Consistência e persistência são algumas das qualidades que essas meninas naturais da Suíça têm como base para o que fazem no cenário do Metal.
Para quem não conhece, a Burning Witches surgiu em Brugg (Suíça) em 2015 através da virtuose guitarrista Romana Kalkuhl e desde então lançou 2 álbuns e 1 E.P. ao vivo, chamando à atenção da mídia européia e conquistando aos poucos o mundo.
Para quem não conhece, a Burning Witches surgiu em Brugg (Suíça) em 2015 através da virtuose guitarrista Romana Kalkuhl e desde então lançou 2 álbuns e 1 E.P. ao vivo, chamando à atenção da mídia européia e conquistando aos poucos o mundo.
Após o ótimo "Hexenhammer" (2018), tiveram uma mudança no line-up que ao meu ver não afetou em sua qualidade (sai Seraina Telli e entra Laura), vocalista de muita garra, voz feroz e cheia de feeling para mostrar a que veio, dando uma nova cara a banda e energias renovadas.
O Heavy Metal tradicional sem dúvida alguma é a principal influência aqui, mas não se engane, alguns elementos do Hard dos anos 70 também são nítidos, o que é muito bom pois conseguem exacerbar seu som por variadas nuances do Rock/Metal.
"The Incantation" prepara o ouvinte para a poderosa e rápida "Lucid Nightmare" (uma das melhores canções da banda), assim como a auto-intitulada que demonstra cadência e feeling de uma verdadeira escola do Heavy Metal (as guitarras de Sonia e Romana estão sublimes).
"Wings of Steel" mantém a velocidade ainda mais rápida, flertando com um ótimo Speed Metal, as suas bases em meio à vocais acessíveis e extremos (seu refrão é um dos destaques), já "Six Feet Underground" é cadenciada, porém, seus riffs dão um ótimo contraste com a proposta de soar pesada (e também possui um ótimo refrão).
A soturna "Black Magic" é uma clara influência de bandas dos anos 70, com ótima interpretação vocal e instrumental na medida certa.
A ótima produção de V.O Pulver (Pänzer) e Schmier (Destruction) deram uma dinâmica muito legal, soando atual e evidenciando suas mais variadas influências vindas dos anos 70 e 80 (sim, ainda existe aquela referência ao Judas Priest em suas faixas mas agora menos acentuada, aliás, o que é bom pois estão encontrando o seu verdadeiro som).
O álbum segue com a melódica "Sea of Lies" (uma das melhores faixas), a pesada e eficiente "The Sisters of Fate" (com riffs na melhor escola K.K. Downing e Gleen Tipton), a enérgica e não menos densa "Necronomicon" e a excelente "The Final Fight" (com uma estrutura melódica perfeita ao meu ver, ainda mais se você é fanático pela vertente).
No geral, um excelente álbum de Heavy Metal, provavelmente o melhor da carreira?acho que empata com "Hexenhammer", mas aqui temos uma fluidez diferente, um momento diferente, evoluções nítidas, então não seria exagero dizer que poderá ser o melhor trabalho das belas e talentosas meninas, e isso é somente o início de uma carreira que poderá atingir inúmeros países e fãs.
Por fim, as ótimas "Threefold Returns" e um cover mais que especial de "Battle Hymn" com os músicos Ross the Boss e Michael Lepond fecham brilhantemente o álbum.
Ouça, recomende, vicie e contemple.
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Tracklist :
1. The Incantation
2. Lucid Nightmare
3. Dance With The Devil
4. Wings Of Steel
5. Six Feet Underground
6. Black Magic
7. Sea Of Lies
8. The Sisters Of Fate
9. Necronomicon
10. The Final Fight
11. Threefold Return
12. Battle Hymn feat. Ross The Boss & Michael Lepond
1. The Incantation
2. Lucid Nightmare
3. Dance With The Devil
4. Wings Of Steel
5. Six Feet Underground
6. Black Magic
7. Sea Of Lies
8. The Sisters Of Fate
9. Necronomicon
10. The Final Fight
11. Threefold Return
12. Battle Hymn feat. Ross The Boss & Michael Lepond
