Dimitris Simiakos - Baixo
Nick "Yngve" Samios - bateria
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