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quarta-feira, 18 de março de 2020

Code Orange : Underneath - Review


Tudo começou no ano de 2008 em Pittsburgh, Pensilvânia sob o nome "Code Orange Kids", cheios de vontade e gana para mostrarem seu som colocam vários elementos em sua música (uma veia acentuada no Punk) e conquistam sua base.

Seus integrantes, Eric "Shade" Balderose (guitars/vocals/keyboards), Reba Meyers (vocals/bass/guitars), Jami Morgan (drums) e Greg Kern (guitars) fizeram a primeira parte, o ciclo inicial.
Bob Rizzo, já em 2010, entrou no line-up após mudanças e ter conhecido os integrantes restantes em alguns festivais, quando em 2012, uma primeira dificuldade surge já que ambos estavam no ensino médio (ou seja, não tinham idade para exercer a profissão em determinados estabelecimentos), mas nada que pudesse parar o talento de ambos.

Após um tempo abriram shows de Misfits, The Bronx, Nekromantix e Anti-Flag, lançaram alguns registros como Winter Tour Demo de 2009, Demo 2010 em 2010 e Embrace Me / Erase Me de 2011 (e naquele mesmo ano, o E.P. Cycles pela Mayfly Records).

Com a chegada de Jami Morgan (bass) em 2011, Reba passou a focar seus esforços apenas na guitarra e assim, o Code Orange Kids anunciou que assinou com a Deathwish Inc. em janeiro de 2012 (e já com idade suficiente para tours embarcou pelos EUA e Europa com um E.P. dividido com o Full of Hell pela Topshelf Records, além de ter divulgado um videoclipe dirigido por Max Moore para a música "V (My Body Is A Well)".

Seu debut, "Love Is Love/Return to Dust" foi lançado em 2012 e recebeu críticas positivas, chamou atenção de muitos veículos especializados em Metal e novamente embarcaram em turnê.
Somente em seu segundo álbum, "I Am King" (2014), mudaram seu nome para "Code Orange", além de terem exacerbado ainda mais a sua musicalidade (iniciando o tipo de estrutura que vemos hoje).

Em 2017, uma nova mudança ocorre com a entrada de Dominic Landolina (guitars) (nessa altura, os músicos Greg e Bob citados anteriormente, já não faziam mais parte).


Agora que você conhece um pouco sobre eles, voltemos à 2020 em seu quarto registro de estúdio, "Underneath", no qual entregam uma mescla tão variada que você praticamente não consegue definir exatamente quais são os principais elementos em voga, o que não é ruim pois estamos diante de uma das bandas que poderão dominar o mercado no futuro com seus experimentalismos.

Uma coisa é certa, as novas faixas estão pendendo para um lado industrial (sem deixar suas origens) mas evidenciando novas nuances (o que resulta em muitas novidades e que de certa forma irá chamar atenção de novos seguidores).

O single mais famoso até então deste registro é "Swallowing the Rabbit Whole" (que possui uma introdução caótica sob o título deeperthanbefore), demonstrando muito do que podemos encontrar no álbum, mas não se engane, existem momentos únicos em outras faixas (sua audição por completo é indicada sem dúvida alguma).

Sua produção é muito interessante, em alguns momentos deixa a entender que a proposta da banda foi chocar com alguns elementos extensos e soturnos (como em uma cena de filme de terror que você não sabe ao certo o que poderá acontecer após atravessar uma nova porta em um local abandonado).

"In Fear" e "You and You Alone" tem uma boa sequência e mostram experimentações em meio à velocidade, caos, técnica apurada e versatilidade, assim como "Cold.Metal.Place" (cadenciada em algumas partes e cheia de detalhes que passam despercebidos caso você não preste atenção).

Além da faixa título, "Suffer Surrouding" é outra faixa conhecida do público e certamente uma das mais acessíveis, porém, se você realmente quer ouvir algo não muito complicado, "The Easy Way" lhe dará uma boa amostra (remetendo à nomes como Fear Factory e KMFDM e tendo para mim; o melhor refrão do álbum).


No geral, experimental ao extremo, técnico e cheio de detalhes que precisam de várias audições para se complementarem em sua mente, vocais que suavizam e gritam em segundos, elementos que você provavelmente não irá ouvir em muitos álbuns atuais mas ainda sim, se fazem presentes em muito do que conhecemos no Metal (e claro, soa atual, dando gama para mais bandas fazerem o mesmo, quem sabe ditando uma nova regra?!).

Ouça sem medo, precisei de algumas horas para entender tudo, mas sua forma acessível me deixou muito grato rapidamente.


Confira via Spotify aqui

Assista o vídeo de "Swallowing the Rabbit Whole" logo abaixo :


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