Ainda me lembro da época em que anunciaram um supergrupo envolvendo músicos famosos do cenário Rock/Metal para a criação de algo descompromissado, apenas por diversão e também mostrar a sinergia juntos.
E lá se vão 10 anos desde que o The Winery Dogs debutou, muita coisa mudou de lá para cá na carreira de Richie Kotzen, Mike Portnoy e Billy Sheehan, em alguns momentos até demonstraram que não era apenas um projeto qualquer, estavam empenhados em sair pelo mundo tocando suas então novas faixas, mas no fundo aconteceu o que prevíamos, com agenda lotada e inúmeras bandas, realmente o projeto ficou no patamar que esperávamos, mas isso claro não signifique algo ruim, longe dessa idéia.
Após um hiato, "III" chegou em 2023 com canções novamente técnicas, com o mesmo feeling de seu antecessor mas sem por um pezinho no Metal (algo que alguns torciam para ocorrer, apesar de eu achar que nunca foi essa a proposta de ambos neste novo âmbito).
A produção novamente eficiente mantém o nível da banda como conhecemos, algumas faixas como "Xanadu" e "Breakthrough" entram na mente facilmente, não tendo novidades enquanto grupo, mas pelo menos não perdendo a qualidade.
O fato de algumas faixas serem mais longas também ajuda em uma compreensão pouco intuitiva de imediato, a coisa de esperar por um refrão acessível também é bem previsível e beira um território de comodidade (ou talvez seja isto mesmo a proposta, sem arriscar tanto).
Para um público que não tem costume de ouvir algo da carreira de ambos, existem momentos para se impressionar pela destreza e técnica apuradas, mas para alguns como eu que sabe com o que lidar aqui, torna-se algo por vezes repetitivo.
Destaco também as faixas "Rise", "Gaslight", "Stars" e uma das mais legais da banda, "The Vengeance" (sendo a minha preferida do álbum até o momento deste review).
Acredito que de modo geral o fã do projeto apreciará, não é ruim, mas talvez não seja o momento para vermos algo novo por aqui, ainda sim como sabemos, é o melhor que os caras puderam fazer e isso conta positivamente.
Longe do que já foi... ...mas ainda audivel?Com certeza!
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