Hoje é uma sexta feira 13 (13/8/2021) e o que você acha que poderíamos fazer a respeito?entrevistar uma banda com o nome Macumbazilla hahahaha claro né?!
Brincadeiras a parte, (eu, Vinny) tive o prazer enorme de ouvir o novo álbum da banda e vocês poderão conferir o review em muito breve, mas enquanto você espera, que tal ouvir da própria banda os conceitos e parâmetros sobre?
Confira logo abaixo o ótimo bate papo com o músico André Nisgoski (vocalista/guitarrista) sobre isso e muito mais em um tom bem divertido e leve:
1. Como está sendo para a banda os trabalhos e agenda em meio a pouco mais de 1 ano de pandemia?demoraram a se adaptar?
André: Salve pessoal do Rock Vibrations!
Em primeiro lugar gostaria de agradecer o espaço, e agradecer a todos que estão destinando seu tempo para poder ler essa entrevista!
Esse um ano e meio tá parecendo uns 20 anos né?!
Muito stress em todos os aspectos, muitas perdas e muitos sentimentos confusos. Mas quando se trata do trabalho, posso dizer que foi um reaprendizado.
Começamos as gravações em 2019 e conseguimos manter o schedule até o fim do ano, lançando dois singles.
Porém o Covid pegou todo mundo de surpresa e tivemos atrasos no trabalho, mas ao invés de parar, conseguimos nos remanejar e dar sequência na produção do disco, elaboramos novos métodos de trabalho e no fim das contas conseguimos até dar mais atenção à produção do disco.
A vida nos deu um abacaxi, fico feliz em dizer que conseguimos tirar uma Pina Colada da situação.
2. Tive acesso recentemente ao novo álbum de vocês (mas fiquem tranquilos, não irei adiantar muitos detalhes hahaha), mas, preciso perguntar algumas coisas obviamente... ao que se deve essa qualidade insana que alcançaram?sem sombra de dúvidas vocês construíram um registro marcante e que irá abraçar muitos "bangers".
André:Opa!!! Ouvir as palavras “qualidade” e “insana” na mesma frase já abrem um sorriso! hahaha
Esse disco teve muita gente boa envolvida!
Gravamos guitarras e baixos com o Gustavo Slomp, baixista e vocal do Corram para as Colinas e grande amigo nosso. Os reamps de guitarra, captação de bateria e maioria dos vocais foram feitos com o Tiago Brandão no Vox Dei, que assina a mixagem, master e produção junto com a banda, além de vários convidados que agregaram muito valor!
O processo foi longo e muito pensado, a pandemia nos deu tempo (forçadamente) para poder refinar detalhes de produção. Com isso conseguimos inserir extras nas músicas, pensar em timbres e afins com mais afinco.
Digamos que foi o que manteve minha sanidade durante a pandemia hahahaha.
3. Uma coisa que percebi rapidamente foi a leveza e confiança em conduzir determinadas faixas para um lado radiofônico, não sei inclusive se isso foi intencional mas ficou muito legal, e certamente muitas poderiam estar tocando em muitas rádios.
O que vocês pensam sobre a qualidade de produção que atingiram para esse tipo de percepção que tive?o nível está bem alto e espero que muitos consigam enxergar.
André: Muito interessante sua colocação!
Acho que foi um processo natural, talvez aí entre a parte da leveza e confiança.
Nós sempre fomos muito honestos com nossas composições, nunca colocamos uma meta a atingir que não fosse a meta de “soar bem”. Acho que talvez isso tenha trazido o som para um lugar mas “simples” e acabou ficando musical no lugar de técnico, trocamos firulas por feeling.
Achei legal você usar o termo radiofônico, porque se pararmos para pensar, as grandes bandas que até hoje estão carregando a tocha do rock, chegaram aonde estão com uma certa dose desse aspecto radiofônico.
Talvez o tempo de produção tenha nos ajudado a amadurecer mais detalhes como citado na pergunta anterior, e nos alegra saber que você gostou e esperamos que várias pessoas tenham essa experiência que você teve ao ouvir o trabalho.
Nossa idéia é nos comunicar com todos que gostam de rock. Comunicação é a chave!
4. A arte de capa tem muitos traços e cores bem bacanas... ela se conecta diretamente a todos conceitos do álbum ou possui uma identidade paralela às canções?
André: O Vinicius Mello, artista responsável pela capa, é um MONSTRO!!!!!
Conversamos sobre a identidade da banda, isso é uma característica ímpar nossa, buscamos mais identidade como uma banda do que em relação a um estilo determinado de som. E o Vini pegou esse espírito com precisão, ele estudou todos os elementos que envolvem a banda, e como ele ouviu as tracks para poder ter maior imersão no trabalho, sim ele colocou referências, geniais por sinal!
Por exemplo, a encruzilhada da capa é uma referência direta ao Robert Johnson, assim como a música Hellhounds, e por aí vai!
5. Acredito que devam investir em vídeos promocionais para os próximos singles mas, pensam em algumas coisas diferenciadas para tal ou irão apostar em divulgações seguidas de algum vídeo?(pouco a pouco, até pela demanda)...
André: O Macumbazilla se orgulha e ama as parcerias que faz. E nesse quesito, sempre fomos abençoados com verdadeiros irmãos de batalha.
