Esses últimos 4 anos passaram rápido se pensarmos desde o último lançamento das meninas da Babymetal, uma das maiores sensações japonesas das últimas décadas.
Se em "Metal Galaxy" (2019) era possível reconhecer um apelo internacional para suas faixas cheias de participações famosas, além das variações conhecidas/inseridas em sua música, agora temos a consolidação de seu mercado mundial com "The Other One", o primeiro álbum conceitual das nipônicas.
Lançado no último dia 23 de março via Cooking Vinyl Records, apostam em canções mais lineares, cadenciadas, cheias de refrões fáceis e bastante apelo comercial, principalmente em suas melodias cativantes, marca registrada da agora dupla pensante Su-metal e Moametal.
Sua produção novamente eficiente e acima da média consegue extrair uma qualidade absurda de detalhes, aliás, característica conhecida por tantos efeitos bem elaborados evidenciados a cada faixa ouvida, não é mesmo?!
Algumas faixas como "Metal Warrior" e "Mirror Mirror" são degustadas rapidamente por terem a cara da banda, enquanto que "Metalizm", "Time Wave" e "Light and Darkness" talvez sejam as mais dispersas do fã de Metal por muitos momentos dedicados às influências variadas.
"Maya" entra facilmente na lista de faixas mais pesadas da banda até aqui, e mesmo que sua progressão seja bastante Pop, ainda sim prende atenção dos headbangers acostumados com elas (outra que possui refrão chiclete).
"Believing" também entra no gosto comum dos fãs da banda, sua progressão vocal bastante influenciada por sintetizadores dão um tom bacana até o refrão (seria neste ponto uma referência às meninas do t.a.t.u. ou talvez eu tenha ido muito longe?!) e claro, riffs interessantes.
"Monochrome" é uma das mais acessíveis deste álbum e também une peso e melodias marcantes, o seu refrão acho eu que seja um dos mais legais da banda num todo.
No geral, um álbum completo para a proposta da banda, alguns momentos puxam para o Pop mas, se tratando delas, você sabe o que esperar... mais maduro e enxuto, apostando em algo mais fácil de fazer, sem arriscar e ir tão longe de um lugar para outro como em seu antecessor.
É cedo para botar entre os melhores de 2023, mas, é um candidato nato para tal!
Ouça:
