Dando segmento a nossa parceria com a Roadie Metal, trazemos até você leitor uma nova entrevista.
Confira logo abaixo o bate papo que tivemos com o músico Rodrigo Ferreira da banda Me Chama de Zé :
1 - Antes de iniciarmos o bate papo sobre a banda, gostaria de saber como estão as coisas em meio a pandemia que estamos vivendo?tiveram que adaptar muitas coisas?
Sim, tivemos que diminuir o ritmo das ações que havíamos programado para este ano, finalizamos 2019 com grandes performances em nossas apresentações, aprimorando as ações de palco, timbres, melhorando o entrosamento para as canções, trabalhando versões para repertório, novas composições, desenvolvendo ações e alinhando a imagem da banda as mídias sociais, no final de ano trabalhamos em nosso primeiro video clip e planejamos as ações para o 1º trimestre de 2020, avaliamos possíveis contatos e as parcerias para shows, pode – se dizer que estávamos em um bom momento, vinhamos em uma crescente.
Sim, tivemos que diminuir o ritmo das ações que havíamos programado para este ano, finalizamos 2019 com grandes performances em nossas apresentações, aprimorando as ações de palco, timbres, melhorando o entrosamento para as canções, trabalhando versões para repertório, novas composições, desenvolvendo ações e alinhando a imagem da banda as mídias sociais, no final de ano trabalhamos em nosso primeiro video clip e planejamos as ações para o 1º trimestre de 2020, avaliamos possíveis contatos e as parcerias para shows, pode – se dizer que estávamos em um bom momento, vinhamos em uma crescente.
A pandemia interrompeu o processo social e tivemos que voltar as raízes, repensar alguns pontos e adiar outros como os ensaios por exemplo, passamos a conversar mais sobre as ações com a banda, a criar novas idéias musicais, trabalhar composições compartilhadas e nos adaptar as novas formas de expressão e todas as possibilidades que as ações on line estão solicitando e disponibilizando hoje, podemos dizer que a pândemia para todos os seguimentos foi um cataclisma, mas especificamente para o segmento da música foi uma abertura de novas portas e oportunidades para entender o movimento das mídias sociais e as ferramentas existentes para aprimorar os trabalhos, importante dizer que hoje é possível enxergar a importância e a relevância da música e das atividades socioculturais em todos os ambientes e papéis, arriscaria dizer que foi possível unificarmos as classes criando uma enorme comunidade musical sem tribos, quebrando conceitos e paradigmas, hoje é possível ver que o segmento musical ainda é latente na vida das pessoas, promove e movimenta uma enorme energia em vários setores e aspectos, seja por hobby, artistas solos, bandas de garagem ou profissionais do entretenimento, todos estão aproveitando o momento para se divertirem e apresentarem suas propostas, utilizando-se não do único, mas do melhor meio disponível hoje, a internet.
2 - Poderia por favor contar um pouco da história da banda para nossos leitores?inclusive, achei curioso o nome que escolheram...
A ideia de formar a banda veio na adolescencia, era comum frequentarmos festas em bairros diferentes onde muitas vezes assistíamos a apresentações de grandes bandas, que seguíamos e até admirávamos pelas performances, na maioria das vezes eram covers dos grandes clássicos, poucas autorais, me recordo de estarmos juntos ou nos encontrarmos em muitas ocasiões de shows que aconteciam com uma maior frequência do que hoje, me lembro que a única forma de ver a performance de um artísta era estar presente aos eventos, assistíamos a grandes artistas, desde bandas de garagem a grandes ícones do rock nacional e internacional.
A ideia de formar a banda veio na adolescencia, era comum frequentarmos festas em bairros diferentes onde muitas vezes assistíamos a apresentações de grandes bandas, que seguíamos e até admirávamos pelas performances, na maioria das vezes eram covers dos grandes clássicos, poucas autorais, me recordo de estarmos juntos ou nos encontrarmos em muitas ocasiões de shows que aconteciam com uma maior frequência do que hoje, me lembro que a única forma de ver a performance de um artísta era estar presente aos eventos, assistíamos a grandes artistas, desde bandas de garagem a grandes ícones do rock nacional e internacional.
Há um bom tempo atrás, para não dizer muitos anos, (risos)... começamos a nos reunir como diversão, cada um na sua praia e com sua turma, realizavamos luais em praças e nos divertíamos com versões acústicas das canções consagradas, eu aprendi a tocar violão depois passei para a guitarra, o Ronaldo estudava baixo e praticava bastante e em umas dessas idas e vindas nos encontramos e começamos a fazer algumas reuniões na casa dele para tocar e descontrair, foi o início de uma grande parceria, ambos tinham projetos musicais paralelos com ideias de bandas.
Foi em um destes projetos que conheci o nosso vocalista Rafael, mas na época ele também tocava baixo, ficamos muitos anos tocando juntos em outra banda, fazíamos cover de Rappa, Charlie Brown, Chico Science e Nação Zumbi, Planet Hemp, Detonautas, e muitas outras bandas que estavam em evidência para a cena no momento, mas já nesta banda trabalhávamos muitas músicas autorais, os covers além da diversão serviam como cartão de visita para a possibildade de inserirmos as nossas músicas autorais no repertório.
