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terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Rock Vibrations Entrevista : The Melties


Opinião pessoal muitas às vezes gera discordância ou um bom bate papo (dependendo da sua mente e visão), e a "The Melties" é justamente um caso a se pensar.

Em meio à muitos problemas políticos, sociais e culturais, eles indagam questões atuais e que refletem uma variedade de opções para você concordar ou não (mas claro, lembrando que o respeito é mútuo, ou você ainda está na quinta série em sua escola, ofendendo gratuitamente?!).

Sua sonoridade se baseia em ótimos elementos do Punk, Grunge e também Metal, sendo acessíveis e bem profissionais.

Abaixo, confira mais detalhes da entrevista que fizemos com o baixista Macci.


1 - A "The Melties" já existe há alguns anos, se mantém bem pelo underground, mas somente recente foi lançado seu debut (aliás, ótimo por sinal). O que poderiam nos contar sobre o ponto inicial de tudo até o que vemos hoje? Estão lidando com muita maturidade em meio ao seu som e idéias?
Macci: Muito obrigado pelo elogio sobre o nosso debut álbum, e sim, demoramos longos seis anos para lançá-lo.

Mas, anteriormente, lançamos um EP, em 2015, chamado Rot Young que nos manteve bastante ativos no underground.

Esse EP era nosso cartão de visita, apesar de ser um trabalho muito mais recreativo, romântico e nada idealista e nem engajado, mas era inspirador.
Sem ele não teríamos gravado o Hit Me e nem estaríamos tocando com assiduidade, como sempre tocamos. E é notório o ganho de maturidade de um trabalho para o outro.

De forma absolutamente espontânea, natural, crescemos como músicos, pessoas e como amigos e tudo acabou escorrendo para o álbum.

Tudo isso foi fundamental e definidor para sonoridade e estética da banda, tudo ficou mais tenso, denso e obscuro e politicamente engajado. 


2 - Falando sobre conceitos, vocês abordam temas atuais e recorrentes, sem medo de reações negativas, muito menos de haters... Como encaram as situações adversas relacionadas às temáticas que abordam e o retorno disso? Tiveram que lidar com muitos problemas por serem sinceros?
Sobre os haters temos uma piada interna na banda que diz, que se nos odeiam a gente tem "Hate Me" para eles e, se insistem em nos odiar, a gente manda “Hit Me” para eles (risos).

Agora falando sério, sobre as reações negativas, a gente pensa que o intuito foi plenamente atingido, nós sabemos que talvez não mudaremos a cabeça dessa gente que está vivendo em um absoluto delírio.
Mas queremos dizer que existe resistência, que existe uma contraposição e, ao mesmo tempo que existem haters, existem pessoas que se sentem politicamente representadas pela gente, ouvimos bastante esse tipo de coisa.

Das vezes que tivemos algum desconforto com haters, estávamos preparados. Nós defendemos os direitos humanos, a liberdade de escolha, o respeito máximo ao indivíduo, escrevemos sobre injustiça social, meio ambiente, enfim... Se nos odeiam por isso, provavelmente são as pessoas que criticamos na músicas.  


3 - "Hit Me" tem muita energia, flerta com várias vertentes que vão do Metal ao Pop/Rock, ótimas linhas vocais e instrumentais agradáveis. Como foi o processo de produção das faixas que compõem este ótimo trabalho? A ideia de serem "acessíveis" sempre foi mantida em pauta ou tudo isso aconteceu com o rumo das construções das melodias?
Viemos de histórias bastante particulares, então todos temos referências e inspirações muito pessoais, elas se cruzam em momentos quanto ao Metal, ao Punk e ao Rock Alternativo.

Cada um dá sua própria contribuição, de acordo com as experiências que o trouxeram até ali, principalmente as pessoais. Isso de irmos do Metal ao Pop Rock, tudo é muito espontâneo, não colocamos formatos previamente combinados e essa união de fatores naturais deixam nosso álbum "acessível".

E a produção do álbum foi basicamente escolher entre um monte de canções inéditas, e simplesmente tocar da maneira com que a gente gosta de ouvir música


4 - Vocês lançaram videos bem interessantes e provavelmente irão disponibilizar mais, ou estou enganado? Gostam também do formato lyric?
Adoramos nosso material visual, eles sempre estão conectados com o que nós acreditamos de coração.