Temos uma ótima relação com o Roberto Romero que dirigiu os dois últimos clipes, com o Rafael Forte e o Rafael Burgos que foram encarregados do clipe de The Ritual, relação próxima, não são somente os caras “do vídeo”, são amigos, trabalhamos juntos. inclusive em outras empreitadas.
Sendo assim, temos sim planos para futuros materiais em vídeo, ainda mais hoje em dia, onde a “imagem” se tornou uma parte intrínseca da apresentação de uma música, esse universo multi plataformas que vivemos nos faz pensar em todas as opções.
Ainda não temos um “manual” de ações, mas estamos abertos a todas as possibilidades. Mas provavelmente faremos pouco a pouco mesmo, hahahahaha.
6. Apesar de alguns tantos momentos serem cadenciados, ainda sim vemos uma energia muito boa com o feeling conhecido da banda, sendo assim uma boa também para os mais ligados a peso, técnica e versatilidade.
Vocês buscaram muitas influências ou ouviam bandas específicas durante o processo de criação?
André: Energia e feeling é o nosso lema! hahahahah.
Desde as primeiras composições, percebemos que rola um “peso” característico nosso, não conseguimos fazer “limpinho”, somos “sujinhos” hahaha.
Todos no Macumbazilla tem um gosto musical abrangente, ouvimos desde o rock primordial até às bandas modernas, creio que esse consumo mais universal de música pode explicar esses momentos nas nossas composições, toda música te diz o que ela quer ser, basta você prestar atenção, sendo assim, não colocamos exagero onde não precisa e prestamos mais atenção a certos pontos.
É um processo natural, resultado de muito tempo curtindo som! Eu pessoalmente, não ouço nada enquanto estou compondo, para não ficar sonoramente comprometido.
7. Antes de ouvir tudo, me espantei um pouco com o número de faixas que vi, porém, após a audição pude perceber que passa rápido e natural cada momento, e que momentos hein amigos?! Foi natural para vocês esse número maior de escolhas no produto final? aliás, devo até parabenizar pela escolha pois a criatividade foi imposta de forma interessante, não cansando após alguns minutos…
André: Todo mundo se espanta com o número de faixas! hahahahaha! Amigos nossos da área inclusive perguntaram se tínhamos certeza de lançar tantas faixas de uma vez, dada a capacidade menor de retenção popular nos tempos atuais.
Vou repetir o que dizemos a todos:
Poderíamos represar material para ir lançando aos poucos? Sim! Seria honesto da nossa parte? Não!
Nesse mundo moderno que vive na base do “caça likes” seria a decisão “administrativa” correta, mas nós não somos administradores, somos músicos!
E respeitamos as pessoas que nos acompanham, eles merecem um material completo, eles merecem uma banda que age como banda e não como uma franquia de fast food!
Com o Macumbazillla você não vai ter “pegadinha”, prometemos um trabalho extenso, tá ai!
Confiamos que nosso público vai saber lidar com esse número de músicas, e devíamos a eles isso!
Dado esse desabafo sobre o atual estado do mercado musical, só posso dizer que amei ler sua colocação sobre a fluidez e criatividade do trabalho. Muito Obrigado mesmo!!!
8. O que vocês podem dizer para os leitores sobre os pontos que acham mais interessantes no álbum e o que podem esperar?Afinal, não posso aqui entregar os pontos hahaha o que a banda enxerga em um ponto geral após tudo ter sido feito?
André: Esse álbum conta com vários momentos, dado que as músicas foram compostas ao longo de um período considerável, vale a pena relembrar que o “...At a Crossroads” é uma história de superação para a banda.
Tínhamos gravado parte desse material para um outro disco que era para ter saído, e várias coisas saíram do controle ao ponto de encerrarmos aquela fase, e retomar tudo do zero e reconstruir a vila incendiada hahaha.
Tendo isso em mente, posso dizer que é muito difícil elencar momentos mais interessantes, porém, posso afirmar que as pessoas poderão encontrar muita pluralidade nas músicas desse álbum. E torcer para que o pessoal se identifique.
E para você Vinny, quais são os pontos mais interessantes na sua opinião?!
(Vinny/Redator: Bem, quando o Review puder estar no ar saberão as minhas impressões, por enquanto tudo fica em off hahahaha muitos mistérios nessa entrevista hahaha)
9.Por fim, o que pretendem para os próximos meses aliado ao novo álbum?estão com muitas ideias fixas já?
André: Vamos lançar o álbum e começar a pensar na melhor maneira de mostrar ele ao público, seja através de vídeos, ou qualquer outra forma de mídia. E se tudo der certo quem sabe voltar a se apresentar em público, estamos sentindo muita falta dessa energia!
10. Muito obrigado pela oportunidade, gostaria de deixar um recado final
André: Muito obrigado pela oportunidade dessa entrevista!
Gostaríamos de agradecer a todos vocês que nos apoiaram durante os anos, só estamos lançando esse material graças a vocês!
Agradecemos em especial a nossos familiares e parceiros que nos incentivaram em cada passo dessa jornada!
E lembrar que passamos por um momento muito difícil que uma hora acabará, mantenham a positividade!
Nos encontramos em breve!!!
Deixo aqui o meu agradecimento aos parceiros da Roadie Metal: A Voz do Rock pela oportunidade.
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