Rock Vibrations Entrevista : Sacrificed

Quando os conheci, ainda eram uma banda iniciante na cena, haviam lançado um álbum promissor e mesmo com pouca experiência já chamavam atenção por terem elementos interessantes.

O tempo passou e o segundo álbum surgiu, tive a felicidade de receber uma cópia física através da "Shinigami Records" (parceira nossa) e a consolidação foi realizada, melodias incríveis, vocais coesos, tudo estava bem demais... inclusive, o coloquei como melhor disco nacional de 2018.

Agora, em uma segunda oportunidade de entrevista, trazemos um pouco do que rolou nesses quase 1 ano de mudanças e rotinas... confira logo abaixo :

1 - Recentemente vocês estiveram aqui em São Paulo para uma maratona de coisas... como foi a experiência?estar no showlivre deve ter sido demais...

Foi realmente uma experiência incrível.
A equipe do Showlivre é extremamete competente e apesar da correria, conseguimos fazer uma
apresentação muito legal.
O retorno tem sido muito bom.

Além de uma visita à oficina da Caracick Guitars, fizemos um show no Jaí Club também em SP, junto com as bandas Wolfheart and the Ravens e Hazy.
Público muito animado e muito carinhoso conosco.
Foi bem legal.

2 - Algumas bandas despontam tão rapidamente que fica impossível não serem mencionadas e acho que vocês entram neste quesito, além do que, possuem qualidade acima da média...
O quanto tem sido benéfico o retorno de mídia nestes últimos tempos?

Estamos trabalhando bastante, para gerar o máximo de conteúdo possível para quem acompanha a gente.
O retorno disso tem sido excelente.

Desde o lançamento do ENRAGED (2018), temos participado de vários festivais, além de figurar em algumas listas de melhores do ano.

Recentemente tivemos uma de nossas musicas adicionadas em uma playlist oficial do Deezer e isso foi muito gratificante.

3 - Desde a última vez que nos falamos (em novembro de 2018) muita coisa aconteceu, e creio que o público tenha aumentado... com o tempo as apresentações se tornam mais fáceis para alguns, então lhes pergunto...
Podemos dizer que hoje a banda está mais a vontade no palco?

Sim, o entrosamento é nítido entre a gente.
Em outubro tivemos o Tiago (baterista) chegando na banda. As coisas levaram um tempo para entrarem
nos trilhos, muitos ensaios e shows, mas acredito que hoje temos um time muito forte e entrosado.

Isso influência demais, positivamente, nos palcos.

4 - A vocalista de vocês, Kell Reis, participou de um ótimo cover da banda Drowned...
Como surgiu essa oportunidade?aliás, ficou sensacional.

Somos amigos de longa data do pessoal do Drowned. Eu sinceramente só fiquei sabendo da participação dela alguns dias antes do lançamento, mas não foi uma surpresa.

Eles estão lançando uma série de covers à cada mês, que estão muito legais por sinal, muitas versões inusitadas.

5 - O playthrough de "Dear Killer" ficou muito bom... pretendem investir em seguimentos assim?

Além do video para Dear Killer eu fiz um para a Grudge is My Middle Name, que está no meu canal.

Gostamos da ideia e pretendemos lançar mais
um video nesse formato nos próximos meses.
É uma maneira legal de mostrar como tocamos nossas musicas.

6 - Percebo que a interação da banda com o público em suas mídias é sempre amistosa, mostrando uma preocupação importante para com os fãs...
Vocês de certa forma buscam algum tipo de filtro popular para compor ou acreditam ter uma linha já definida e que agrade?

Quem apoia o nosso trabalho é o combustível que nos move. Ficamos muito felizes em devolver todo o carinho que recebemos.

Porém não existe necessariamente um filtro quando vou compor alguma musica.
Gosto de extrapolar as ideias.

No final buscamos criar algo que escutaríamos em nossa playlist, se não fossemos da banda.

7 - Há algumas semanas publiquei uma matéria referente às meninas que estão ativas na nossa cena rock/metal fazendo a diferença (inclusive, a Kell participou) e por conta da repercussão, pretendo fazer a parte 2... Vocês têm uma das melodias de vozes mais marcantes para mim do nosso metal... Vocês trabalham muito em cima disso?por exemplo, definem iniciar através de um riff para que ele case com a parte vocal ou algo assim?

Obrigado, que bom que acha isso!
A Kell tem um timbre bem característico, isso é muito legal. Então, geralmente eu trago as ideias musicais, os riffs, estruturas e harmonias, e lapidamos elas no ensaio.

No segundo CD a Kell teve liberdade para criar as linhas de voz da maneira que ela achasse melhor.

Durante a gravação eu e o Lucas Guerra (co-produtor) viemos com ideias de segunda voz e outros arranjos, porém a grande maioria a Kell quem
fez. Eu e ela trabalhamos juntos acerca de 10 anos já, então acabamos nos entendendo bem na hora de compor... ela sabe que eu sempre vou falar -
Você consegue cantar mais alto que isso? - Em geral ela me dá um olhar fulminante e manda ver no vocal (risos).

8 - Eu sei que pode ser cedo mas, conseguem se imaginar fazendo música daqui há 10 anos?não sabemos de fato se a música ainda estará disponível como conhecemos agora, mas creio que possam fazer projeções/desejos não é mesmo?

Não consigo falar pelos outros, mas não me imagino fazendo outra coisa se não musica até o fim da vida.

9 - Vocês têm shows marcados para até dezembro, correto?após isso, pretendem ter uma pausa para o início do ano ou já podemos esperar algum material inédito?

Ainda divulgaremos mais algumas datas para janeiro e fevereiro. Após isso vamos nos concentrar em material novo.

Dessa vez não demorará 7 anos entre os CDs, até porque o Sergio e o Tiago não tiveram a oportunidade participar do nosso processo de composição e
estão ansiosos para isso.

Ideias já estão surgindo.

10 - Vamos terminando por aqui... gostariam de deixar algum recado final?

Obrigado pessoal da Rock Vibrations.
Foi um prazer falar um pouco do nosso trabalho.

E um agradecimento especial a todos que vem acompanhando e apoiando a gente, vocês são a Sacrificed!

Não deixem de acompanhar a banda no Instagram e Facebook para mais novidades!

Até a próxima

Ouça a banda via Spotify aqui

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