Texto: Mauricio Filho.
Os irmãos Cavalera, acabam de soltar a regravação dos clássicos Morbid Visions e Bestial Devastation.
As músicas são apresentadas de forma inteligente, respeitando a originalidade e clima das faixas clássicas, porém com uma produção moderna, renovada. O que deve agradar a maioria dos fãs.
A execução da bateria do Iggor é cabulosa, emana voracidade e a tradicional pegada descomunal do baterista.
Os vocais do Max, estão incrivelmente potentes, oriundos das profundezas do tártaro, sua voz chega ao ouvinte rasgando o céu e o inferno. O timbre vocal singular do Max, em boa forma, é sempre um prazer de ser ouvido.
As linhas de guitarra também chamam muito atenção, timbres pesados e definidos, riffs bem executados e solos viscerais, repletos de palhetadas alternadas rápidas e precisas, tappings e alavancadas, os solos foram gravados pelo guitarrista do Possessed Daniel Gonzalez, que já tocou com o Cavalera antes.
A arte elaborada pelo Eliran Kantor, adiciona ainda mais selvageria às novas gravações, a pintura, me lembrou em certos detalhes, obras que retratam o inferno do pintor renascentista Hieronymus Bosch.
Duas inéditas foram adicionadas, compostas na época desses discos. Trata-se de “Sexta-Feira 13”, incluída na regravação de Bestial Devastation, e de "Burn the Dead", presente na nova versão de Morbid Visions, esta segunda conta com um solo de guitarra do Tony “Bones” Roberts da banda Discharge.
Ótimas faixas por sinal, eu particularmente curti muito a faixa “Sexta Feira 13”.
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