O tempo passou as prioridades mudaram, mas a vontade de tocar e a música sempre estiveram presentes em nossos cotidianos, eu e o Ronaldo passamos a trabalhar juntos em uma grande loja de instrumentos músicais e próximo ao ano de 2008 resolvemos retomar o projeto autoral “Me Chama de Zé” engavetado por muito tempo, ele apareceu com umas ideias de música, eu passei a escrever algumas letras e iniciamos alguns ensaios em um estúdio próximo a Vila Mariana, onde eu tocava guitarra, ele conduzia o baixo e complementavamos a bateria e o vocal com amigos das antigas.
Fizemos algumas apresentações mas a formação não durou muito, após um tempo procurando e avaliando novos integrantes, convidamos o Rafael para um teste e ele ficou a frente da banda no vocal, logo depois encontramos a energia do Denis para a bateria, que também conhecemos no trabalho na loja de intrumentos musicais.
Claro que tem muita história até conseguirmos consolidar essa formação, mas com este breve resumo sintetizo a família que temos hoje no trabalho junto ao Me chama de Zé.
O nome da banda veio de forma inusitada, na adolescência para perder a timidez eu o Ronaldo nos matriculamos em um curso de teatro, na época as aulas eram no teatro do Sesi na Zona Leste, entre todos os alunos tínhamos que contracenar com um colega argentino, e na pressão por algum motivo nunca lembravamos do nome dele, após muitas vezes “ desculpa qual o seu nome mesmo?” ele parou e disse: Ah! Me Chama de Zé, e assim passamos a chama-lo.
No final do curso ficamos sabendo que o Sesi iria promover uma ação social e que precisariam de uma banda, eu e o Ronaldo já ensaiávamos algumas músicas na casa dele, decidimos por diizer que tínhamos a banda e iríamos tocar, pegamos a ficha prenchemos com os integrantes eu, Ronaldo e outros 2 que não sabíamos quem seriam e aí nos deparamos com o item, nome da banda, pensamos em algo por alguns instantes e não vinha nada, na pressão para entregar o formulário eis que veio a resposta do argentino: Ah! Me Chama de Zé.
Tocamos e nos divertimos.
3 - Percebi que existe um cuidado em passar mensagens em suas canções (e não somente criar uma canção por mero ofício)... quais são as principais que vocês buscam transmitir para seu público?
No início, as composições não eram pensadas de forma poética ou para que levassem algum tipo de questionamento para as pessoas, elas eram feitas com algumas situações do dia a dia ou idéias hipotéticas baseadas em outras canções que já existem, no fundo a ideia era tocar e se divertir.
Quem acompanha o MCDZ ao longo do tempo consegue enxergar uma grande evolução, não somente com as letras mas na concepção musical como um todo, neste primeiro trabalho que lançamos fizemos uma comparação na arte com os antigos discos de vinil onde existiam as faixas do lado A e lado B.
Estavamos nos encontrando musicalmente falando, então separamos as músicas consideradas mais pop digamos assim, das que chocavam pelas letras mais agressivas e com arrajos mais pesados.
Acredito que isto ajudou a forjar o que temos hoje como trabalho, apesar de apresentarmos elementos de época e de determinados estilos como o grunge por exemplo que gostamos muito, não temos o pé fincado em uma característica musical, o que nos dá liberdade para criar sem se limitar a rótulos, o que também trouxe um pouco da filosofia e essencia para a frase Me chama de Zé.
Hoje todos os integrantes possuem bastante experiência, e é comum as composições começarem a retratar situações de momentos da vida pessoal de cada um, temas com abordagem politico-social, de questionamentos para existencia, missão, espiritualidade, ou uma simples história para uma canção, afinal qual a razão de tudo? Vejo que as composições que estão surgindo nesta fase buscam uma reflexão atemporal sobre os sentimentos e as coisas, para que cada pesssoa que escute possa captar a mensagem que lhe for necessária aquele momento, mais acima de tudo trazer indagações e questionamentos que possam tira-las das respostas e pensamentos automáticos, buscamos ousar mais nos timbres e composições e colocar letras com algumas mensagens interpretativas, para que de uma forma ou outra alcance a percepção das pessoas e possa impactar com o conteúdo sonoro.
Outra coisa bacana é sobre o idioma ser o nativo... tiveram ele como uma das opções ou sempre foi uma idéia fixa cantar em português?
Muitas vezes assistíamos a outras bandas e víamos que existia uma necessidade por muitas delas em trabalhar músicas em inglês para se colocarem no mesmo nível de comparação, inclusive algumas de som autoral, vejo que o MCDZ procura sim trabalhar elementos das bandas de fora, se formos pensar em criação, timbre e efeitos no geral iremos nos deparar com muita informação, onde em sua maioria são referências para todos os integrantes da banda, mas as letras sempre pensamos que deveriam ser em português.
4 - Como anda o apoio do público e mídia com o trabalho da banda?Vi que rolaram algumas entrevistas recentes e isso é muito legal.
