Enfim o Dia do Metal no festival mais tradicional de música no Brasil acabou há algumas horas e o que pudermos ver foi um misto de euforia, superação, atitude, e também experiência.
Pelo o que pude conferir nas últimas horas, desde que o festival voltou a ser feito no Brasil (em 2011), essa edição tem sido colocada como uma das mais marcantes, afinal, alguns dos nomes que iremos citar estão em seus fins de carreira ou sem algum tipo de previsão de existência para um futuro breve.
Algumas atrações começaram cedo e outras acabaram acontecendo um pouco mais tarde, ao início de uma noite quente na "Cidade do Rock" como conhecemos.
No palco "Supernova" (uma das novas atrações neste ano) tiveram apresentações das bandas "Firestrike" (que há algum tempo não mostrava atividades mas que surpreendeu seus fãs com o anúncio recente de sua participação no evento), e também "Jimmy & Rats" (do ex Matanza Jimmy London), "Eminence", "Noturnall" e o "Armored Dawn".
Já no palco "Sunset" (diga-se, um dos mais elogiados nesta edição) teve logo no meio da tarde o trio de meninas furiosas, digo, "Nervosas", investindo em seu Metal pesado e rápido (mesclando bem o Thrash com elementos extremos).
Seu setlist mostrou músicas variadas, cativando a todos com sua energia e entusiasmo, tendo algumas mensagens políticas entre uma canção e outra, o que nada atrapalhou em questão de apoio do público presente.
Parabéns para Fernanda Lira, Prika Amaral e Luana Dametto, guerreiras do nosso metal e que levam o nome do Brasil e da "Nervosa" para vários cantos do mundo.
Parabéns para Fernanda Lira, Prika Amaral e Luana Dametto, guerreiras do nosso metal e que levam o nome do Brasil e da "Nervosa" para vários cantos do mundo.
Um pouco depois no mesmo palco tivemos outro grande show, desta vez envolvendo "Torture Squad" & "Claustrofobia" que. como se não bastasse a dimensão de qualidade imposta, ainda adicionaram uma cereja ao bolo, o sempre bem humorado e acessível Chuck Billy (vocalista do "Testament").
Preciso dizer mais?
Preciso dizer mais?
Indo para o "Palco Mundo", os maiores representantes do Metal brasileiro, o "Sepultura", subiram ao palco para o sempre enérgico desfile de classicos; além de apresentarem uma nova canção sob o título de "Isolation" (que estará presente em seu novo álbum, "Quadra", previsto para 2020), além de fazerem uma bela homenagem ao saudoso vocalista Andre Matos (falecido neste ano) com uma rápida "intro" de "Carry On" (clássico do "Angra").
A noite já começava a aparecer e o "Anthrax" a subir no palco "Sunset", desfilando seus petardos sonoros e algumas mais recentes, sempre interagindo com o público, trabalho este aliás que o guitarrista Scott Ian sempre fez muito bem, tendo direito à uma versão para um clássico do "Pantera", "Cowboys From Hell" e o famoso "jogo ganho" com seu show sempre eficiente.
Para delírio dos fãs de Metal melódico, os alemães do "Helloween" subiram no "Palco Mundo" com um ótimo setlist, divulgando a sua mais recente tour onde é possível ver Michael Kiske e Kai Hansen junto aos seus antigos companheiros, sendo um atrativo mais do que obrigatório, e claro, de emocionar seus seguidores por excutarem tantos clássicos e demonstrarem uma ótima união como banda.
Voltando ao "Sunset", sem dúvidas um dos shows que serão lembrados para sempre nas memórias dos presentes é o do "Slayer", pois oficialmente ali foi feita a sua despedida do Brasil (caso alguém ainda não saiba, o que acho impossível, a banda está encerrando suas atividades) e isso criou um clima de nostalgia e também celebração, com seu som vibrante, técnico e sempre efusivo, mostrando que Kerry King e Tom Arraya poderiam sim continuar na cena... histórico!
Já passava das 21:00 horas e o público se voltava para o "Palco Mundo" pois ninguém menos que a banda liderada por Stevie Harris e Cia estava prestes a subir e detonar com seus clássicos absolutos.
Com direito a pirotecnia, efeitos diversos em cada uma das canções escolhidas, Bruce Dickinson cantava cada faixa como se não tivesse passados dos 60 anos de idade, interagindo bem e demonstrando vitalidade, entregando o típico show que o fã da "Donzela" espera.
O que dizer de uma apresentação icônica da "Legacy of the Beast Tour" que trás um Avião de cenário?
Só espero que essa não seja a última vez destes caras no festival, e que ainda voltem para a última tour (que indica ser a próxima, apoiada por um novo e último álbum).
Só espero que essa não seja a última vez destes caras no festival, e que ainda voltem para a última tour (que indica ser a próxima, apoiada por um novo e último álbum).
Por fim, já passando das 00:00 horas, os veteranos do "Scorpions" trouxeram até seus fãs e espectadores um show bastante convincente (sim, vi comentários sobre a idade dos músicos, ritmos um pouco mais cadenciados, mas pense bem, quantas bandas formadas em 1965 que ainda estão na ativa e tocando com energia para mais de 100 mil pessoas?).
Seus clássicos ganharam as vozes de cada um ali presente, além da energia transmitida, e que aliás, impressiona pois estamos falando de músicos na casa dos 50/70 anos (Rudolf Schenker e Klaus Meine por exemplo possuem incríveis 71 anos).
Num modo geral, vimos bandas veteranas com vitalidade, outras que ainda irão mostrar ainda mais o seu serviço pela história da música, e algumas que não aparentam precisar parar a sua carreira.
Para mim superaram as expectativas e a edição 2017, e mais do que uma crítica porque "alguém falou isso", ou porque "aquele outro não executa como antes aquele refrão", têm de se bater muitas palmas para o "conjunto da obra"...
Para quem ainda deseja acompanhar algum tipo de Rock, no Domingo tem :
Palco Mundo
18h – Os Paralamas do Sucesso
20h10 – Nickelback
22h20 – Imagine Dragons
0h40 – Muse
18h – Os Paralamas do Sucesso
20h10 – Nickelback
22h20 – Imagine Dragons
0h40 – Muse
Palco Sunset
21h15 – King Crimson
21h15 – King Crimson
2019?Teve Rock sim; bebê!