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sexta-feira, 7 de julho de 2017

The Ultimate Sin - Fraco ou Subestimado?

Capa do Álbum The Ultimate Sin lançado em 1986
Autor : Vinicius Almeida

Todos sabemos a história de um dos maiores ícones do Heavy Metal, o "Madman" Ozzy Osbourne, demitido de sua antiga banda a época, o Gigante Black Sabbath.

Sabemos também de sua competência nos anos áureos da banda nos anos 70, mas, como tudo acaba, sua "estadia" junto a Tony Iommi estava ficando conturbada, e seguiu em uma "arriscada" carreira solo (lembrando que Ozzy Osbourne estava na lista de apostas sobre quanto tempo conseguiria viver com seus abusos em drogas e álcool).

Uma das fotos mais famosas do "Madman" nos anos 80
Lança seu primeiro álbum em 1980 (Blizzard of Ozz), tem um sucesso ímpar ao lado do saudoso guitarrista Randy Rhoads, seu segundo álbum (Diary of a Madman de 1982) saiu de forma mais "filtrada", porém, elementos clássicos e também comercias são inseridos, dando uma dinâmica interessante, levando a banda ao marketing eficiente para se manterem em uma zona de conforto.

Line-up da banda que durou até 1982
Eis que em um fatídico acidente o prodígio guitarrista morre, e Ozzy fica pensativo enquanto seu futuro estava batendo a porta, precisando se manter após mais um baque, e foi nesse meio que encontrou o virtuoso Jake E. Lee (que havia feito teste na banda de Dio mas não foi aceito devido seu modo de ser, um pouco atrasado diriam eles, ainda escrevendo riffs para a música Don't Talk to Strangers para o debut do vocalista em 1983).

Icônica foto de Ozzy com Randy Rhoads
Jake foi contatado por Sharon (empresária e esposa de Ozzy) para um teste, comprou de última hora alguns discos de Ozzy, aprendeu o que achava suficiente, e ainda garante ao Madman uma certa surpresa (Jake não toca com alavanca, criando efeitos através de técnicas com puro feeling e virtuose).

Bark At the Moon (1983) foi um grande sucesso, turnê muito bem divulgada, estréia de seu agora novo guitarrista em um festival grande (US Festival), e Ozzy estava novamente entre os melhores, porém, como se superar após um registro tão legal?Para este que vos fala e muitos outros, conseguiu e com méritos.

Banner da Tour de 1986
O ano era 1986, Mötley Crüe, Poison, (e tantos e tantos outros) estavam no seu auge criativo do chamado Glam Rock (ou Glam Metal/Hair Metal, como preferir), cada vez mais estilos "espalhafatosos", extravagantes, vendiam muito bem, e nesse contexto todo, Ozzy pirou na idéia.
O próprio Jake revelou certa vez que jamais aceitaria usar uma só lantejoula em suas vestimentas (vide as apresentações a época, ele é o único a não ter tantos detalhes visualmente falando).

Ozzy Osbourne & Jake E. Lee
Superprodução, fogos, efeitos especiais, tudo isso fez da banda de Ozzy em 1986 uma atração visual e claro, musical também, afinal, era o auge do entrosamento entre o vocalista e seu guitarrista (para muitos, também o auge musical de Jake).
O disco começava com uma canção que levava o nome do álbum (The Ultimate Sin), sua levada era na linha Hard, enquanto que Secret Loser seguia como um "Rock comercial", execução primorosa e vibrante.
Canções como Never Know Why e Never (terceira e quarta faixa respectivamente) são provas de que Jake é o centro das atenções por ali, sua guitarra gera aos ouvidos um som marcante e melodias que somente o mesmo consegue retirar, e tudo com cada nota sendo aproveitada, despejando muita melodia sempre.

Line-up da formação de The Ultimate Sin
Thank God for the bomb mantém o ritmo vibrante do álbum, até sermos surpreendidos com uma excelente balada, Killer of Giants, aliás, que momento sublime de Jake com acordes belos e Ozzy cantando de modo soturno, algo ligado ao Metal obviamente, porém, no "formato glam", e que abrilhanta muito uma era nova do Rock naquele momento.

Fool Like You vem na pegada Hard inicial do álbum que mantém a qualidade acima, mas a última faixa, Shot In The Dark (a mais famosa), da aquele frescor eficiente e "radiofônico" ao álbum, tendo um ápice em seu refrão que até hoje pode ser cantado sem perder a atualidade.

Poster inspirado na Arte do álbum
Se eu fosse você, pensaria duas vezes antes de ir contra a maré e dizer que este disco é o "menos inspirado" da carreira do músico, até porque, os auges de Jake, Phil Soussan (baixo) e Randy Castillo (Bateria) deram um "sabor" único a essa obra da discografia de Ozzy.

Ouça sem moderação!

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