Sim, temos recebido muitos elogios com relação as mudanças de performance da banda, novo material e forma de trabalho, estamos com uma assessoria de imprensa que está nos aproximando cada vez mais do público e auxiliando a divulgar o trabalho em muitos meios de comunicação, além das tradicionais mídias sociais.
Sim, temos recebido muitos elogios com relação as mudanças de performance da banda, novo material e forma de trabalho, estamos com uma assessoria de imprensa que está nos aproximando cada vez mais do público e auxiliando a divulgar o trabalho em muitos meios de comunicação, além das tradicionais mídias sociais.
5 - Assim como lançaram o vídeo da canção que leva o nome da banda; pensam em criar mais ou de repente no formato lyric?
Sim, sempre pensamos em realizar videos junto as nossas performances e canções, ideias é que não faltam (risos)… ficamos travados neste sentido devido ao atual momento, o planejamento para o lançamento do video para a música Me Chama de Zé, que traz o título do cd, foi prejudicado por esta pândemia, pensamos em aproveitar um pouco mais este clip e aguardar o próximos capítulos destas restrições sociais para voltar a trabalhar, mas estamos buscando alguns formatos e pensando em alternativas para os trabalhos audiovisuais da banda.
Sim, sempre pensamos em realizar videos junto as nossas performances e canções, ideias é que não faltam (risos)… ficamos travados neste sentido devido ao atual momento, o planejamento para o lançamento do video para a música Me Chama de Zé, que traz o título do cd, foi prejudicado por esta pândemia, pensamos em aproveitar um pouco mais este clip e aguardar o próximos capítulos destas restrições sociais para voltar a trabalhar, mas estamos buscando alguns formatos e pensando em alternativas para os trabalhos audiovisuais da banda.
6 - Ainda sobre o video; li que foi o primeiro da carreira (e nada mal, hein?!)... tiveram muito trabalho para a sua produção e concepção?surgiu algum tipo de receio por ter sido algo inédito para a banda?
Na realidade foi algo inesperado, estavamos ensaiando, e o Ronaldo nos apresentou um storyboard com a possibilidade de um clip para música.
Na realidade foi algo inesperado, estavamos ensaiando, e o Ronaldo nos apresentou um storyboard com a possibilidade de um clip para música.
A ideia veio de um amigo em comum o Guilherme, que trabalha com produção, criação de video clips e roteiros em geral, ele mencionou que havia escutado a música e teve algumas intuições para um clip, nos apresentou a proposta, lapidamos e topamos gravar o primeiro video com ele.
Fomos bem recebidos pelas pessoas da produção e tivemos liberdade para trabalharmos as informações juntos durante as filmagens para o clip, isso nos deixou a vontade e diminuiu os anseios sobre possíveis resultados, foi uma experiência muito gratificante.
No Final achamos que o resultado ficou como o planejado.
7 - Antes de finalizarmos, gostaria de saber o que a banda tem ouvido durante a pandemia?se também quiserem recomendar nomes, fiquem a vontade...
Posso dizer que por estes dias estamos em uma fase de muitos sons de bandas e artistas nacionais, criei uma seleção de músicas desde a adolescencia e deixo rolar, batizei a play list de “Ah! Sei lá” (risos)... por não saber o que vai pintar na próxima faixa, mas sempre tem os classicos do rock internacional, bandas do grunge, sool, rhythm and blues, enfim um pouco de tudo.
Posso dizer que por estes dias estamos em uma fase de muitos sons de bandas e artistas nacionais, criei uma seleção de músicas desde a adolescencia e deixo rolar, batizei a play list de “Ah! Sei lá” (risos)... por não saber o que vai pintar na próxima faixa, mas sempre tem os classicos do rock internacional, bandas do grunge, sool, rhythm and blues, enfim um pouco de tudo.
8 - Obrigado pela atenção... gostaria de deixar um recado final?
Quero agradecer a oportunidade de apresentarmos um pouco de nossa história e trabalho aos leitores da Rock Vibrations, e também mencionar que, para nós o Me Chama de Zé é uma expressão de vida que capta e eleva tudo o que há de bom, é a personificação do ser simples na essência, independente de posição ou status social, trazendo aquela sensação de conforto e prazer sem ter que manter as aparências, também é atitude e reflexão, características muitas vezes evidenciadas nas letras e músicas da banda.
Quero agradecer a oportunidade de apresentarmos um pouco de nossa história e trabalho aos leitores da Rock Vibrations, e também mencionar que, para nós o Me Chama de Zé é uma expressão de vida que capta e eleva tudo o que há de bom, é a personificação do ser simples na essência, independente de posição ou status social, trazendo aquela sensação de conforto e prazer sem ter que manter as aparências, também é atitude e reflexão, características muitas vezes evidenciadas nas letras e músicas da banda.
Gratidão!
Cuidem-se e até o próximo Show.
Link :
Agradecemos aos nossos parceiros da Roadie Metal pela entrevista cedida diretamente de seu casting.
Acesse : http://roadie-metal.com
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