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segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Iron Maiden: Senjutsu - Review

Para mim, um review deve ser feito com um pouco de atenção em algumas nuances, melodias que não estão destacadas em primeiro plano na mixagem e até mesmo os espaços que determinados tempos causam em cada faixa.

Tudo isso claro, dentro de um planejamento que engloba sua forma de escrever, dissertar, opinar, mantendo uma linha que será entre "short" ou "full", como ocorre em alguns dos tantos reviews que produzo por aqui desde 2016.

Esperei um tempo para poder ter contato com o mais novo álbum do Maiden, não quis me precipitar e ouvir de qualquer jeito, muito menos me apressar somente porque muitos estavam lançando suas opiniões (aliás, o álbum chegou até a vazar dias antes do lançamento oficial, e mesmo assim não me causou certo furor para tal procura).

Fui viajar no último feriado de 7/9 e por isso preferi fazer tudo após minha volta, com a mente livre, tempo para colocar as faixas na mente e depois ver o que realmente senti, e aqui vão minhas impressões sobre, abaixo:

Bem, não é segredo que Steve Harris e CIA conseguiram manter uma linha específica de composição (vide "Fear of the Dark" de 1992 com suas variadas melodias repetitivas e que até deram uma base para a próxima década), e nos últimos 20 anos tivemos uma gama enorme delas se usarmos o "Brave New World" (2000) como ponto de partida (pensando por exemplo como diversificaram a década de 80, nas últimas duas décadas ouve aqui e ali um pouco de mesclas sim, mas sabemos que nada tem a ver com o passado), então, muito foi usado de base por alguns como o citado "Brave", o "Dance of Death" (2003) e o pouco falado ou renegado por alguns, "The Final Frontier" (2010), aliás, esses por mais que sejam diferentes em alguns aspectos, ainda carregam uma fórmula e dão uma progressão ao que vemos com "The Book of Souls" (2015) até aos dias atuais com o "Senjutsu".

Fato é que agora estão mais seguros, já lançaram álbuns para provarem qualidade, inteligência, técnica, além de diversão e ótimas tours reunindo fãs ao redor do globo terrestre, portanto, "Senjutsu" eu encaro como um álbum bom pela sua proposta, não me chama atenção em um aspecto chamativo/apoteótico como foi o "Brave", porém, não perde ou deve para seus antecessores em muitos quesitos.

"Stratego" por exemplo é uma faixa que diversifica bastante, entrega momentos com efeitos interessantes entre os vocais precisos de Bruce Dickinson (que está muito bem após tantos percalços), e é claro que tudo isso também reflete no resto da banda que contribuiu para canções com um feeling quase que único para cada audição, não sendo massivo ao meu ponto de vista e nem tão exagerado por conta das extensas durações.

"The Writing On The Wall" foi uma faixa que não consegui digerir na primeira semana, talvez por sua abordagem diferente e única, não que isso fosse ruim para a banda mas, talvez em minha mente fosse algo mais Heavy do que Country Rock para uma intro que me surpreendeu positivamente... e assim como tudo ocorre, a canção virou um vício dias depois, se tornando a minha preferida até então, do tipo que consigo cantar facilmente.

"The Time Machine" em sua intro me fez lembrar uma das faixas que mais admiro em "The Final Frontier", a ótima "The Talisman" (aí uma das provas que citei anteriormente sobre influências das últimas décadas), e claro, seguindo com uma progressão com tudo que a banda sabe fazer de melhor... outras faixas como "Days of Future Past" (com refrão bem legal) e "Darkest Hour" também entregam uma espécie de áurea única e bem vibrante.


Em um aspecto geral vejo "Senjutsu" como o melhor que podiam trazer, suas variações me deixaram bem pensativo sobre quais características quiseram dar para determinamos momentos do álbum, bem como a forma de fazerem algo novo para não repetiram uma fórmula batida ou cansativa, e ao meu ver, tiveram uma coisa bem bacana agora, a chance de escolherem um tempo exato para tais vibrações que suas faixas passam para os fãs (sejam novos ou mais saudosistas).

Seus vários momentos que transitam a cadência com certo feeling nos dão um jeito curioso e diferente de entender os motivos de ainda estarem compondo, afinal, todos ali já possuem idade para serem nossos avôs, mas ainda sim se divertem construindo novas idéias... um dos pontos altos desse feeling citado está em "Death of the Celts", além claro das construções instigantes de "The Parchment".

Fechar com "Hell On Earth" só mostra o quanto eles se preocupam ainda em soar como tal, pois nela vemos exatamente o chamado "arroz com feijão" que a banda adora nos servir, nada arriscado, e claro, sempre bom!


Ouça e tire suas conclusões mas eu devo dizer que, para uma boa digestão, tudo deve ser degustado devagar, com acompanhamento de uma ótima "Trooper" geladinha!


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