Nosso próximo lançamento visual será da música “Hate Me”, estamos ansiosos.
Lyric vídeo obviamente faremos, temos ideias para eles. 


5 - Quando fui fazer a audição para o "Hit Me", fiquei surpreso com a quantidade de gêneros que estão em meio à suas faixas... Quais seriam as suas principais inspirações para essa sonoridade? Aliás, muito legal que não tenham problemas em mesclar elementos.
A tríade, baixo, batera e guitarra tem, sim, o Black Sabbath como inspiração, é a nossa banda favorita, mas a coisa toda não se limita de forma alguma aí.

A Jana vem do teatro e musicais, tem o repertório grande de músicas que correm por fora do Rock, e mais outras tantas referências, inclusive acústicas.
De uma forma geral, não existem limitações, se algo surge, sendo absolutamente inspirador, a gente com prazer costura isso no nosso trabalho. 


6 - Na opinião da banda, quais são as faixas que mais se destacam para digamos, um ouvinte novo? Para mim, "Hit Me" e "Satan's Royal Dance" são as "carro chefes".
Muito provavelmente Hit Me e Satan’s Royal Dance também sejam as nossas. Incluímos The Blame On Me também, ela tem uma ótima aceitação.

Mas queremos fazer mais pra frente um clipão de Selfish, porque acreditamos muito nela, no potencial de convencimento. 


7 - Estão lidando bem com a questão de merch? Hoje o streaming de certa forma "tranca" a ideia de que o material físico precise estar em mãos, e mesmo que muitos ainda gostem desse contato com um CD ou outras mídias (sou um desses), as gerações mais novas preferem algo digitalmente. O que fazer para se tornar relevante? Inclusive, vi alguns bonés que vocês publicaram e achei que estão bem legais.
Fizemos cópias em CD, sonhamos em ter o álbum em vinil também, claro que isso não é exatamente relevante hoje em dia, mas tem gente que ama ter o material físico, guarda com carinho, coleciona, enfim, tipo um souvenir.

Mas têm aqueles que ouvem sempre e não abrem mão de continuarem assim, então fazemos isso pra essas pessoas, e quando não tem o material físico, sempre vai ter alguém cobrando por eles.

Nosso merchandising já está pronto, alguns modelos de camisas, canecas, bonés, enfim, logo mais nossa loja virtual estará pronta.

Merchandising é fundamental, é uma ótima fonte de renda e divulgador da banda. 


8 - O que podemos esperar para este ano?
Sobre esse ano estamos trabalhando muito pra levar o nosso trabalho à mais pessoas, com assessoria, shows e lançamentos audiovisuais.

Temos o objetivo de vincular nosso trabalho ao maior número de rádios possíveis, não só as Web rádios, que são importantes também, mas queremos a experiência de um veículo de massa executar nossas músicas, temos consciência que temos pontualmente material pra isso. 


9 - Antes de terminarmos, gostaria de saber se vocês estão ouvindo novas bandas do nosso cenário, de repente, algumas que influenciem seu próprio som, ou que queiram recomendar para a galera conhecer...
A gente conhece muita banda de alto calibre na estrada, na noite, uma porção delas, mas acho que duas especificamente vem fazendo com que os quatro do Melties se sintam inspirados e admiradores, que é o Concrete Monkeys e o Gabriel Vendramini, ambos fazem rock alternativo da mais alta qualidade, melódicos, por hora pesados e muito, mas muito, criativos. 


10 - Obrigado pela entrevista, podem contar conosco sempre. Gostariam de deixar algum recado final?
Muito obrigado à vocês pelo convite e adoramos às perguntas. É notório que ouviram nosso trabalho com carinho e atenção e nos deram um ótimo feedback.

O recado é meio que uma bandeira pra gente e sempre que temos a oportunidade ressaltamos que "a arte é a única salvação pro terror da existência".



Confira nosso review para "Hit Me" clicando aqui!


Ouça "Hit Me" via Spotify aqui


Confira os dois vídeos lançados referentes ao álbum "Hit Me" logo abaixo :


"Hit Me" :



"Satan's Royal Dance" :




Deixo aqui o meu agradecimento á Julia Ourique (OrBe Comunicação) pela atenção, disponibilidade e oportunidade para realizarmos essa entrevista.

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