Por vezes mudamos nossos conceitos durante boa parte da vida, algumas coisas as vezes não servem mais, outras precisam de novos elementos, ou apenas precisamos de novos ares em certos tempos...
A Nervosa reformulou praticamente tudo em sua jornada, adicionou musicistas fodasticas em seu line-up, ficou com um certo clima de incertezas no início (para o público), mas nunca deixou de receber o apoio necessário.
Em "Perpetual Chaos" temos o primeiro contato com a nova proposta, um Metal enérgico e denso, característico de sua carreira por conta dos riffs mas diferente em muitos aspectos, afinal, as influências acabam se diversificando com novos ares e isso é um fator determinante para continuarem mantendo um ótimo trabalho.
Diva Satanica dispensa apresentações, se você já teve algum contato com o single "Guided by Evil" deve saber que a menina não brinca em serviço, a primeira amostra foi incrível e densa, mantendo muitos bons momentos que já eram conhecidos da banda e adicionando características de sua carreira (um show a parte, além das ótimas participações de Eleni e Mia com uma "cozinha" eficiente).
Prika está tão a vontade nesses últimos anos que sinceramente eu já esperava este nível superior da parte dela, ainda mais com a gana de querer mostrar serviço com um novo álbum, uma novo line-up, novas idéias, tudo fluiu tão bem que é praticamente viciante.
Algumas faixas estão incríveis e rápidas como "People of the Abbys" e "Until the Very End (com participação de Guilherme Miranda), mas também existem momentos cadenciados de ótima qualidade como na excelente faixa auto-intitulada (para mim, uma das melhores coisas que a Diva na construiu).
"Genocidal Command" é excelente por si só mas ainda foi capaz de trazer um "tempero" a mais, trata-se de Schmier, vocalista/baixista do icônico Destruction, uma clara influência da banda desde sempre, aliás, o mesmo sempre foi um grande apoiador do trampo da Nervosa.
Acredito que pela diversidade aplicada, muitas faixas serão apreciadas de formas diferentes e terão fãs de tais temas ou riffs distintos dos outros, como por exemplo da excelente "Time to Fight", rápida, enérgica e coesa, ou também da rifferama "Godless Prisoner".
Outro destaque fica por conta de "Rebel Soul" (com participação de Erik "AK" Knutson e Erik With a K), tendo um dos melhores refrões do álbum.
Ouça por completo, as meninas mandam bem demais desde sempre e essa nova formação tem tudo para ser apreciada sem moderação, e espero sinceramente que desta vez consigam estabilizar tudo isso para novos álbuns e tours.
Thrasheira de primeira!!!
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