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segunda-feira, 22 de julho de 2024

The Ghost Inside: Searching for Solace - Review

Apostando em um som acessível, a banda americana The Ghost Inside apresenta um metalcore de muita qualidade em seu novo álbum, mostrando sua força de vontade em permanecer no cenário musical após tantos percalços ocorridos.

Formada por Jonathan Vigil nos vocais, Zach Johnson e Chris Davis nas guitarras, Jim Riley no baixo e Andrew Tkaczyk na bateria, iniciaram sua jornada sob o nome A Dying Dream em El Segundo, Califórnia, no ano de 2004.

Como todo início de banda, lutaram bastante por um espaço até conseguirem uma chance no mercado, tiveram um EP bem recebido já em 2005 (sendo relançado no ano seguinte) e seu debut em 2008 sob o título "Fury and the Fallen Ones".

"Returners" foi lançado em 2010 e manteve o nível de qualidade, sendo um bom segundo álbum, variando mais suas nuances e influências variadas até então.

Até 2011 o grupo teve cerca de 7 trocas de integrantes, mas nada disso abalou a sua estrutura que já estava muito bem consolidada e assim suas ideias acabaram se tornando ainda mais fortes.

"Get What You Give" chegou em 2012 e moldou ainda mais a sua sonoridade, trazendo um momento mais importante e apoiados por Jeremy McKinnon (vocalista do A Day To Remember) na produção, algo que a partir dali renderia mais frutos pois seu próximo álbum em 2014, "Dear Youth", também obteve sucesso e apoio de McKinnon.

Um capítulo difícil chegaria justamente durante essa turnê já que em 19 de novembro de 2015 o ônibus da turnê do The Ghost Inside colidiu com um caminhão semi reboque nos arredores de El Passo, no Texas, tendo tanto o seu motorista quando o do caminhão mortos com o impacto, além de vários membros da banda e da equipe gravemente feridos; o vocalista Jonathan Vigil sofreu uma fratura nas costas, ligamentos danificados e os dois tornozelos quebrados, enquanto o baterista Andrew Tkaczyk passou dez dias em coma e teve uma das pernas amputada. 

Uma pausa de quase 5 anos foi programada e assim só retornaram em 2019 para a criação de novas músicas, novamente apoiados pela produção de McKinnon e agora também de Will Putney do Fit for an Autopsy.

Já em 2020, seu álbum auto-intitulado trouxe um novo ar para os membros, obteve um grande retorno de crítica e público, atingindo alguns níveis bem altos de reconhecimento por vários países, sendo assim um recomeço em grande estilo (mesmo que tenha ficado abaixo dos números de seus antecessores).

Enfim chegamos após 4 anos em "Searching for Solace", seu mais recente álbum e novamente com críticas positivas, agora sob a produção Dan Braunstein.

Lançado em abril último, nota-se uma banda mais madura e alinhados com o momento atual de seu gênero, apresentam em quase 40 minutos um registro muito consistente, mantendo suas características já conhecidas e indicando mudanças para seu futuro pois vemos algumas coisas diferentes e bem-vindas ao meu ver.

Sua produção está impecável e apresenta não somente um bom apanhado de ideias mas também uma forma ainda mais natural de compor temas fáceis de compreensão, sendo um dos melhores em minha opinião.

Acredito que este seja um grande álbum e que merece ser ouvido por completo pois a sua forma de compor torna a experiência muito boa, sendo acessíveis e trazendo ainda mais faixas radiofônicas.

No geral, seu sexto álbum demonstra a força que sempre tiveram e que pode muito bom significar um momento ainda melhor para que possam continuar o seu legado.

Vale lembrar que passaram aqui no Brasil em fevereiro deste ano e deixaram uma excelente impressão, entregando uma energia ímpar, sendo o último show de sua até então atual tour sul-americana que passou também por México, Colômbia e Chile, prometendo voltar o mais breve possível.

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